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Garanhuns - Passava das 22h quando os integrantes do Ave Sangria foram anunciados no Palco Mestre Dominguinhos, no Festival de Inverno de Garanhuns. Após a apresentação de Jam 212, Zeh Lucas e Volver, nesse sábado (29), a banda pernambucana voou no FIG em comemoração aos seus 50 anos de carreira. Momentos antes de mostrar o show, Marco Polo exaltou nos bastidores a sintonia com os fãs.

"Eu digo que o sétimo elemento da Ave Sangria é o público. Sem o público nós não somos nada. São cinco décadas de resistência e rock pernambucano", disse o cantor. No palco, o grupo levou a plateia abaixo com a interpretação de Vendavais, fazendo muita gente entoar a faixa-título do álbum de 2019.

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Depois de ter iniciado o show, os músicos fizeram uma viagem no tempo ao som dos sucessos O Pirata, Por Que?, Lá Fora, Silêncio Segredo, Dois Navegantes, Seu Waldir, Hei! Man e Cidade Grande. Quando terminaram de cantar Geórgia, a Carniceira, Ave Sangria causou histeria ao insinuar o tão aguardado bis. Mal sabiam eles que a promessa de finalizar a apresentação não iria acontecer.

Com tudo preparado para se despedir da melhor forma possível, o Ave Sangria teve os equipamentos desligados. Para decepção da plateia, que não parava de ovacionar o conjunto, Marco Polo explicou que eles teriam que sair do palco: "Gente, desculpa aí. O pessoal da técnica desplugou tudo. A gente não tem mais o que fazer".

Assim que o artista informou aos fãs sobre a saída, o público não pensou duas vezes e detonou Raquel Lyra. Diversas pessoas hostilizaram a governadora de Pernambuco com gritos de "Ei, Raquel, vai tomar no c*". A programação acabou sofrendo atraso por conta de passagem de som (não da Ave Sangria, claro). A última terminou quase às 19h.

Embora o imbróglio envolvendo a turma do Ave Sangria tenha sido bola fora na penúltima noite do Festival de Inverno de Garanhuns, a proposta dos músicos de entregar uma performance com celebração foi entregue com excelência. O encontro com os admiradores só fez reforçar o poder da energia que eles têm para continuar encantando gerações.

Garanhuns - O Festival de Inverno de Garanhuns, nesse sábado (29), foi marcado por uma mistura de ritmos. Atendendo a todos os gostos, o evento levou para o Palco Mestre Dominguinhos a intensidade do rock, da MPB e do axé music. Abrindo a programação, Jam 212 fez muita gente cantar ao som de versões de clássicos com uma pegada bem elétrica.

Logo após chamar a atenção do público com releituras, a banda abriu caminhos para a intensidade de Zeh Lucas. Interpretando músicas autorais e também conhecidas, como no caso de Negue, o artista brilhou perante uma plateia que estava reunida para celebrar a força de sua sonoridade. Na sequência, o grupo Ave Sangria trouxe o melhor do rock pernambucano para o palco principal do FIG.

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O conjunto liderado pelo vocalista Marco Polo intensificou ainda mais a magia dos seus 50 anos de carreira, colocando os fãs para cantar os sucessos Vendavais, Dois Navegantes, Seu Waldir, entre outros. Apesar de não ter direito ao famoso bis, por conta do horário, Ave Sangria passou o bastão para Paulo Miklos.

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Quando os ponteiros do relógio marcaram 23h50, o eterno Titãs estremeceu a programação do festival exaltando a história da banda que lhe fez ser reconhecido por todo o Brasil. Interpretando na abertura a música Diversão, lançada pelos Titãs em 1987, Miklos fez muita gente voltar no tempo através de letras que se popularizaram nas quatro décadas da trajetória artística ao lado dos amigos Branco, Tony, Nando, Arnaldo, Marcelo, Sérgio e Charles.

