Intercâmbio como opção para aproveitar as férias de julho

Se para alguns, férias é sinônimo de descanso, para outros é uma boa oportunidade para aperfeiçoar o idioma

por Priscilla Costa sab, 18/05/2013 - 10:21
Shutterstock Os Estados Unidos, Canadá, Chile, Reino Unido, Argentina, Índia, Irlanda, Nova Zelândia e Austrália estão entre os lugares que estão no ranking dos mais procurados Shutterstock

As férias estudantis se aproximam e, com elas, uma das melhores oportunidades para fazer um programa de intercâmbio. Se, para muitos, os meses de janeiro e julho são épocas de descanso, há quem aproveite este tempo para concluir uma etapa de curso universitário, realizar um curso de idiomas, de apenas quatro semanas, e também para navegar por outras culturas. E para o currículo, esta experiência pode abrir um horizonte de novas possibilidades.

Apesar de alguns programas terem um prazo de duração curto, é necessário avaliar sua escolha com calma antes de mergulhar em uma aventura mundo afora. Definir metas, saber qual tipo de programa que deseja cursar e pesquisar sobre o destino desejado são pontos importantes, até para evitar surpresas ou arrependimentos futuros, visto que mudar de país é sinônimo de investimento alto.

Segundo um dos sócios da agência Dreams Intercâmbios, Enrique Gonzalez, não são muitas as exigências para quem vai fazer um intercâmbio de curta duração. “O que o intercambista deve se preocupar é em estar com seu passaporte válido e com o visto em dia. Portando a carteira da escola onde irá estudar e carta de acomodação, o estudante pode obter facilmente o visto tanto de turista ou de estudante visitante na própria polícia de imigração do aeroporto de destino”, diz.

“Outra preocupação que muitos não têm, mas que é importante estar atento é ao seguro saúde viagem, pois a depender da política de cada país, o intercambista pode ser barrado durante o processo de imigração por não apresentar o documento em mãos”, alerta Gonzalez.

Em relação ao nível do idioma, o sócio explica que são aplicados testes de nivelamento que podem ser feitos pela internet ou presencialmente. “Essas avaliações são feitas apenas para saber em qual turma o estudante poderá ingressar, pois, para ter um melhor aproveitamento nos estudos, é preciso que ele esteja numa classe em que todos estejam no mesmo nível de conhecimento. Geralmente, esses testes de nivelamento são feitos de forma online antes de o estudante embarcar, ou então, presencialmente na escola em que ele irá cursar o idioma escolhido”.

Para quem vai estudar durante um mês no exterior são diversas as opções de países. Os Estados Unidos, Canadá, Chile, Reino Unido, Argentina, Índia, Irlanda, Nova Zelândia e Austrália estão entre os lugares que estão no ranking dos mais procurados.

De acordo com o também sócio da agência de intercâmbio, Gian Cintra (lado esquerdo da foto), “para quem vai estudar espanhol torna-se mais vantajoso optar por países latino-americanos ao invés dos europeus, onde o custo de vida não é alto por conta da diferenciação da moeda. Já para os que preferirem se aperfeiçoar na língua inglesa, Malta e Irlanda despontam como os países de melhor custo-benefício”, afirma.

“Sem contar com a passagem aérea, os pacotes variam de R$ 2.500 a R$ 10 mil, pois tudo vai depender do que o intercambista queira no pacote. Por exemplo, ele pode escolher desde a modalidade do curso a inclusão de um tour para conhecer pontos turísticos tanto do país quanto de países vizinhos, já que, além de ir com o propósito de aperfeiçoar o idioma, é normal também que o estudante queira desfrutar de tudo o que o lugar proporciona”, completa Cintra.

Estudar no exterior não é apenas uma aventura

Para quem vai estudar com o objetivo de voltar ao país falando fluentemente e com um conhecimento mais aprofundado do idioma, a palavra-chave é uma só: foco.

Segundo Enrique Gonzalez, o segredo é se afastar ao máximo de pessoas que falam a mesma língua do seu país de origem. “Se você é brasileiro e viaja com o objetivo de aperfeiçoar o idioma, seja inglês, francês ou espanhol, não adiantará de nada manter contato com outros brasileiros, pois isso dificultará muito o aprendizado e desviará o estudante do foco. Para que dê certo e a viagem valha a pena, o intercambista tem que ser fiel ao que ele está buscando”, aconselha.

Apesar de um mês parecer um curto tempo aos olhos de muitas pessoas, Gonzalez opina: “Estudar no exterior durante um mês, com certeza, torna-se ainda mais válido do que estudar um ano num curso de idiomas no Brasil. E a diferença é significativa, visto que, fora do país, o estudante está em contato diretamente com a cultura de lá e tendo que se comunicar com a mesma língua, o que acelera o processo de aprendizado e treina ainda mais o estudante. Sem dúvidas, fazer intercâmbio é muito mais válido”.

“Muitos estudantes aproveitam as férias para fazer intercâmbio como uma forma de se qualificar, principalmente na língua inglesa, que ainda é o idioma dominante, sem que, para isso, tenha que atrasar sua graduação na faculdade. É como unir o útil ao agradável, já que, atualmente, falar inglês é essencial e não mais, diferencial”, reforça Gonzalez.

SERVIÇO

A Dreams Intercâmbios está localizada na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, onde atua há três meses e já conseguiu levar ao exterior oito estudantes. Interessados em obter dicas sobre qual a melhor opção para estudar durante as férias podem entrar em contato com a agência através do telefone (81) 3204.5887 ou pelos e-mails enrique@dreamsintercambios.com.br ou gian.cintra@dreamsintercambios.com.br.

Intercâmbio como enriquecimento cultural

O estudante Carlos Botelho, 23 anos, conta que estudar francês no Canadá durante um mês foi uma experiência válida, principalmente, por causa do contato com outra cultura. “É diferente quando você lida com hábitos, costumes e um idioma diferentes do seu país. E esse enriquecimento cultural foi o que mais me proporcionou satisfação na decisão de fazer o intercâmbio. É uma sensação única e só fazendo intercâmbio para saber”, frisa.

Em relação à escolha de um intercâmbio rápido, Botelho explica que foi uma maneira que ele encontrou de conciliar as férias do estágio com o período de férias acadêmicas. “Só assim, pude aproveitar o período para desenvolver o idioma que eu já vinha estudando antes de viajar. E o curso que faço me ajudou muito, pois eu embarquei com uma base de vocabulário e gramática suficientes para a vivência no exterior”.

O estudante também enfatiza a importância de sempre pesquisar antes sobre o país escolhido através de outras experiências intercambistas. “Eu recebi orientações da agência de intercâmbio para solicitar os vistos americanos e canadenses, mas as minhas pesquisas na internet sobre experiências de outras pessoas que foram para o mesmo destino, também me ajudaram muito para eu me sentir mais seguro antes da viagem”, finaliza.

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