Parabéns aos eternos aprendizes: os estudantes
Neste sábado (11) é comemorado o dia deles. Conheça a história da data e da atuação dos movimentos estudantis no Brasil
Compromisso com aulas, atenção focada nos livros, viver em coletividade, estar aberto para o conhecimento. Assim vivem os estudantes e, neste sábado (11), é comemorado o dia deles.
Muita gente pode pensar que a data não possui uma história por traz dela, porém, ela não foi instituída em vão. No século 19, Dom Pedro I instituiu os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do Brasil, justamente no dia 11 de agosto. De acordo com informações da página virtual Brasil Escola, 100 anos depois, em comemoração à criação dos cursos, um dos participantes do evento, Celso Gand Ley, sugeriu que a data fosse considerada como o Dia do Estudante.
Antes da criação dos cursos, no entanto, quem quisesse alcançar o nível superior em seus estudos deveria se mudar para Portugal, pois era lá que existia a faculdade mais próxima do Brasil. No início, as turmas tinham poucos estudantes, e ainda por cima as estruturas das escolas eram bastante simples.
UNE para mudar o mundo
"Quem é jovem muda o mundo. Não há como impedir". Essas duas frases podem ser encontradas no site da União Nacional dos Estudantes (UNE)*. Formada há 75 anos, a União é composta por diversos grupos de movimentos estudantis, que focam na ideologia de que a escola e a universidade são os primeiros momentos de encontro e de socialização da juventude.
São criadas opiniões, visões, ideais e vontades de mudanças sobre o mundo em que vivem. Em um passado recente, várias "personalidades" do mundo da política participaram desses movimentos, como a presidente Dilma Rousseff, o ex-governador de São Paulo, José Serra, além de vários artistas, como o compositor Vinícius de Morais, o cineasta Cacá Diegues e o poeta Ferreira Gullar.
A estrutura da UNE é formada pelo Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), que reúne os diretórios acadêmicos (DAs) e centros acadêmicos (CAs) do Brasil; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que agrega os diretórios centrais de estudantes (DCEs) e executivas nacionais de cursos; o Congresso da UNE (Conune), formado por todas as entidades e também por todos os estudantes que quiserem, de maneira livre, participar.
Realizado a cada dois anos, o Conune é considerado pela União como "a maior instância do movimento estudantil brasileiro". Nesse período, são escolhidos os novos objetivos da entidade, bem como a nova diretoria da UNE.
Os integrantes da União já marcaram diversos acontecimentos históricos do País, como o movimento dos “caras pintadas”, no ano de 1992, que pedia o impeachmanto do então presidente da República, Fernando Collor de Melo. “Ainda há muito o que comemorar e tem muita coisa para correr atrás e lutar”, afirmou o presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), órgão vinculado à UNE, Thauan Fernandes Moraes. De acordo com ele, algumas das lutas alcançadas, como a aprovação do Senado que garante as cotas raciais em universidades federais, é um fator que deve ser comemorado. “A falta de investimento na educação é o que ainda é muito ruim no Brasil”, pontua.
Ser estudante
"Uma mistura de coisas boas e ruins". Essa é uma das definições que Rafael Barros (foto à esquerda), de 18 anos, usa para descrever o que é ser estudante. De acordo com ele, as obrigações estudantis às vezes impedem os alunos de fazer outras, consideradas mais divertidas. “O que a gente aprende na escola é importante para a nossa formação profissional e como pessoa”, frisa Barros.
“Sempre buscar o conhecimento”. Daniel Macedo (foto abaixo), também de 18, usa essa frase como lema. Porém ele afirma que a busca pela sabedoria deve ser usada "em prol da sociedade", porque segundo ele, "os conhecimentos devem ser utilizados em favor do bem das pessoas". Confira mais sobre a opinião dos dois no vídeo abaixo: