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A pesquisa “Diversity Matters Latin America”, realizada pela McKinsey & Company, sobre o estado da diversidade corporativa na América Latina, defende que a busca por melhores práticas de negócios está diretamente ligada ao compromisso com a diversidade. O que ocorre nas empresas que abraçam esse tema é que os funcionários não apenas se sentem livres para expressar quem são, mas passam a encontrar espaço para contribuir de maneiras que transcendem as expectativas convencionais. 

O estudo revela também que os funcionários que fazem parte de empresas que genuinamente adotam a diversidade têm uma probabilidade 11% maior de relatar que podem "ser quem são" no ambiente de trabalho. Isso não apenas nutre um senso de autenticidade, mas também encoraja uma participação ativa e significativa. Além disso, o levantamento observa que essas empresas têm menos funcionários que se sentem como "estranhos" no ambiente corporativo, criando um clima mais acolhedor e inclusivo. 

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Os efeitos positivos da diversidade vão além desses pontos. As estatísticas ressaltam ainda a tremenda influência da diversidade na cultura de uma empresa. Na América Latina, como menciona o estudo, a diversidade emerge como um poderoso impulsionador de práticas saudáveis e resultados excepcionais. Os colaboradores dessas empresas destacam-se por níveis substancialmente elevados de inovação e colaboração do que seus colegas em outras organizações. Os números são: 

Probabilidade 152% maior de se sentirem capacitados a propor novas ideias e explorar abordagens inovadoras; 

Probabilidade 77% maior de concordarem que a organização incorpora ideias externas para impulsionar o aprimoramento de seu desempenho; 

Probabilidade 76% maior de afirmarem que a organização valoriza e aplica o feedback dos clientes para oferecer um melhor atendimento; 

Probabilidade 72% maior de relatarem que a organização está constantemente evoluindo e aprimorando suas práticas; 

Probabilidade 64% maior de colaborarem ativamente, compartilhando insights, ideias e melhores práticas. 

O levantamento aponta também que empresas comprometidas com a diversidade não apenas se destacam em termos de inovação e liderança, mas em motivação de seus funcionários - um elemento-chave da saúde organizacional. Em tais empresas, incríveis 63% dos funcionários afirmam estarem felizes em seus cargos. Já nas organizações não comprometidas com a diversidade o resultado não passa de 31%, menos da metade.  

Além disso, os funcionários de empresas comprometidas com a diversidade demonstram maior intenção de permanecer na organização e buscar cargos mais elevados. Eles têm ainda 36% mais chances do que seus pares de outras empresas de expressarem o desejo de ficar numa mesma companhia por três anos ou mais. Investir em diversidade é uma estratégia para o sucesso a longo prazo da organização e um investimento sólido no futuro inovador e colaborativo.

 

Uma recente pesquisa da consultoria Bain & Company, realizada com mais de 600 empresas de diversos países e setores, revelou que 85% das companhias pretendem adotar soluções de inteligência artificial (IA) nos próximos anos e aumentar 50% a produtividade. Os dados corroboram com a análise da Positivo Servers & Solutions, empresa da Positivo Tecnologia especializada na produção e comercialização de servidores, storages, mini PCs e infraestrutura de TI para negócios e serviços. 

A fim de acelerar o uso da IA nas empresas brasileiras, especialmente em data centers e servidores, a Positivo Servers & Solutions vem trabalhando ao lado de fabricantes e prevê mudanças significativas no dia a dia corporativo daqueles que decidirem investir na tecnologia. “A cada dia surgem novas oportunidades oferecidas pela inteligência artificial e as companhias, nacionais ou internacionais que ignorarem essa realidade correm um grande risco de perderem muito mercado para antigos e novos concorrentes. A adoção da IA é fundamental para aumentar a produtividade e a eficiência dentro das empresas”, pontuou o CEO da Positivo Servers & Solutions, Silvio Ferraz de Campos.  

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Segundo a pesquisa “Agenda 2023”, realizada pela Deloitte, 20% dos negócios brasileiros já utilizam IA em suas produções. Também de acordo com o estudo, ainda neste ano sete em cada dez empresas vão aumentar os seus investimentos na tecnologia para aprimorar produtos e serviços e prever tendências de consumo. Silvio destaca que a junção do Big Data com modelos de negócios eficientes e computação em nuvem irá gerar máquinas cada vez mais inteligentes e poderosas. Para ele, já no segundo semestre de 2023, a expectativa é que o mercado esteja mais aquecido, gerando maior concentração de receitas a partir de contratos para fornecimento de servidores 5G. De acordo com Campos, dentre as formas como a inteligência artificial podem impactar nos negócios das empresas estão:   

Análise de Dados - A IA é capaz de processar dados de forma muito mais rápida e eficaz que as pessoas. Além disso, pode analisar grandes conjuntos de informações e obter padrões com mais velocidade e eficiência.   

Aprendizagem Automática (Machine Learning) - A IA utiliza algoritmos para analisar dados e definir padrões. Assim, as empresas podem otimizar a tomada de decisões em muitas áreas, como, por exemplo, na descoberta de irregularidades, prognóstico de demandas e estudo de mercado e concorrência.   

Automação Robótica de Processos (RPA) - A utilização de robôs de software é ideal para automatizar processos de negócios repetitivos, reduzindo, assim, custos e melhorando a eficácia e a precisão. 

Inteligência Artificial Conversacional - Com ela, é possível interagir com os clientes de maneira natural, aperfeiçoando a experiência do cliente, diminuindo gastos com o atendimento e otimizando a eficiência em comunicação. 

No portfólio da Positivo Servers & Solutions voltado para inteligência artificial, destacam-se tecnologias de parceiros, como a Supermicro e NVIDIA, que estão preparadas para proporcionar maior potência aos data centers.  É o caso da GPU para data center de supercomputação de AI, a NVIDIA H100, que foi desenvolvida na arquitetura NVIDIA Hopper e oferece uma plataforma unificada para acelerar tanto aplicações de HPC quanto de AI, aumentado a transmissão de dados enquanto reduz bastante os custos das empresas. Na prática, isso permite uma melhora substancial na taxa de transferência dos dados e reduz o tempo de operacionalização, entre outras vantagens. 

 

A Ingram Micro Brasil, subsidiária do distribuidor mundial Ingram Micro, firmou uma parceria com a Jamf, empresa que oferece soluções em gerenciamento e proteção de dispositivos e sistemas nesta quinta-feira (22). Assim, passa a distribuir as linhas de produtos Jamf Pro, Jamf Connect e Jamf Protect (dispositivos da Apple) em todo o país. A aliança comercial visa aumentar a visibilidade da Jamf no mercado brasileiro, ao atrair novos clientes e oferecer suporte em logística e conhecimento de mercado. 

O acordo proporciona às revendas brasileiras a possibilidade de ampliação de seus catálogos de TI com soluções para conectar, gerenciar e proteger dispositivos Apple. A Jamf oferece soluções de software abrangentes e personalizáveis que podem ajudar organizações de todos os tamanhos a gerenciar os dispositivos Apple com segurança e eficiência.

