‘Need for Speed: Unbound’ é o mais artístico da franquia
Título apresenta visuais com elementos inspirados no grafite, mas conta com um gameplay semelhante aos dos games anteriores; acompanhe a resenha
Após inúmeros lançamentos conturbados, a franquia de games de corrida, “Need for Speed” conseguiu respirar nos últimos anos, já que “Heat”, de 2019, agradou boa parte da base de jogadores e “Unbound” se provou assertivo em diversos pontos. O game foi lançado em 29 de novembro de 2022, pela Electronic Arts (EA), para PC, Xbox Series X/S e Playstation 5.
A primeira novidade perceptível em “Need for Speed: Unbound” são os visuais, que misturam um estilo realista com alguns elementos cartunescos, que se assemelham a pinturas de grafite. Essas características podem ser vistas em efeitos de fumaça, drift e também na estrutura dos personagens, entre eles, o avatar do jogador.
Ao iniciar o game, serão oferecidas diversas opções para criar o avatar, que incluem, características do rosto, cor da pele, estilo de cabelo e proporção do corpo. Além disso, o jogador também poderá adicionar inúmeros acessórios, como bonés, camisetas, calças, tênis, óculos e outros, que podem ser adquiridos gratuitamente ou comprados com o dinheiro do jogo.
Os elementos visuais também podem ser encontrados na customização dos veículos, que permite ao jogador adicionar diversos tipos de símbolos, desenhos e outras ilustrações nas laterais, frente e traseira dos carros, de maneira similar como acontecia nos saudosos “Underground 2” (2004) e “Most Wanted” (2005), lançados para o Playstation 2.
Até então, “Unbound” pode ser considerado como o título mais artístico de toda a franquia “Need for Speed”. Já na parte realista, embora seja bastante bonito, o game não apresenta nenhuma mudança significativa, principalmente se comparado aos seus antecessores.
Jogabilidade segura
Em “Need for Speed: Unbound”, a EA optou por um gameplay mais seguro e funcional, que é bastante idêntico aos vistos em outros jogos da franquia. Novos jogadores podem levar um tempo para se adaptarem, mas com algumas horas de prática, conseguirão entender todas as mecânicas básicas das corridas.
A novidade fica por conta da progressão, onde o jogador terá que vencer inúmeras corridas durante uma semana (no tempo do jogo) e se preparar para os principais desafios que acontecem sempre aos sábados. Ao longo dos dias, é possível disputar em diversas pistas, que vão recompensar o player com prêmios em dinheiro.
Algumas corridas podem ser disputadas de maneira gratuita mas, conforme a campanha principal avança, os desafios passam a exigir uma taxa de inscrição. Quando o jogador termina a corrida em uma posição satisfatória, ele maximiza os lucros. Por outro lado, no momento em que ele conclui um evento nas últimas posições, o dinheiro é bastante reduzido.
Outro fator de risco é a polícia, que estará sempre em alerta e poderá aparecer a qualquer momento, seja durante as corridas ou após a conclusão delas. Se o jogador for pego, todo o dinheiro arrecadado naquele dia será perdido. Para salvar os lucros, será necessário retornar à oficina, porém, isso também encerrará o turno daquele dia. Cabe ao jogador decidir quais riscos ele deve ou não correr.
Algo que pode aborrecer alguns fãs, é que desta vez existe número limitado de tentativas para cada dia, por conta disso, o jogador não poderá reiniciar as corridas sempre que quiser. Na dificuldade normal, o game oferece um total de quatro tentativas. Embora esta mecânica torne o desafio mais expressivo, ela também pode contribuir para uma experiência mais frustrante, principalmente para o público casual.
“Need for Speed: Unbound” apresenta um visual único na franquia, conta com um gameplay tradicional e possui um estilo de progressão que pode aborrecer os jogadores mais casuais. O título é vendido por cerca de R$338 no Xbox Series X/S e no Playstation 5. Já a versão de PC, pode ser obtida por R$299.
Por Alfredo Carvalho