Cursos superiores no Pará têm baixa avaliação no IGC
No Estado, 21 cursos receberam nota 2
Por Ariana Pinheiro
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nessa quinta-feira (6) a avaliação anual dos cursos e das instituições de ensino superior no país. O resultado mostrou que 27% dos cursos ofertados pelas universidades em todo o Brasil tiveram notas 1 e 2, numa escala que vai até 5. De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), a maioria não alcançou o desempenho considerado suficiente, segundo os parâmetros do MEC.
No Pará, 21 cursos receberam nota 2. Não houve nota 1 nos cursos avaliados no Estado, mas também não houve nota 5. A maior parte dos cursos avaliados ficou com a nota 3. Muitos cursos e instituições de ensino ainda não foram reconhecidos pelo MEC.
Foram avaliados cursos das universidades públicas e privadas. O índice é formado pelo desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), pela avaliação da estrutura da faculdade e pela formação do corpo docente – quanto maior o número de professores mestres ou doutores, maior a nota.
Das 2.136 instituições avaliadas, nove foram qualificadas com a nota mais baixa (1) e 536 também ficaram abaixo da média, com nota 2. No lado de cima do ranking, apenas 26 faculdades e universidades alcançaram a avaliação máxima (5) – dessas, 15 são públicas e 12 particulares.
De acordo com o MEC, as faculdades que tiveram nota 1 e 2 passarão obrigatoriamente por um processo de fiscalização “in loco” e serão obrigadas a assinar termos de ajustamento de conduta. Nos casos em que o mau desempenho for reiterado, as instituições estão sujeitas a fechamento de cursos e vagas e até o descredenciamento do Ministério.
O ministro Aloizio Mercadante, no entanto, comemorou o fato do percentual de faculdades aprovadas ter subido de 51,8%, em 2008, para 60,8%, em 2011, período em que se completa o primeiro ciclo de avaliação. “A conclusão é de que houve expressiva evolução do ensino superior em todos os níveis nas universidades, centros universitários e faculdades”, disse Mercadante, na coletiva realizada nessa quinta-feira (6).
Neste ano, o MEC alterou o peso que cada componente tem na formação do índice. Ganharam importância o desempenho dos alunos no Enade e o número de professores com dedicação exclusiva.