Docentes e técnicos da UFRPE E UFPE realizam ato no BC

Professores e técnicos administrativos se vestiram de preto para reivindicar mais investimentos na educação

por Alexandra Gappo qui, 28/06/2012 - 11:56
Divulgação/Adufepe Os docentes das federais se encontram em greve há mais de 40 dias Divulgação/Adufepe

Dando continuidade à série de manifestações da greve nacional dos professores das universidades federais do Brasil, os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), juntamente com os técnicos administrativos das instituições, realizaram nesta quinta-feira (28) um ato em frente ao Banco Central, localizado na rua da Aurora, área central do Recife. A manifestação contou também com a presença de alguns alunos que apoiam a causa. 

O intuito da classe é protestar contra a desvalorização da educação. Os docentes vestiram-se de preto, em referência ao estado de “luto” em que o ensino público se encontra. Os manifestantes levaram cartazes, carros de som e um boneco gigante da presidente Dilma Rousseff. 

O Banco Central foi escolhido porque representa a circulação da moeda e investimentos públicos. Os servidores também pretendem, com o ato, chamar a atenção da população para as altas taxas de juros nas quais é aplicado o dinheiro público e a pequena fatia do mesmo dinheiro que é voltada para a educação, que são exatos 4%. De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), em 2011, 45,05% do orçamento da união foi gasto para amortizar e refinanciar a dívida e somente 2,99% foi gasto com a educação.

De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), policiais estão no local para controlar o tráfego e não gerar engarrafamentos. 

Greve e revindicações

Os docentes das federais se encontram em greve há mais de 40 dias. O governo federal ainda não se pronunciou para oferecer a proposta de reestruturação da carreira reivindicada pela classe.

Os professores reivindicam uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35). 

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