Ave Sangria anima noite de rock no Baile Perfumado
Artistas em início de carreira comemoram o encontro de gerações no palco do Festival
Referência para muitos artistas, a banda psicodélica da década de 70, Ave Sangria, encerrou a pré-estreia do Abril Pro Rock 2015, realizada nesse sábado (18), no Baile Perfumado, no bairro do Prado, Zona Oeste do Recife. A banda abriu o show com a canção Lá Fora, levando os fãs ao delírio. Na plateia, artistas que estrearam na 23º edição do Festival, como a banda Caapora. Igor Távora, vocalista do grupo, comemorou a nova oportunidade de estar cara a cara com a sua referência musical.
“Eu escutava Ave Sangria desde o tempo do K7. Para mim eles sempre foram uma referência, antes mesmo da formação da banda. Estamos tendo o privilégio de dividir a noite com a Ave Sangria pela terceira vez. Encontrar com eles, poder conversar, pra a gente é uma realização. E agora estou no momento fã”, brincou o vocalista da Caapora.
O estudante Jonas Rodrigues foi ao evento especialmente para assistir ao show da Ave Sangria. O jovem ressaltou que o som da banda faz parte da sua rotina e o gosto pelas suas músicas foi influenciado pelo pai. “O velho conta que, desde que eu tava na barriga, ele colocava pra tocar o som psicodélico e da Ave Sangria. Acho que é por isso que eu gosto tanto deles”.
Antes do Show, o vocalista do Ave Sangria, Marco Polo, conversou com equipe do Portal LeiaJá. O cantor falou sobre a primeira vez que esteve no palco do Abril Pro Rock, como convidado da banda Querosene Jacaré. “Sempre acompanhei os shows do Festival, desde a época de Chico Science. Mas a primeira vez que cantei ‘aqui’ foi maravilhoso, ao lado da banda Querosene e Jacaré. Essa também é a nossa estreia como banda principal do festival. É uma sensação muito bacana, mas que remete toda a responsabilidade e comprometimento de qualquer outro show”.
Marco Polo também comentou a reverência da juventude amante do estilo psicodélico ao som da Ave. Para o vocalista, o principal motivo da ligação entre as gerações é a retomada da consciência política dos jovens. “O trabalho da gente é pautado pela luta. Lutávamos contra a violência, censura, a ditadura de uma forma geral. Acho que a juventude tem voltado a perceber o seu poder de transformação, como mostrou em 2013, e daí começam a se espelhar no passado. Acho que graças a essa consciência de pode de modificação da juventude, com a ajuda da internet, houve uma ligação entre eles e o Ave Sangria”, avaliou.
O show da Ave Sangria durou pouco mais de uma hora. No repertório o grupo trouxe as canções Dois Navegantes e O Pirata. Para fechar a noite do Festival, a música Georgia, A Carniceira fez o público vibrar.
Com informações de Rodrigo Rigaud