Medicina Veterinária amplia área de atuação profisisonal

Cursos de pós-graduação permitem a especialização e abrem novas oportunidades no mercado de trabalho

ter, 17/09/2019 - 18:20
Arquivo pessoal A acadêmica Letícia Marques escolheu a profissão ainda criança Arquivo pessoal

Muita gente acha que a formação do medico veterinário limita a atuação profisisonal ao atendimento a cães e gatos. Mas o veterinário tem funções que vão muito além dos cuidados com os pets.

O veterinário Diego Alcântara, que atua na área há cinco anos, destaca que o profissional é responsável pela preservação da saúde dos animais, pela fiscalização de todos os produtos de origem animal e, principalmente, dos alimentos e controle de zoonoses (doenças que podem ser transmitidas de animais para pessoas e vice-versa). "Por exemplo, a raiva”, falou o médico.

Além desses cuidados, os veterinários podem ainda, de acordo com a especialização escolhida, realizar cirurgias, prescrever medicações e aconselhar sobre os cuidados com a alimentação dos animais. Diego Alcântara está se especializando em dermatologia animal, que trabalha no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas. “Em Belém, por conta do clima, a maioria das doenças que acometem cães e gatos são doenças de pele. Logo, resolvi me aprofundar no assunto e oferecer um serviço melhor”, disse.

O veterinário assinalou, ainda, que os seus cuidados não estão obrigatoriamente direcionados somente aos animais. "Os médicos veterinários podem ser legistas de corpos humanos e promotores técnicos de medicamentos”, revelou.

Letícia Marques cursa o 6º semestre de Medicina Veterinária na UNAMA - Universidade da Amazônia. Seu amor pelos animais começou desde criança. “Sempre amei animal, e sempre soube que eu queria ser médica de animais, mas teve um momento em que eu vi que era o que eu queria fazer para a vida toda”, conta.

Segundo Letícia, uma história foi fundamental na escolha da profissão. “Quando eu tinha 12 anos uma cadela foi atropelada em frente à minha casa, porém eu não podia colocar ela em casa porque tinha outro cão que não aceitava nenhum outro animal. Então eu cuidei dela em um chagão que tinha do lado da casa, que é do meu vizinho, ele me deu as chaves e eu fiquei cuidando dela. Comprei remédios, dava comida... Foi depois disso que eu realmente descobri que essa era a minha vocação”, declarou.

A estudante tem quatro cadelas de estimação, e diz que toma todos os devidos cuidados com os bichinhos. “Tenho cuidados com alimentação, higiene, vacinações, controle de endoparasita e ectoparasitas. Sempre que acontece algo de errado com meus animais procuro o médico veterinário. Mesmo eu estando fazendo a graduação, ainda não tenho qualificações para resolver alguns quadros que meu animal possa estar enfrentando”, finalizou.

Por Sandy Brito.

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