A 9ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco começou na tarde desta sexta (4) com a mesa o Paiol Literário Especial, que acontece pela segunda vez no evento pernambucano. Na mesa, realizada no Auditório Ribeira, Rogério Pereira conversou com o escritor Xico Sá. A Bienal este ano vem com o tema Literatura, futebol e identidades nacionais e segue até o dia 13 de outubro no Centro de Convenções. O evento homenageia Gilvan Lemos, Antônio Maria, Cancão, Tarcísio Pereira, Eurico de Barros e José Cortez.

Durante a mesa de abertura, Xico Sá falou sobre o seu mais novo livro, Big Jato, em que o cronista cria, a partir de suas memórias, um retrato afetivo de uma juventude passada no Cariri. "O que eu mais gosto no livro é fundo existencialista do Sertão", afirmou. Xico sá conversou sobre a questão do regionalismo durante a mesa. "A gente do Nordeste tem a maldição de tornar o regional absoluto. Quanto mais você fala do seu beco, você torna as coisas universais. A gente nasce regional tentando mostrar que é universal", explicou ele.

Neste primeiro dia, a Bienal já contou com muitos visitantes. A grande maioria dos estandes já estão montados no local. O público é diverso: adultos, crianças, idosos. As adolescentes Bianca Andrade e Diana Rafaele se programaram há dois meses para o evento. "Escolhemos vir logo no primeiro dia por conta da expectativa. Queremos explorar os lançamentos de livros nacionais e também viemos com a curiosidade de conhecer autores", contou Bianca.

Para as crianças, a novidade é a Bienalzinha. Contação de histórias, apresentações musicais, espetáculos, shows de Carol Levy, As Fadas Magrinhas, A Bandinha, Tio Bruninho, lançamentos de livros infantis estão na programação direcionada aos pequenos. O artista plástico Rafa Mattos marca presença no evento com palestra sobre seu projeto Plante Amor, Colha o Bem. A Bienal também realiza a ação descentralizada Bienal nos Hospitais, que levará literatura a pacientes do IMIP e do Hospital Barão de Lucena, entre outros.

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