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Para as revendas, é uma excelente oportunidade de ampliação de portfólio em T.I com soluções adequadas a diversas verticais. A Jamf ficará alocada na unidade de negócios “Commercial, Consumer & Mobility” da Ingram Micro e, com o acordo, fornecerá suas soluções de gerenciamento de dispositivos Apple de ponta a ponta, atendendo a múltiplas necessidades do mercado 

Nesse contexto, a Ingram Micro desempenha o papel de ser a porta de entrada da Jamf no mercado brasileiro, ampliando o acesso de revendas às soluções da marca e ajudando a tornar os negócios da parceria mais bem-sucedidos, com a oferta de soluções complementares, treinamento e suporte técnico. O programa de canais da Ingram Micro disponibilizará treinamentos e suporte técnico para os parceiros aprenderem a usar as soluções da Jamf e para fomentar o cross-selling (técnica de vendas que envolve a venda de um produto adicional a um cliente existente) entre as marcas distribuídas por ela.  

“A Ingram Micro dispõe de um ecossistema completo de serviços de valor agregado e suporte técnico para seus parceiros revendedores, o que pode beneficiar a Jamf em termos de treinamento, suporte e recurso de marketing, a fim de promover suas soluções de gerenciamento de dispositivos”, disse em nota o diretor de produtos da área de Commercial Consumer e Mobility da Ingram Micro Brasil, Ricardo Rodrigues. “Além disso, a parceria pode contribuir para um maior acesso da Jamf a produtos de outros fabricantes também distribuídos pela Ingram Micro, ajudando a empresa a desenvolver soluções mais completas para as necessidades dos clientes”, acrescentou.  

Para saber mais sobre a Ingram Micro, acesse o site do distribuidor a seguir: https://www.ingrammicro.com.br/portal/  

 

 

 

Após dois anos sem a realização do Carnaval, devido à pandemia da Covid-19, os festejos de Momo estão de volta para a alegria dos brincantes e empreendedores. Com o retorno do clima de normalidade, comerciantes apostaram na festa e disponibilizam itens que vão desde brincos até fantasias sob encomenda.

O "Carnaval do Sonhos" não é só o tema dos festejos na cidade de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, mas também temática da coleção das amigas Nilza Lima e Sabrina Felix donas, respectivamente, da Verdin Brechó e Mão Afetiva que funcionam de forma on-line e têm o ateliê situado na comunidade do Coque, na Ilha de Joana Bezerra, onde moram. 

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"É o primeiro Carnaval da 'Verdin' enquanto brechó e um brechó especializado em uma arte, porque, até então, era só um brechó. Comecei com a ideia de produzir, fazer arte e dar uma ressignificação as coisas para além da curadoria. Pensei no que fazer, o que poderia ser o diferencial das outras lojas, algo que eu poderia me sobressair", diz Nilza à reportagem

Com as atenções voltadas para a moda sustentável e nas tendências para este Carnaval, a empreendedora apostou no tie dye no tule. "Percebi que a tendência desse Carnaval é [tecido] tule, um look bem passista', explica. Nilza conta que o planejamento para a festa começou em dezembro de 2022, mas nem todas as ideias puderam ser executadas. "Tive algumas ideias para o Carnaval que eu não consegui por em prática. Mas, a que que eu consegui, eu tô (sic) feliz dentro das minhas possibilidades, da minha realidade". 

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Este também é o primeiro primeiro Carnaval da 'Mão Afetiva', que nasceu durante a pandemia. "Eu fiquei desempregada e, com o dinheiro do auxílio, iniciei a organizar as coisas, trabalhar com criatividade", conta Sabrina. Com a máquina de costura deixada pela mãe, que foi morar no Rio de Janeiro, ela começou a costurar e, assim, surgiu o 'Mão Afetiva'. 

A missão de desenvolver peças para os festejos de Momo começou em janeiro deste ano. "Peguei todo o dinheiro que eu tinha e investi nessa coleção. Eu fiquei com medo de não ter o retorno, mas estou vendendo bem", comenta. Entre os produtos comercializados pela empreendedora estão croppeds, hot pants, tiaras e ombreiras, acessório que está em alta em 2023. Os preços das peças, de acordo com Sabrina, variam entre R$ 20 e R$ 89.

Como a maioria dos empreendedores, Nilza e Sabrina fazem tudo sozinhas. Elas são responsável pela criação e montagem das peças, precificação, postagens para a rede social e organização da logística das entregas dos produtos. Apesar de já estipulada a data para o encerramento de encomendas, elas salinentam que, a depender do produto, podem estender o prazo até sexta. "Depois disso, não. Eu também vou me divertir e vou vender outros produtos durante o Carnaval", frisa Nilza. 

Vai ser de última hora

A vendedora Mari Ferreira. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A vendedora Mari Ferreira conta que a venda de fantasias ainda está tímida. "Acredito que quando chegar mais perto do Carnaval, vai aumentar. A gente sabe que brasileiro deixa muita coisa para última hora", brinca. À reportagem, ele aponta que as fantasias infantis são as que tem mais vendas, principalmente as de heróis, princesas e personagens de filmes. 

A comerciária cita que a mercadoria não teve maior diversificação porque muitos fornecedores deixaram de fabricar. "Fantasias masculinas são poucas, as que temos são de anos anteriores. Temos mais [fantasias] de criança", menciona. Ao LeiaJá, Mari Ferreira disse que está otimista, mas esperava que, devido aos anos sem Carnaval, as vendas fossem maiores.

Criar um negócio é um processo que envolve vários desafios. Alguns deles, são dinheiro para investir no empreendimento e conhecimento necessário para iniciar essa nova etapa, de maneira rápida e econômica. Segundo a pesquisa “Sobrevivência de empresas”, realizada pela Unidade de Gestão Estratégica (UGE) do Sebrae, apenas 42% dos empreendedores entrevistados elaboraram um plano de negócios formal antes de abrir a empresa.

Para ajudar a empreender com pouco capital, ainda neste semestre do ano, o Sebrae listou sete dicas fundamentais para os futuros empresários. Confira: 

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1. Tenha um plano de ação 

Todo negócio deve começar sendo muito bem planejado. Quanto mais escassos os recursos para a abertura de uma empresa, melhor eles devem ser administrados. Elabore um bom plano de negócios e faça as adaptações sempre que for necessário. O Sebrae disponibiliza vários serviços, como cursos, consultorias e orientações, inclusive gratuitos, para a elaboração de um plano bem estruturado de negócios de forma a otimizar os recursos.

2. Procure alternativas econômicas  

Se o empreendedor tem o projeto de abrir o próprio negócio, mas não tem muitos recursos para investir, é fundamental tomar decisões cuidadosamente analisadas. Um primeiro passo, se for o caso e a vocação, é escolher atividades econômicas que não exigem um grande investimento inicial. Normalmente, o segmento que reúne o maior conjunto de possibilidades nesse sentido é o de serviços. Uma pessoa com as habilidades necessárias pode se tornar um chaveiro, eletricista ou pintor, por exemplo, apenas com os instrumentos básicos de trabalho. Isso evita o custo inicial com a compra de equipamentos, máquinas, estoque de produtos ou aluguel de um espaço comercial.   

3. Reduza os custos iniciais ao mínimo

No primeiro momento da empresa, até que ela comece a dar resultados positivos consistentes, evite qualquer gasto que não seja essencial. Isso implica despesas com aluguel de espaço físico, compra de equipamentos, compra de grande volume de insumos ou estoques, contratação de funcionários. Esse cuidado é importante para evitar riscos de prejuízo e permite ainda reservar recursos para onde eles serão mais estratégicos, como a divulgação do negócio, por exemplo.

