3 dicas úteis para pequenas empresas acelerarem em 2023
Segundo Sulivan França, especialista em MPMEs e Presidente da Sociedade Latino-Americana de Coaching (SLAC), a solução para pequenos, médios e micronegócios deve abranger um planejamento estratégico para superar desafios de maneira criativa, ágil e empreendedora.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, e a expectativa do PIB para o brasileiro em 2022 é um aumento de 2,7%, além de, uma melhora no índice de inflação após os sucessivos cortes no preço dos combustíveis.
No entanto, para a maioria das pequenas, médias e microempresas (MPMEs) essas melhorias ainda vão levar algum tempo para serem sentidas. Como lembra o Boletim Econômico divulgado pelo Serasa Experian, no primeiro semestre deste ano, o país registrou mais de 5,5 milhões de estabelecimentos endividados por inadimplência.
Segundo Sulivan França, especialista em MPMEs e Presidente da Sociedade Latino-Americana de Coaching (SLAC), a solução para pequenos, médios e micronegócios deve abranger um planejamento estratégico para superar desafios de maneira criativa, ágil e empreendedora. Pare ele, como 90% desses empreendimentos fazem parte do setor de comércio e serviços, é preciso ter cuidado com a cultura organizacional de cada empreendimento para alinhar novas formas de superar desafios, principalmente relativos à complexidade da economia, à competitividade e à coordenação estratégica. Tradicionalmente conhecidos como os 3 Cês da transformação empresarial, estes são três pilares para modernizar e acelerar o ritmo de negócios.
Complexidade
Um dos maiores desafios para gestores é posicionar o empreendimento de maneira clara e assertiva. Contudo, nem sempre isso é fácil no Brasil. De acordo com o último Índice Global de Complexidade Corporativa, elaborado pelo TMF Group em 2021, o país é o líder de complexidade devido à enorme quantidade de leis, tributos e instâncias administrativas (municipal, estadual e federal) que empresas devem se enquadrar para poder funcionar. Segundo Sulivan, para evitar dores de cabeça, empresários devem apostar em métodos de mapeamento tanto para encontrar pontos fracos e quanto reforçar as atitudes fortes de empreendimentos. A metodologia SWAT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats), por exemplo, é um ótimo recurso para mapear oportunidades e dar celeridade a mudanças.
Competitividade
Para Sulivan, outro grande complicador para empreendimentos sempre foi se adequar à competitividade em que estão inseridos, principalmente com a chegada dos marketplaces no mundo virtual. Embora a pandemia tenha acelerado transformações, segundo pesquisa feita recentemente pela FGV, 66% de todas as MPME’s ouvidas não ainda não aderiram totalmente à onda digitalização de negócios e, mesmo se imersos nesse universo, utilizam ferramentas e softwares com pouco impacto para o consumidor, cada vez mais conectado. Dessa forma, continua o especialista, a chave para o sucesso nessa nova dinâmica do mercado compreende o investimento em soluções tecnológicas e voltadas para o mundo digital, capturando a clientela que vive dentro das redes sociais e assim dando dinâmica a equipes e otimizando custos.
Coordenação estratégica
Em tempos de quiet quitting (desistência silenciosa) e de Grande Renúncia, dois movimentos que demandam mudanças na maneira de coordenar e gerir pessoas, o papel do gestor como mediador de seus colaboradores nunca foi tão evidenciado. Para Sulivan, não se trata apenas de aumentar gratificações ou transformar o comportamento de coordenadores com suas equipes, mas sim, criar uma cultura corporativa que compreenda os valores de todos os presentes no ambiente de trabalho. “Assim como nossos clientes e fornecedores, nossos parceiros são os grandes embaixadores de nossas para outras empresas e para o mercado de uma maneira geral. Dessa forma, o equilíbrio e clareza de nossos valores pode representar o sucesso ou o fracasso de uma corporação, sobretudo no ramo de MPMEs”, conclui o especialista.