Enem: por que doação de órgãos pode ser tema da redação?

Professor explica o motivo pelo qual o assunto é considerado uma aposta

por Bruna Oliveira sex, 27/09/2019 - 12:20
Pexels Doação de órgãos pode ser tema da Redação do Enem Pexels

Nesta sexta-feira (27) é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. A data, que foi instituída pela Lei nº 11.584/2.007, tem como objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre o assunto e fazer com que o tema seja pauta em rodas de diálogo.

Para o professor de redação Eduardo Pereira, o tema pode ser considerado uma das apostas para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) edição 2019, que será realizado nos dias 3 e 10 de novembro. “O assunto passa por todos as análises para ser escolhido pela banca, já que, de acordo com a cartilha do participante, os temas da prova normalmente se firmam sobre quatro pilares que são sociais, políticos, culturais ou científicos. O tema sobre doação de órgãos e tecidos toca nos quatro ao mesmo tempo”, declara.

Além dos quatro pilares citados, Eduardo explica que o Enem pode utilizar também critérios que não sejam oficiais. “As melhores apostas para temas são os assuntos que são atuais, mas que não estão em evidência nos meios de comunicação. Temas como a doação de órgãos e tecidos permeiam discussões há décadas e vão continuar permeando”, comenta o docente.

Outro aspecto citado pelo professor sobre o motivo pelo qual o tema pode ser abordado no exame é que o assunto é um tema universal, que toca todas as esferas sociais, já que pessoas ricas, pobres e de todos os extratos podem ser doadoras e, ao mesmo tempo, podem precisar da doação. 

“O tema também não encontra barreiras regionais, pois é um assunto no qual um candidato que reside no Estado de São Paulo pode escrever, assim como um participante do Acre, Amapá, Rio Grande do Norte e outros”, fala o professor ainda sobre como a doação de órgãos e tecidos é um tema universal.

Sobre a proposta de intervenção, que é um dos critérios exigidos pela redação no exame, Eduardo conta que a base principal da proposta é o esclarecimento da população sobre o valor da doação. No entanto, dá dica ao candidato. “O participante precisa entender que a doação percorre núcleos que vão desde a família do doador até uma logística mais complexa que envolve o hospital que vai receber o órgão, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde”, conclui.

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