4. Mantenha seu projeto em paralelo 

Abandonar o emprego ou investir todo o dinheiro da rescisão em um negócio são decisões precipitadas. Até começar a obter os primeiros resultados, o ideal é manter sua atividade principal e seguir com o projeto da empresa em paralelo. Desse modo, há mais segurança em focar no crescimento de sua empresa com mais tranquilidade.

5. Ative uma rede de contatos   

Forme uma boa rede de contatos e saiba usá-la. Suas conexões podem ajudá-lo a encontrar potenciais parceiros, oportunidades de negócio e promover seu produto ou serviço usando o bom e velho boca a boca – fundamental para quem quer construir uma boa reputação em qualquer negócio, especialmente sem dinheiro. 

6. Comece o marketing cedo   

Muitos empreendedores iniciantes gastam todo o tempo e o dinheiro na concepção e no lançamento de seu produto, mas, quando chega a hora de anunciar a novidade, se veem sem recursos. Pesquise meios efetivos e baratos para chegar ao consumidor e reinvista os lucros em marketing – quanto mais, melhor. Por isso, o plano de negócios é tão importante, pois definirá a distribuição dos recursos em cada etapa, indicando a sequência delas.

7. Reinvista tudo no negócio   

No início das atividades, o negócio vai precisar de todo investimento possível. Reserve para você o mínimo necessário para a sua manutenção e reinvista os recursos na própria operação da empresa, de modo a aumentar o seu volume de clientes e de vendas.

Muitos dizem que uma partida de futebol é só um jogo. Eu concordo. Outros dizem que não é apenas um jogo. Eu também concordo. A verdade é que o futebol é entretenimento e, como tal, pode ser encarado com leveza; mas, ao mesmo tempo, é também negócio, sustento e fonte de inspiração. A Copa do Mundo veio para nos relembrar dessas duas facetas do esporte.

Durante essa Copa no Catar, quem assistiu as partidas de forma atenta e crítica captou insights para além das estratégias de jogo. O que vimos em campo foi muita garra, busca por sonhos, determinação, trabalho em equipe, tática, inspiração, companheirismo. Tudo isso está inserido também no mundo do empreendedorismo. E é por essa razão que constantemente relacionamos o esporte ao ato de empreender.

Se pensarmos bem, as tão faladas “zebras” da competição nada mais são frutos de determinação e sonhos que foram realizados. Marrocos foi a primeira seleção africana a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo; times tradicionais como a Alemanha foram eliminados por outros considerados inferiores. Daí se depreende que não se pode menosprezar concorrentes, mesmo que eles não estejam no seu nível. Muitas vezes, é esse “pequeno” competidor que vai dar a volta por cima e lhe deixar para trás, amargando prejuízos no seu negócio.

Também devemos olhar para os jogadores. Neymar sofreu uma lesão e se recuperou em tempo recorde, depois de cuidados intensivos. A determinação do craque o levou a entrar em campo, recém-chegado do departamento médico, e ainda marcar um gol. Richarlison também teve uma participação digna de aplausos. O seu emblemático gol de voleio não foi “sorte” ou acaso: ele já havia treinado a jogada inúmeras vezes. Um bom empreendedor não conta com o improviso ou apenas o talento, mas se prepara, estuda, aperfeiçoa suas habilidades para ser cada vez melhor.

Futebol é diversão, é lazer, mas também é coisa séria. Tirando da frente os fanatismos e outras problemáticas, podemos ver que, dentro ou fora das quatro linhas, é um universo que respira empreendedorismo. Analisar mais atentamente as partidas é um exercício prolífero e que certamente trará grandes ensinamentos. De fato, não é só um jogo.

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O chocolate amazônico ganha o mundo. Izete Costa, conhecida como dona Nena, está à frente da produção de cacau 100% orgânico na ilha do Combu, pertinho do centro de Belém, capital do Estado do ParáCasa do Chocolate da Ilha do Combu promove um importante resgate da cultura e tradições ribeirinhas da região.

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Formada por 39 ilhas, a região insular de Belém assume destacado potencial turístico. Também permite aos pequenos empreendedores do local uma produção sustentável, com respeito ao meio ambiente.

Em projeto de vídeo experimental, os estudantes Messias Azevedo, Vallery Dantas, Gabriel Pires, Ana Paula Mafra, Painah Silva e Eduardo Quemel, do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, atravessaram o rio para gravar um minidocumentário sobre o empreendimento. Confira o trabalho.

Da Redação do LeiaJá.

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Mede, corta, alinha, arremata. Quando o assunto é moda, comumente são imaginadas peças elaboradas por estilistas; no entanto, ela começa pelo processo de costura. Da camisa que você usa diariamente ao vestido ou terno mais sofisticado, feito à mão ou por máquinas, a confecção é realizada por um(a) costureiro(a).

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Com linha e agulha, mulheres deram sentido à atividade e tradição da manufatura. A consultora de imagem e estilo Wanessa Oliveira diz que o processo histórico social da costura se deu como uma herança familiar. “Geralmente, a mãe já fazia esse trabalho de costura, na própria residência. E essas costureiras, quando crianças, ficavam em volta da máquina, já pegavam uma agulha e a própria mãe ensinava a fazer uma bainha, a costurar à mão. De mãe para filha, de vó para mãe, até chegar na neta e assim por diante”, explica.

A consultora de imagem e estilo fala que a costura, no início, era feita de forma muito rudimentar. Há mais de 30 mil anos, as primeiras agulhas foram criadas com ossos de animais com o intuito de produzir roupas para proteção e somente no século XIV foram inventadas as agulhas de ferro. As máquinas de costura ganharam forma apenas no século XVIII, período da revolução industrial. “Bem diferente das máquinas elétricas que a gente tem hoje, as primeiras máquinas eram supertrabalhosas para as costureiras. Eram máquinas que realmente precisavam de uma força grande”, lembra.

Durante muitos anos, as condições financeiras de quem trabalhava com costura não eram as mais significativas. Wanessa compartilha relatos de costureiras: “Uma delas começou a ser referência para vestidos de festa, de 15 anos e até vestidos de noiva. As outras, era tudo que aparecia - se aparecesse uma bainha de calça, ela fazia; se aparecesse uma confecção de um vestido, ela fazia; se aparecesse uma roupa social feminina, ela fazia”, relata.

Algumas sem intenção de trabalhar na área, apenas por hobby, outras transformaram a costura em um meio de subsistência. A consultora de imagem ressalta que, para essas mulheres, a atividade se transformou em uma fonte de renda utilizada para criação dos filhos e para manter o sustento da casa.

Da prática artesanal à profissão, o ramo da costura vem crescendo nos últimos anos.  “A confecção de roupas e de ajustes, essa demanda nunca morre. Na minha visão, está constantemente sendo buscada. Então, independente de ser aqui na nossa região ou, enfim, em outras regiões do país e do mundo, é uma demanda que sempre vai existir”, observa Wanessa.

A consultora relembra a formação da pós-graduação em moda, em 2020, e diz que, ao conhecer a consultoria de imagem, sentiu-se encantada e percebeu que o ramo é extremamente próximo à costura. Atualmente, Wanessa está abrindo um negócio no ramo e é no ateliê da mãe, diariamente, que está aprendendo a costurar.

Para Wanessa, o ofício da costura ainda é muito subjugado, porque ainda existe um preconceito alicerçado no fardo histórico em relação ao valor do trabalho. “Toda a cadeia de moda só existe porque a costureira existe - é um elo dessa cadeia, um elo fundamental”, afirma.

“Se não tiver a costureira, o serviço, você não tem roupa. ‘Ah, você tem um modelista e ele vai modelar’; mas se a costureira não estiver naquele processo, não tem venda, não tem varejo, não tem visual merchandising, não tem vitrinismo, não tem consultoria de imagem. A sociedade como um todo precisa fazer essa diferenciação de que é uma profissão extremamente valiosa e que precisa ser mais valorizada”, finaliza.

A UNAMA - Universidade da Amazônia celebrou, em junho de 2022, os 15 anos do curso de Moda da instituição, o primeiro da região Norte. A comemoração contou com programações especiais, incluindo desfiles, encontro com os antigos e atuais alunos do curso, exposição de ecobags – em consonância com a vertente da sustentabilidade e com ilustrações inspiradas em quadros pintados por modernistas brasileiros – e bate-papo com profissionais de renome.   

A reitora da UNAMA, professora Betânia Fidalgo, destacou que, para a universidade, ser a primeira instituição a oferecer o curso é motivo de orgulho. “A UNAMA precisa estar em todas as áreas, uma universidade precisa construir conhecimentos técnicos e científicos em todas as áreas e a Moda é uma dessas áreas. A gente fica muito feliz, porque aqui, desde a criação, à modelagem e ao empreendedorismo da moda, são várias áreas dentro do curso que os alunos podem escolher para poder atuar”, afirmou a reitora.

Para Felícia Maia, mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGArtes – UFPA) e coordenadora do curso, a trajetória de 15 anos representa a possibilidade que a moda tem de gerar empregos e renda. “Se a gente realmente investir nessa qualificação, nós teremos pessoas que vão estar preparadas para fazer produtos que possam competir no mercado nacional e internacional, e isso é fundamental para a economia de uma região”, observou.

Por Even Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O mundo do empreendedorismo pode ser desafiador para muitas pessoas. Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de 2021, cerca de 23% das micro e pequenas empresas fecham antes de completar cinco anos de atividade no Brasil. Todo o processo é custoso e exige do profissional maturidade para lidar com as dificuldades no caminho. 

Cerca de 53% dos empresários brasileiros têm entre 18 e 34 anos, de acordo com dados do Global Entrepreneurship Monito (GEM). Para entender como os jovens empreendedores lidam com essas dificuldades, buscam se renovar e conseguir um lugar nesse mercado, o LeiaJá convidou Thaliane Pereira, 24 anos, CEO e fundadora da Tluxos, além de influenciadora digital com mais de 200 mil seguidores, para falar sobre a sua história.

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Thaliane Pereira e Thiane Pereira, sócias da empresa Tluxos (Chico Peixoto/LeiaJáImagens) 

Filha de comerciantes, Thaliane afirma que corre no seu sangue o dom do empreendedorismo. Com apenas 12 anos e moradora da comunidade do Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes, a jovem começou sua história como empresária, junto com sua irmã e sócia, Thiane Pereira, e juntas fundaram a loja Tluxos, que atualmente conta com uma equipe de quatro profissionais.

“Eu comecei com a minha mãe, através dos negócios dela, e logo em seguida surgiu a minha loja, junto com a minha irmã. Cheguei a trabalhar para outra empresa, no seguimento hospitalar, mas logo percebi que não queria isso para a minha vida. Foi assim que surgiu a Tluxos, porque antes era Thalia Variedades”, conta Thaliane.

O mercado da moda é bastante amplo e muito concorrido. Segundo dados do Empresômetro, o seguimento representa 5,53% de todas as empresas ativas no Brasil. Para a empresária, é fundamental que a empresa seja vista e conhecida na internet. O uso do marketing digital traz retornos positivos sobre o negócio, oferecendo novas possibilidade e facilitando a comunicação com os clientes, além de atingir um público muito maior.

Thaliane iniciou no mercado do empreendedorismo aos 12 anos de idade (Chico Peixoto/LeiaJáImagens) 

“Sempre falo que todo influenciador precisa ser um empreendedor e todo empreendedor precisa ser um influenciador. A Tluxos conseguiu valor no mercado através da internet, porque antes a gente trabalhava com um público local, éramos uma loja de bairro e por meio da internet a gente passou a ter uma vitrine de loja virtual”, conta a empresária.

O termo “desistir” nunca foi uma opção para Thaliane, sempre convicta do que queria como profissional, buscava diversas soluções para os obstáculos que encontrou na sua jornada como empreendedora.  

“É muito árduo você empreender, mas basta querer buscar e investir em conhecimento. Esse é o principal fator para dar resultados. A crítica que mais tive foi a validação. Por eu ser nova, muitas vezes não acreditavam que eu iria conseguir. Vontade de desistir vai existir, mas se você trouxer isso pra sua vida não vai conseguir empreender nunca”, conta a empresária.

Thaliane e sua equipe Tluxos (Chico Peixoto/LeiaJáImagens) 

De acordo com dados do Ministério da Economia, no ano de 2021, mais de 1,4 milhão de negócios formais foram fechados. Durante esse período, Thaliane precisou se reinventar e desenvolver maneiras de passar por esse cenário pandêmico.

“Mesmo eu e a empresa Tluxos estando presente no meio digital, a pandemia veio para mostrar ainda mais como é importante você estar na internet. Na pandemia, eu fiz um projeto voltado para pessoas que queriam abrir o seu primeiro negócio, então a gente selecionou e criou um grupo de mulheres que trabalhavam como nossas revendedoras”, conta a empreendedora.

Segundo Thaliane, a comparação com outros empreendedores não é algo saudável. É necessário entender que cada profissional tem o seu processo e suas dificuldades. “Não tem como você começar no maior palco da vida, eu sempre falo que não devemos comparar os seus bastidores com o palco de ninguém, porque você não sabe o que o outro passou para estar ali”, finaliza a empreendedora.

Ensinando a lucrar

Com a expansão da empresa e da influenciadora na internet, a Thaliane resolveu compartilhar seus conhecimentos com pessoas que buscam ingressar nesse mercado e não sabem por onde começar.

Um dos seus projetos mais conhecidos, o “Empreendendo com Thaliane” é um treinamento criado para quem quer montar a sua própria loja no Instagram, se tornar uma empresária de sucesso e para quem já é empreendedor, mas busca novos conhecimentos.

“Como Thaliane ficou mais vista como influenciadora, poucas pessoas enxergavam o meu lado empreendedora. Então, na pandemia eu fiz um curso onde eu ensinava para as meninas como foi todo o meu passo a passo para virar uma influenciadora e uma empreendedora”, explica.

Ao todo, os cursos já alcançaram mais de 2,5 mil alunas e continuam expandindo. Além de projetos voltados para o empreendedorismo, Thaliane também criou o “Efeito Blogueira”, desafio de 7 dias com todos os segredos das fotos das blogueiras, voltado para quem busca mudar o feed da marca e o pessoal, e o “Vida de Blogueira”, onde as alunas aprendem todo o passo a passo para se tornar uma influenciadora digital de sucesso nos dias de hoje.

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Os festejos juninos, para algumas pessoas, representam uma oportunidade de negócio e renda extra. Entusiasmados pela retomada das comemorações de São João, após o período mais crítico da pandemia de Covid-19, os empreendedores sazonais aproveitam para comercializar acessórios, comidas típicas e fogos de artifício, que são característicos da festa.

De acordo com o analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Valdir Cavalcanti, as festividades como Carnaval e São João são épocas de grandes oportunidades de negócios, que costumam dar continuidade. “Nesse período, as pessoas, muitas vezes, têm oportunidades de ganhar o dinheiro extra. Mas o Sebrae tem observado que, algumas se descobrem empreendedoras e seguem com o negócio”, explica, em entrevista ao LeiaJá.

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Empreendedora desde 2020, Mel Vieira, pelo segundo ano consecutivo, vende bolos juninos. Tudo é feito de forma antecipada e planejada. “Começo a organizar o cardápio, realizar a abertura de agenda e prazos quase um mês antes [São João]”, ressalta a reportagem. Além da montagem do cardápio e dos bolos, Mel gerencia a página do negócio no Instagram e entrega final. Todas as vendas nesta época são feitas, exclusivamente, por encomenda.

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À reportagem, a empreendedora fala sobre as dificuldades de trabalhar com produtos específicos em épocas sazonais. “Uma das maiores dificuldades nesta época do ano sempre é o aumento do preço dos insumos e embalagens. A diferença é absurda!”, expõe.

Questionada sobre como, neste período de festa e inflação, ele tenta driblar a alta dos preços e, ao mesmo tempo, manter a qualidade dos produtos, Mel é categórica. “Quase nunca mudo os ingredientes para não comprometer a qualidade que entrego aos clientes. Então, estou sempre atenta às promoções nos supermercados e nas plataformas de delivery, como o Ifood. E assim, vou fazendo estoque de insumos e tento manter o preço justo para os clientes”, frisa.

Valdir Cavalcanti salienta que interessados em iniciar no empreendedorismo sazonal precisam apostar no planejamento da produção, como também, das vendas. “Geralmente, o Sebrae procura orientar a pessoa para que ela diminua aquilo que a gente chama de prática do amadorismo e comece a fazer a aplicação do profissionalismo do negócio. Além disso, direcionamos para que tudo seja feito com o máximo de qualidade, porque, no ano que vem, ela vai vender de novo a esse cliente que comprou agora”, recomenda.

Um levantamento, encomendado pela 99, empresa de mobilidade urbana e desenvolvida pela Consumoteca, aponta que 44% das brasileiras têm o desejo de ser dona do próprio negócio. Além disso, os dados mostram que, em um recorte por região, as mulheres do Nordeste são a maioria quando o assunto é ter a própria empresa, 56% ao todo. Em seguida estão as regiões Sul (45%), Centro- Oeste e Norte (41%) e Sudeste (37%).

A pesquisa também apresenta dados referentes à responsabilidade financeira na família. De acordo com a Consumoteca, cerca de 78% das entrevistadas arcam com os custos sozinhas ou os compartilhaM com companheiros, companheiras, parentes ou amigos.

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A pesquisa foi realizada em 14 de fevereiro de 2022, através de questionário on-line com pessoas de todo o Brasil, e contou com 1110 entrevistados, com mais de 18 anos de idade, sendo 800 mulheres e 300 homens das classes, segundo a 99, A, B E C.

A maior parte dos 17,1 milhões de moradores de favela no Brasil tem, tinha ou quer ter um negócio. Isso é o que apontou uma pesquisa do Data Favela que foi divulgada na manhã de hoje (15) na primeira edição da Expo Favela, evento de empreendedorismo que acontece até domingo (17) no WTC, em São Paulo.

A pesquisa demonstrou que 76% dos moradores de favela se enquadram nessa característica e 50% deles se consideram empreendedores. Quatro em cada dez moradores de comunidades (41%) têm um negócio próprio. “Isso mostra uma oportunidade gigantesca”, disse Renato Meirelles, fundador do Data Favela, em entrevista à Agência Brasil. “A favela, historicamente, foi estigmatizada pelo asfalto e pela falta de políticas públicas. Mas o que vimos é que, em vez de lamentar, os moradores das favelas estão empreendendo, estão chamando para si a responsabilidade de suas vidas”, acrescentou.

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Mas ter um empreendimento não é fácil para quem vive em uma comunidade. Um problema apresentado pela pesquisa, por exemplo, é que apenas 37% dos empreendedores com negócio próprio tem CNPJ. “O Estado não está na favela. Para você conseguir um CNPJ, você tem que sair da favela. Você tem que enfrentar, por maior que tenha sido o modelo do Simples, uma série de dificuldades com documentos. Quando você abre um negócio, a primeira coisa que você encontra não é uma oportunidade de crédito. A primeira coisa que você encontra é um fiscal na sua porta”, disse Meirelles.

A principal dificuldade relatada por quem pretende abrir um negócio em uma comunidade ainda é a falta de investimento. “A pesquisa deixou claro que falta financiamento, falta grana, falta crédito. Os bancos hoje não oferecem crédito de acordo com a necessidade da favela. Também falta conhecimento de conseguir expandir o seu negócio através da tecnologia, por mais que hoje nove em cada dez moradores da favela tenham acesso à internet”, falou Meirelles.

“Uma coisa é você querer ter o negócio, outra coisa é você ter o negócio e outra é saber gerir o seu negócio. O que achamos é que a favela precisa de uma escola de negócios”, disse Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa), CEO da Favela Holding e idealizador da Expo Favela. “O que falta na prática é conhecimento. Minha mãe morreu sendo empreendedora sem saber que era empreendedora. Nem essa linguagem de empreendedor a gente usa na favela. A gente fala que a gente se vira, que a gente dá o nosso pulo, faz o nosso corre. Falamos por códigos. E agora a gente precisa também falar não só o favelês, mas o asfaltês: e para isso precisamos mudar essa narrativa e desenvolver novas formas de expressão para sermos reconhecidos pelo asfalto e a favela passar desse momento para um outro momento”, acrescentou.

De acordo com o pesquisador e fundador do Data Favela, as comunidades brasileiras oferecem muitas oportunidades de negócios, principalmente no setor de economia criativa. “Você tem um potencial grande na economia criativa, que são os designers, são as agências de comunicação, são os influenciadores digitais que dentro da favela começam a vender para o mundo. Você tem aquele cara que faz boné ou camiseta, que durante a pandemia começou a vender para fora da favela. Tem aquelas doceiras que se cadastraram no Ifood, e que conseguiram transformar o seu pequeno negócio, num negocio que fazia buffet para fora da favela”, citou.

Expo Favela

Para atrair investidores para esses negócios que surgem nas favelas brasileiras, Celso Athayde criou a Expo Favela. “Sempre sou convidado pelo asfalto para poder ir para o evento dele. Mas agora estou convidando o asfalto para vir no nosso evento. Aqui é um momento em que não estamos fazendo um evento de favela para favela. Mas fazendo um evento pela favela, mas com a participação também do asfalto”, disse ele.

Participando da Expo Favela como expositora, a artesã e mobilizadora social Marisa Rufino, 48 anos, viu uma grande oportunidade na feira. Representando um grupo de 20 pessoas, ela saiu de Araxá (MG) para apresentar as bonitas toalhas e outros produtos que ela e seu grupo confeccionam.

“Saímos de Araxá com o intuito de conhecimento, de conhecer pequenos negócios como o nosso. Estou representando mais de 20 pessoas nesse momento. E essa experiência que vou levar será de grande importância para cada uma delas mexer no seu produto”, disse ela, em entrevista à reportagem da Agência Brasil. “É a primeira feira que a gente participa. Temos um produto bom, que precisa ser melhor visto. Esse resgate do artesanato, do feito à mão, tem que vir em alta também. E acho que a feira dá esse impulsionamento para nós, como empreendedoras. Meu pequeno serviço pode se tornar grande a partir do momento em que trabalho com a comunidade”, falou.

Já Valcineide Santana, 37 anos, moradora da comunidade quilombola Fazenda Cangula, de Alagoinhas, no interior da Bahia, veio à Expo Favela para apresentar o projeto Farmácia Verde. “Atualmente temos 10 mulheres incluídas nesse projeto. O objetivo é resgatar a cultura do povo negro. Quando surgiu, em 2017, houve o objetivo de resgatar a cultura com o uso das plantas medicinais. Hoje produzimos sabonetes medicinais, que tem fim terapêutico”, explicou ela.

“Nosso maior objetivo [ao participar do evento] é mostrar que lá no interior da Bahia, numa comunidade quilombola, tem um grupo de mulheres que trabalha com as plantas, que usa o recurso natural dentro da comunidade para criar um produto que beneficia várias pessoas. Queremos mostrar o nosso potencial e conseguir investidores para outros objetivos que queremos, como a construção do nosso laboratório”, disse ela.

O laboratório, explicou Valcineide, é a maior necessidade da comunidade nesse momento. Ele serviria para o trabalho com uma linha de medicamentos naturais. “Mas hoje não estamos comercializando esse produto porque sabemos que tem toda essa burocracia brasileira, principalmente com o pequeno negócio. E hoje precisamos de um laboratório e um químico ou farmacêutico para assinar esses medicamentos para que então possamos comercializá-los”, disse.

Além do artesanato e dos sabonetes medicinais, muitos outros produtos estão sendo apresentados na feira da Expo Favela, evento que teve início hoje (15) e segue até domingo. O evento promove também shows, palestras, exposições e rodadas de negócios. Mais informações podem ser obtidas no site.

Nesta quarta-feira (3), o cadastro para concorrer a mais 1.500 empréstimos facilitados do CredPop Recife será disponibilizado. A linha de crédito de até R$ 3 mil é um programa iniciado pela Prefeitura em março deste ano para ajudar empreendedores locais ou pessoas que desejam abrir negócio na capital durante a pandemia.  

As vagas são priorizadas para mulheres, jovens, negros e pessoas com deficiência. As inscrições abrem ao meio-dia e podem ser feitas no aplicativo Conecta Recife ou no site do CredPop.

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Os beneficiados pelo programa podem quitar os empréstimos em até 12 parcelar, com juros de 0,99% ao mês.

Os candidatos precisam apresentar documento de identificação e comprovante do endereço do negócio no Recife na inscrição. Pessoas com deficiência também devem informar sobre o laudo médico.

Parceria com o Sebrae

Além de ampliar as vagas em novembro, já que nos meses anteriores eram ofertadas 1 mil linhas de crédito, o CredPop se uniu ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para oferecer minicursos online de capacitação. Os temas são: “Como planejar minha empresa para buscar crédito?”; “Planejamento financeiro da empresa”; “Possibilidades e alternativas ao crédito''; e “Estratégias para contratação de crédito”.

Durante encontro com jornalistas, realizado remotamente nesta terça-feira (5), o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Carlos Velles, apresentou dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020. No levantamento, é apontado que o desejo dos brasileiros em abrir o próprio negócio, em até três anos, cresceu 75% em relação a 2019. 

Ainda de acordo com o relatório, um terço desse total foi motivado pela pandemia da Covid-19. Além disso, o documento destaca que o País teve a maior variação de taxa de Empreendedorismo Potencial, em comparação a outras economias. 

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Outro ponto apresentado pelo levantamento da GEM é sobre o processo de formalização de empreendedores no Brasil, que demonstrou um incremento de 69% nos anos de 2019 e 2020. Essa formalização, de acordo com a pesquisa, foi constatada tanto entre os empreendedores iniciais (até três anos e meio) quanto em donos de negócios já estabelecidos (mais de três anos e meio). 

A crescente adesão do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) por micro e pequenos empreendedores foi impulsionada, segundo a GEM, pelos benefícios da formalização, exigência, por parte dos clientes, de emissão de nota fiscal e contribuição para a Previdência Social.

A apresentação dos dados também deixou claro o perfil de empreendedores. Metade dos investimentos é, geralmente, de até R$ 5 mil, e realizados, em sua maioria, por homens que possuem uma renda alta, assim como, elevada escolaridade. Ademais, apontou-se que boa parte dos empreendedores iniciais não tem os negócios como única atividade, ou seja, dedicam-se a outro emprego ou estão em busca de oportunidade, estudam ou são aposentados. 

 

O Instituto Alpha Social PE, localizado na área central do Recife, oferece 650 vagas em cursos profissionalizantes. A iniciativa é destinada a pessoas que perderam o emprego ou negócio durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, o projeto  ‘Retoma Pernambuco’ disponibiliza 11 formações gratuitas e as inscrições presenciais ou por meio do WhatsApp (81) 9 9648-5565 vão até quinta-feira (16).

Entre as oportunidades ofertadas pela instituição estão barbearia, marketing digital, cuidador de idosos e redes sociais. Para ocupar uma das vagas, os interessados necessitam ter mais de 16 anos e efetuar o pagamento de uma taxa simbólica, para custeio do material, no valor de R$ 55.

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Após a conclusão dos cursos, os alunos receberão certificado. No entanto, será necessária presença de, no mínimo, 75% nas aulas. O Instituto Apha Social PE está localizado na Rua Gervásio Pires, bairro da Boa Vista, número 826, no centro do Recife. Confira a relação completa das qualificações:

Cuidador de Idosos e Acompanhante Hospitalar e Domiciliar – 100 Vagas

Design de Sobrancelhas – 50 vagas

Depilação para iniciantes – 50 vagas

Barbearia – 50 vagas

Manicure e Tendências – 50 vagas

Assistente Administrativo – 50 vagas

Assistente de Logística e Delivery – 50 vagas

Assistente de Segurança do Trabalho – 50 vagas

Eletricista Residencial – 50 vagas

Limpeza e Manutenção de Ar-condicionado – 50 vagas

Marketing Digital – 50 vagas

Produção de Conteúdo – Redes Sociais - 50 vagas

Interessados em participar do processo seletivo de estágio e trainee da Ambev, empresa do ramo de bebidas, têm até esta terça-feira (14) para realizar inscrições. Ao todo, a seletiva conta com 300 vagas para todo o Brasil para as áreas de finanças, tecnologia, negócios e supply.

De acordo com a organização, a seleção, tanto de trainee quanto de estágio, será "às cegas" para que os candidatos não sejam avaliados pela idade, gênero, curso ou instituição de ensino. Ainda segundo a Ambev, não é exigido o domínio da língua inglesa para os participantes.

