'Professores ficarão em greve até o corpo aguentar'

Afirmação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins. Na cidade de Palmas, trabalhadores fazem greve de fome em protesto

por Thayná Aguiar seg, 25/09/2017 - 10:31
Reprodução/Facebook Dois dos professores já deixaram a greve por questões de saúde Reprodução/Facebook

Desde o dia 5 deste mês, os professores de Palmas, no Tocantins, estão em greve e, desde o dia 13, ocupam a Câmara Municipal em busca de soluções junto ao legislativo e à Prefeitura. Dentro desse panorama de protesto, sete professores estavam em greve de fome desde a última quarta-feira (20), quando realizaram sua última refeição.

Os professores estão reivindicando a realização de uma eleição para a função de direção de escola. Eles também cobram pagamento de reajuste salarial e dos direitos garantidos em lei e que estariam atrasados desde 2013.

No último sábado (23), dois professores grevistas passaram mal, precisaram ser socorridos pelo SAMU e foram levados para a UPA. Os outros cinco ainda permanecem sem comer. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET) afirmou que, nesta segunda-feira (25), o prefeito da cidade, Carlos Amastha (PSB), foi convidado para uma audiência pública às 14h, na sede do Ministério Público Estadual, para discutir a situação dos professores.

Carlos Amastha já havia declarado que os pontos dos professores grevistas seriam cortados na folha de pagamento. Caso o gestor municipal faça os cortes, a assessoria do SINTET afirmou que os profissionais da educação vão permanecer em greve. "Os professores vão permanecer em greve até onde o corpo deles aguentar. Dois já precisaram deixar a greve por questão de saúde, os outros vão ficar até onde o limite deles deixarem. Não podemos dizer até quando, porque cada corpo tem seu próprio limite", informou a assessoria de imprensa.

A Secretaria de Educação de Palmas, por meio do seu site oficial, informou que 80% dos profissionais de educação estão atuando nas escolas municipais. "Para garantir que ausências de parte dos servidores da Educação, que estão em greve ilegal segundo a Justiça, não atrapalhe o andamento do calendário escolar foram realizados remanejamentos de profissionais da pasta cedidos a outros órgãos municipais de modo que haja manutenção das atividades escolares, de acordo com as qualificações de cada servidor requisitado. Isso tem garantido um percentual de 80% dos servidores da Educação dentro das escolas municipais de Palmas, segundo informou o secretário municipal de Educação, Danilo Melo", consta no site da Prefeitura.

“Esperamos que os pais levem seus filhos para escolas. Se alguma escola não estiver atendendo a contento, temos a Ouvidoria para nos relatar. Vamos estar sempre buscando atender da melhor forma. O sistema de ensino de Palmas é bem estruturado e tem muita qualidade. Esperamos continuar servindo a todos”, informou o secretário, conforme informações do site da Prefeitura de Palmas.

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