Governador da BA apela para volta dos professores às salas

Jaques Wagner diz que estudantes não podem ser prejudicados

por Rose Vitório ter, 26/06/2012 - 15:12

No impasse entre o governo da Bahia e professores em greve da rede estadual que já dura mais de dois meses, o governador Jaques Wagner fez por meio do seu programa de rádio, Conversa com o Governador, na manhã desta terça-feira (26), um novo apelo para que os professores retornem as atividades. Durante a entrevista, o governador destacou que “os estudantes não podem ser prejudicados por essa disputa salarial”

Segundo o governador, o governo já foi ao limite da sua capacidade orçamentária, ao fazer proposta de reajuste que, somando às duas promoções garantidas para novembro deste ano e abril de 2013, atingirá entre 22% e 26%. “Não é possível que chegando a esses números, que é o que eles pretendiam, os professores continuam se mantendo nessa intransigência com a greve”, disse. 

O governador declara, ainda, que está havendo intolerância de parte das lideranças do sindicato dos professores. “Eu tenho limites e tenho que dizer quais são esses limites. Não adianta ficar enganando”, afirma Wagner, informando que desde o seu primeiro governo já concedeu mais de 70% de reajuste geral aos professores e que continuará melhorando as condições de trabalho e de remuneração da categoria. Segundo ele, o governo não pode “romper com a responsabilidade fiscal que tem com o orçamento do estado”.

Os professores exigem o pagamento de 22,22%, dividido em parcelas ainda este ano, para toda classe sem exceção. Porém, o governo propõe conceder aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados. 

Após o retorno das aulas para estudantes apenas do 3º ano, ocorrida na segunda-feira (25), a categoria emitiu uma carta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APBL), direcionada para pais e estudantes, enfatizando que o governador da Bahia se recusa em cumprir a lei do piso salarial nacional que é de R$ 1.451,00 e que o governador está utilizando os estudantes do 3º ano e que, entre outras falhas, o retorno dessas aulas para os estudantes do 3 º ano, não tem validade para o ano letivo.   

Confira a carta. 

COMENTÁRIOS dos leitores