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“Procuramos pessoas que vibrem nossa cultura, que não tenham medo de arriscar, questionar e que ousem encarar o desafio de se conhecer, se desenvolver e, junto com o nosso time, construir uma empresa que cresce de forma sustentável. Buscamos pessoas que entreguem o presente construindo e transformando o futuro. Talentos diversos, com sede de aprender, conectar e realizar. É isso que faz a nossa geração ser além dos rótulos”, comenta Nathalya Crisanti, gerente de atração da Ambev, por meio da assessoria. 

Os selecionados para o programa de trainee receberão remuneração no valor de R$ 7,6 mil. Aprovados nas seletivas terão benefícios como Gympass, vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e odontológica, desconto em farmácias, entre outros. 

 

Em uma pequena sala com pouca iluminação, vários estilhaços de vidro, marcas em uma das paredes e eletrodomésticos dignos de um bazar ou antiquário. Longe de ser um estabelecimento comercial convencional, a Sala da Raiva, localizada no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, propõe aos clientes "quebrar tudo sem culpa". À frente do negócio está Andressa Braga, psicoterapeuta holística. Ao receber a reportagem do LeiaJá, ela explica que o local está iniciando as atividades. “Abri há 15 dias”, diz.

A dinâmica do espaço é simples. O cliente realiza o agendamento, escolhe os objetos, chamados de kits pela dona, a serem quebrados com taco ou marreta. Antes de entrar na sala, o usuário recebe as instruções de Andressa. Calça, sapato fechado, camisa de manga são fundamentais para a dinâmica, além da assinatura de um termo responsabilidade.

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Cliente durante sessão na Sala da Raiva. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

No estabelecimento, a dona coloca os equipamentos de proteção. Óculos, face shield, luvas, macacão cobrindo o corpo inteiro e capacete. “Vai querer quebrar o quê?”, questiona Andressa. Em seguida, ela lança outras perguntas: “Você quer usar o taco ou a marreta?”, “Qual música deseja ouvir?”, “Qual cor de luz?”. Ao ter os desejos atendidos, os clientes são deixados na sala, fecha-se a porta.

Na caixa de som ‘Come as you are’, do Nirvana. Mesmo com a música alta, é possível ouvir os golpes de marreta quebrando uma velha impressora. Em seguida, Andressa leva algumas garrafas de vidro. Uma a uma são arremessadas contra a parede. Em pouco tempo, o chão está tomado por pedaços de vidro e do que um dia foi um aparelho eletrônico. “A sensação é muito boa”, conta uma cliente que preferiu não ser identificada. 

Pedaços de eletrodomésticos e garrafas tomam conta do chão do espaço. Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Os valores dos 'kits' de R$ 10 a R$ 60 e são distribuídos da seguinte forma: caixa com dez garrafas de vidro - R$ 10; Um eletrodoméstico - R$ 30; caixa com dez garrafas e um eletrodoméstico - R$ 40; dois eletrodomésticos - R$ 40 e duas caixas, cada um com dez garrafas, e eletrodoméstico - R$ 60 (valor promocional). Os valores podem ser pagos com cartões de débito e crédito, podendo o cliente parcelar, ou usar boleto bancário e Pix.

História de cinema

A proprietária da ‘Sala da Raiva’ fala com entusiasmo sobre o empreendimento. Questionada sobre de onde partiu a decisão de iniciar este negócio, Andressa explica que surgiu após ver algo parecido em um filme. “Eu estava vendo um filme e em uma das cenas, o marido leva a esposa para um lugar que ela podia quebrar tudo. Eu achei aquilo muito interessante e pensei que aqui poderia ter algo igual”, conta sem lembrar o nome da produção.

Após este primeiro contato com a ideia, a psicoterapeuta iniciou algumas buscas e descobriu que tinha, no Brasil, apenas uma ‘rage room’, localizada em São Paulo. “Entrei em contato com o dono e acompanho nas redes sociais. Ele até propôs que eu fosse franqueada, mas resolvi abrir uma. Esta é a primeira sala da raiva do Nordeste”, afirma.

Andressa Braga é a proprietária da Sala da Raiva. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Andressa conta que o investimento inicial foi de R$ 1.800 e que o negócio não é sua única fonte de renda. Além de administrar o espaço, ela realiza tratamentos terapêuticos, que devido à pandemia da Covid-19, são realizados on-line. “Quando não estou com pacientes, estou aqui e vice-versa. Por isso, as atividades por aqui precisam ser agendadas”. Além das demandas profissionais, Andressa divide o tempo para criar os dois filhos.

Durante a entrevista, ela mostra a estrutura do local. Pergunto como foi o processo de montagem da sala. Mais uma vez, Andressa responde que foi tudo elaborado por ela, desde a escolha da casa para abrigar o empreendimento até a acústica da sala. Na entrada e em vão há eletrodomésticos e garrafas. "Muitas dessas coisas achei no lixo. Além disso, fiz algumas parcerias com ferro velho e espetinhos. Alguns donos perguntam para que eu quero essas coisas, quando explico, alguns escutam com estranheza”, conta.

Televisores antigos e garrafas de vidro são usados como válvula de escape no empreendimento. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Não é violência, é terapia

O negócio peculiar de Andressa não está livre de críticas, mesmo com pouco tempo de existência. Por desconhecimento da dinâmica e julgamentos da proposta, algumas pessoas questionam a dona. "Algumas pessoas dizem que a sala contribui para a violência, que é algo pesado. Mas, não é nada disso. Aqui, as pessoas vêm para colocar para fora as angústias, as raivas e decepções. Vêm para extravasar, fazer coisas que não poderiam fazer na frente das pessoas", aponta.

A idealizadora do negócio comenta que em casos mais extremos, a Adressa psicoterapeuta holística entra em cena. "Dependendo do que acontece na sala, é necessário chamar para uma conversa". Ainda segundo ela, a maioria dos clientes é mulher. "As mulheres andam mais estressadas", observa.

Muito além da violência, o espaço é usado para extravasar as angústias e tensões. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Todo processo não é cronometrado e não há limite máximo ou mínimo para permacer na sala. "Há pessoas que quebram os objetos em dois minutos, outras em duas horas, por exemplo. O importante é colocar o que incomoda para fora". Confira o vídeo:

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Um negócio que começou na garagem de casa, sem funcionários ou entregadores. Tudo de forma caseira, feito na e para a periferia. O início da jornada como empreendedor do baiano Ademário Santos veio após demissão de uma rede de supermercados, local onde trabalhou por 13 anos. Com dois filhos, um cachorro e contas para pagar, Ademário, que já tinha experiência no ramo de hamburgueria, adquiriu chapa, fritadeira e abriu a Ex-Burguer.

De trajetória humilde, Ademário chegou a se alimentar de restos de comida que encontrava no chão da feira. Antes de iniciar o próprio negócio, trabalhou ainda em uma rede de fast foods e foi ambulante de praia. 

