Fenearte: quando a brincadeira vira negócio de família
Famílias apostam no mercado infantil de brinquedos educativos para ganhar espaço
Quem vai visitar a Fenearte se depara com inúmeras criações. Cores, formas e muita criatividade invadem os corredores, onde entre eles há inúmeras histórias, que inspiram e motivam o público do evento. Relatos de superação, encontros e realizações tomam conta da feira que ganha forma pelas mãos dos artesãos.
Participando do evento há pouco tempo, a psicóloga Silviane Costa revela que sempre foi apaixonada por brinquedos e esse sentimento está sendo transformado, literalmente, em brincadeira para milhares de crianças. A profissional, que sempre atuou na área infantil, enxergou a partir do lúdico uma oportunidade de realizar um sonho.
“Quando trabalhei em uma ONG percebi que os brinquedos eram essenciais para os atendimentos de ludoterapia, porém, as peças que existiam no mercado eram muito frágeis, ou seja, não tinham uma boa qualidade, ou eram muito caras”, lembra a artesã. Com essa dificuldade, ela resolveu criar os seus próprios brinquedos.
“Senti na pele a necessidade de ter objetos que atendessem às necessidade e que tivessem um preço justo. Com isso, decidi colocar a mão na massa e criar”, conta Silviane. Para desafio, ela contou, a princípio, com um sócio que posteriormente abandonou a ideia, mas logo em seguida a família entrou com tudo para ajudá-la.
Hoje, ela conta com a participação do marido Jorge de Carli e dos dois filhos. “Cada um tem uma participação especial e muito importante. Com a minha formação, acabo trabalhando na área de criação, aliando o conhecimento profissional da psicopedagocia com as necessidades vigentes. Já o meu marido fica com a parte de fabricação e os filhos com os desenhos e divulgação”, diz.
Com uma loja virtual, Silviane dispõe de inúmeros brinquedos que em sua maioria conta com a intervenção da criança e do adulto, como quebra cabeça para montar e pintar, brinquedos educativos, todos com materiais reciclados. “A ideia era criar produtos que não agridam o meio ambiente. Por isso, evitamos plástico, por exemplo,”, conclui. Atualmente, a artesão se dedica totalmente ao projeto.
Quem também apostou na produção de brinquedos de madeira foi o bancário Jamerson Pereira. Segundo o senhor, que está prestes a dar entrada na aposentadoria, ao visitar a Fenearte em uma oportunidade falou para a esposa que um dia estaria como expositor. Não demorou muito para o sonho dele se transformar em realidade e, hoje Jamerson está entre os artesãos que além de comercializar suas criações, levam diversão para várias crianças.
“Quando eu era garoto costumava construir os meus próprios brinquedos e na época tudo era muito diferente do apelo digital que existe hoje em dia”, lembra o artesão. “Parece que voltei no tempo. Considero um passa tempo que agora está gerando uma renda”, diz.
Segundo Jamerson, ele também conta com a colaboração de sua esposa, que trabalha como professora. “Para a criação dos brinquedos educativos, eu conto com a ajuda da minha esposa, que atua na área e me orienta quanto às suas necessidades”, fala.
Serviço
O evento funciona das 14h às 22h de segunda a sexta, e das 10h às 22h no sábado e no domingo. Os ingressos de segunda a quinta custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), enquanto os de sexta a domingo estão por R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias do evento, no Centro de Artesanato de Pernambuco e nos shoppings RioMar (loja Riachuelo), Shopping Recife (quiosque Ticket Folia), Tacaruna (loja Riachuelo), Guararapes (quiosque Ticket Folia), Boa Vista (loja Riachuelo).