Professores de Paulista protestam contra a Prefeitura

Segundo o sindicato da categoria, os educadores deixaram de receber gratificação que existia há mais de 15 anos

ter, 10/11/2015 - 17:46
Divulgação/Sinprop Educadores continuam em estado de grave Divulgação/Sinprop

Na tarde desta quinta-feira (10), dezenas de professores da rede municipal de ensino da Prefeitura de Paulista, realizaram um protesto contra a redução da gratificação e ameaças do governo municipal. Aproximadamente 60 profissionais se reuniram no auditório do Senac da cidade com faixas, mordaças e frases de efeito, protestando contra a gestão.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores de Paulista (Sinprop), Lásaro Santos, a medida é uma reação quanto às atitudes da Prefeitura da cidade. “Os professores estão protestando em virtude da redução da gratificação, que era de 30% e passou para 5%, que esxitia há 15 anos e há três meses deixou de ser paga. Além disso, a classe está sendo ameaçada”, falou o líder sindical, enfatizando que os educadores que aderiram à operação do Sinprop, de liberar os alunos após a merenda, estão sendo retaliados.

A redução das gratificações de difícil acesso às escolas foi realizada mediante alteração da Lei Municipal Nº 4.505/2014, assinada em dezembro de 2014. Lásaro destacou que o sindicato entrou com o mandado de segurança contra a Prefeitura para que o governo volte a efetuar o pagamento aos professores, que trabalham nas 21 escolas que foram retiradas da lista de instituições de difícil acesso. Ele ainda ressaltou que não foi feita nenhuma justificativa em relação à alteração. As gratificações eram fornecidas aos educadores que lecionam em 27 escolas, consideradas de difícil acesso, porém 21 foram desclassificadas. Confira na íntegra os detalhes da Lei Municipal:

>>Professores protestam conta redução de gratificações<<   

Em resposta, a Prefeitura de Paulista publicou a seguinte nota:

"A Secretaria de Educação informa que após análise criteriosa nas escolas que recebiam o benefício do difícil acesso, constatou que das 27 unidades que eram contempladas com a gratificação, apenas seis se enquadravam nos termos da Lei e realmente estavam localizadas em áreas inacessíveis.  Como o corte das 21 unidades que recebem indevidamente ainda está sub judice e elas continuam constando na folha de pagamento dodifícil acesso até dezembro, diante da necessidade de adequar o orçamento do município à realidade financeira atual - que é de profunda recessão econômica - a gestão municipal se viu obrigada a redimensionar o valor da gratificação de 30% para 5%, a exemplo de outros cortes como o salário de cargos comissionados, incluindo o do próprio prefeito. No entanto, assim que iniciar o ano letivo de 2016, a Prefeitura seguirá aberta ao diálogo junto ao sindicato da categoria para chegar a um entendimento sobre este assunto." 

 

 

 

 

 

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