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“Meu primeiro emprego foi em uma grande rede de fast food, quando eu tinha 14 anos. Depois, fui trabalhar em uma famosa rede de mercados de São Paulo, após um tempo, fui mandado embora. Eu tinha meus filhos e as contas para pagar. Tinha duas opções de negócio: mercado ou uma lanchonete, que eu já tinha experiência. E coloquei a lanchonete. Na primeira semana, muita gente comprou, mas, com o passar do tempo isso foi diminuindo. Foi nessa época que criei um delivery, que não era tão forte quanto hoje. Isso há nove anos. As grandes empresas desse segmento colocavam a taxa de entrega alta, porque, para eles a periferia é zona de risco", relembra.

Competindo com produtos já consolidados, o empreendedor precisou se reinventar. Com preços acessíveis, mas que ainda não era suficiente para chamar atenção, ele começou a criar combos para atrair os clientes. “Eu comecei a pensar o porquê o delivery de pizza era tão forte na periferia. Porque uma pizza pode comer quatro, cinco pessoas. Então, eu comecei a criar lanches, combos para cinco pessoas, para 30 pessoas. Então, foi a partir daí que a gente começou a criar uma identidade nossa”, explica. 

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Durante a pandemia do novo coronavírus, o empreendedor se viu temente diante da possibilidade fechar o negócio que já contava com sete franqueados. "Quando eu via as notícias e mostravam o comércio fechado na China, eu pensei: acabou, vai fechar tudo. Mas, o efeito foi contrário. A gente conseguiu crescer durante a pandemia, as pessoas passaram a pedir mais e foi neste momento que o número de franqueados saltou de sete para 90”, conta.  

Entretanto, engana-se quem pensa que Ademário Santos fecha negócio com qualquer pessoa. Ele, que participa de todo processo de franquia, relembra que chegou a receber um cheque em branco e proposta para abrir várias unidades, mas recusou. "A Ex-Burguer é para quem tem espírito empreendedor, não para quem é empresário. Eu não olho apenas a conta bancária, mas para quem sabe fazer. A marca é para a família e eu pretendo continuar assim por muito tempo. Se isso vai mudar depois que eu morrer, isso já é com os meus filhos", garante.

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A classe musical foi um dos segmentos mais atingidos pelas consequências da pandemia. Sem poder fazer show, a cantora paraense Camila Martins investiu no empreendedorismo para conseguir passar pelos momentos de dificuldade financeira. Ela vende cestas de café da manhã em um perfil que criou no Instagram, o “Égua da cesta''.

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Segundo a cantora, a iniciativa surgiu em junho do ano passado e a salvou da depressão e ansiedade que estava enfrentando. “Eu me vi perdida, não conseguia pagar aluguel, fazer supermercado, pagar contas e eu precisava de uma luz, porque eu respiro música, a única coisa que sei fazer da minha vida é isso. Passei dias, semanas pensando, até que ouvi uma pessoa falando ao telefone que precisava comprar uma cesta de café da manhã para sua mãe. Na hora eu achei que podia, que conseguiria montar e produzir isso para vender”, disse Camila Martins, ao enfatizar que acorda quase todos os dias às 5 horas para produzir e fazer as entregas das cestas.

Para o Dia das Mães, a cantora, e agora também empresária, informou que há várias cestas criativas para todos os públicos, inclusive para as mães que estão de dieta. “Há café da manhã com vários itens: canecas, cartões com textos especiais, por exemplo. Também há cestas de times para mãe que é torcedora do Clube do Remo, Paysandu e outros”, concluiu Camila.

Mais informações nas redes sociais @eguadacesta ou pelo número (91) 9 8970-4290.

Por Rosiane Rodrigues.

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Nos últimos 12 anos surgiram muitos games que focam em uma proposta multiplayer (que permitem que vários jogadores participem simultaneamente de uma mesma partida). Com eles, várias competições se popularizaram e se tornaram até campeonatos. O maior exemplo é o CBLOL, que é o campeonato brasileiro de League of Legends.

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Para o programador de jogos Rodney Victor, o sucesso dos Battle Royales, MMO e os E-Sports (que oficialmente foi aprovado como esporte olímpico) é entendido como uma grande conquista, pois potencializou e deu visibilidade ao mercado de desenvolvimento de jogos. “No passado, quando se dizia ser desenvolvedor de games, a contraparte que escutava geralmente nos entendia como pessoas que passam os seus dias inteiros apenas jogando, mas que de fato não existia uma profissão ou trabalho propriamente dito. Hoje em dia ser desenvolvedor de games é motivo de orgulho e respeito”, assinalou.

Para o sucesso dos games, ele aponta três fatores: “Primeiro é fazer algo que você realmente gosta, o amor é o tempero do sucesso; segundo, nunca desistir, pois as pedras no caminho sempre irão aparecer; e terceiro, entender o que as pessoas realmente querem e dar a elas exatamente isso”, explicou.

Rodney destacou que, para serem bem-sucedidas e chamarem a atenção, é necessário que as lojas virtuais dos games ofereçam constantes novidades e itens que façam a diferença. “Uma loja que, por exemplo, vende apenas itens cosméticos comuns (roupas, acessórios e skins) não chama tanta atenção quanto uma loja que te ofereça a possibilidade de comprar asas para o seu personagem (afinal quem nunca sonhou poder voar) ou outros item que façam com que o game possa ser enxergado de uma forma diferente, renovando assim interesse do jogador”, afirmou o programador.

Sobre o seu projeto recente na Boiuna Games (startup de games), Rodney disse que trabalha na criação do game “O Curioso Caso do Doutor X”, de plataforma 2D, no estilo de clássicos como Castlevania e Ghosts 'n Goblins (com gráficos estilo pixelart) e uma trilha sonora épica com toques de Carlos Gomes com Demons Crest. “O nosso game conta uma das grandes lendas urbanas de Belém, onde o misterioso Doutor X, após ser contratado na calada da noite para a realização de um parto, acaba se vendo perdido em um mundo paralelo conhecido como Mortalha, em que passa a ser perseguido por visagens e assombrações como a Matinta Pereira, homúnculo da Sé, Tutu Marambá, o Boto, entre muitos outros”, finalizou.

 Atualmente, a startup está angariando fundos para lançar uma versão para PC e Consoles, por meio de campanha de financiamento coletivo através da plataforma kickstarter. Link para a doação aqui

Para o jogador e fã de League of Legends Tiago Paixão, que acompanha o CBLOL e torce para o Pain Gaming (time participante da competição), as transmissões do campeonato são empolgantes. “As narrações e reportagens são excelentes, os jogos são muito competitivos e eu gosto muito de acompanhar. É o meu 'futebol' do fim de semana”, disse.

Tiago afirma que sempre compra os passes, que basicamente são eventos dentro do jogo que dão direito a skins e outros mimos. Ele estima que deve ter gasto acima de R$ 500,00, se for somar tudo.

Com relação os periféricos, Tiago mantém tudo em dia, para não atrapalhar o gameplay. "Mouse gamer, headset gamer e teclado gamer. Não faço ideia do quanto já gastei com isso”, explicou o jogador.

Tiago informou que só joga on-line com amigos que já conhece pessoalmente. “Fiz poucas amizades com aleatórios dentro do jogo. Já conheci pessoalmente apenas pessoas do meu bairro. Não gosto da ideia de acordar numa banheira fria sem um dos rins, por isso não costumo me encontrar com estranhos. Já vi filme de terror suficiente e já li muitas notícias também, o que faz a gente ser precavido”, afirmou.

Por Cássio Kennedy e Álvaro Davi.

 

 

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