Para o repertório, o artista escolheu mexer com o imaginário das pessoas. O setlist teve Domingo, Flores, É Preciso Saber Viver (momento dedicado a Erasmo Carlos), Pra Dizer Adeus, Isso, Estado Violência, Polícia, Bichos Escrotos e Sonífera Ilha. Ele também incluiu na apresentação É Assim Que Eu Sei e Sabotage Está Aqui, músicas que fazem parte do projeto solo Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém.

Encerrando a presença no FIG com a lendária Televisão, Paulo Miklos transferiu para Carlinhos Brown toda a energia de sua participação. Para fechar a programação do Palco Mestre Dominguinhos, o cantor e compositor transformou o evento em um acontecimento carnavalesco. O baiano resolveu começar o espetáculo com o instrumental da vinheta de A Voz do Brasil, O Guarani.

Bastante entusiasmado, Carlinhos Brown intensificou ainda mais o nível de sua performance. Ao som de Vc, o Amor e Eu, Tantinho e A Namorada, o multi-instrumentista causou um tremendo agito com interpretações de estouros arrebatadores dos Tribalistas, Timbalada, Tim Maia e Lulu Santos, além de não deixar ninguém parado com as próprias criações eternizadas nas vozes de Ivete Sangalo, Bell Marques, Margareth Menezes, Marisa Monte e Daniela Mercury.

Anunciado na programação semana passada, aos 45 do segundo tempo, Brown proporcionou aos presentes na penúltima noite do Festival de Inverno de Garanhuns um momento de grande louvação para o cenário da música nacional e regional. A colaboração de Carlinhos Brown, junto aos que lhe antecederam na festa, pontuou o exato entendimento de que a arte vai ser sempre compartilhada, enfática e revolucionária.

FIG 2024

O 31º Festival de Inverno de Garanhuns só termina na noite deste domingo (30), mas detalhes de sua próxima edição começaram a ganhar formas. Antes de chamar Carlinhos Brown para se apresentar no Palco Mestre Dominguinhos, nesse sábado (29), a organização informou que o FIG 2024 será realizado de 18 a 28 de julho. Nos últimos dez dias, o evento recebeu nos polos espalhados pela cidade nomes como Arnaldo Antunes, Simone Mendes, Getúlio Abelha, Odair José e Geraldo Azevedo, além de diversas manifestações culturais.

“Seu Waldir, eu trago dentro do peito um coração apaixonado batendo pelo senhor. O senhor tem que dar um jeito”. Os versos da música ‘Seu Waldir’, lançada no primeiro disco do então iniciante Ave Sangria, fizeram barulho de verdade. O ano era 1974 e o país vivia em pleno regime de ditadura militar. A música libertária, despudorada e com leves tons de deboche da banda pernambucana não agradou aos ouvidos dos censores da época e foi proibida pouco tempo após o lançamento. A censura caiu como uma bomba de desânimo nos membros do grupo: Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Rafael (guitarra), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão), e eles acabaram parando antes mesmo de começar pra valer. 

Porém, não esperava a história que várias décadas após a interrupção forçada, o Ave Sangria teria um resgate tão triunfal. Por que não dizer, absoluto. Já em outro milênio e em outro século, um outro público descobriu o rock psicodélico do grupo e resolveu tirá-lo do ostracismo. Em 2008, Almir de Oliveira, baixista do grupo, descobriu uma comunidade em sua homenagem no extinto (também quase voltando) Orkut e se admirou com tamanha repercussão dos fãs. A partir dali, novos ventos sopraram e deu-se início a uma verdadeira revoada. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Almir credita aos mais jovens a retomada do Ave Sangria, alegando que as explicações para tal movimento são mais "existenciais do que racionais”. “Esse grupo no Orkut tinha mais de 900 jovens, alguém pirateou o disco e compartilharam isso. Até que entrei no grupo e foi uma alegria deles. Dessa história aí veio a juventude se interessando cada vez mais, descobrindo o Ave Sangria, até que em 2014 através do grupo Anjo Gabriel, teve um projeto e nós voltamos a um mesmo palco 40 anos depois para fazer o mesmo show. A partir daí, foram os jovens que nos trouxeram ao palco”. A admiração do músico é tanta que vira até verso: “Eu falo desde 2015: naquela época (anos 1970) nós éramos jovens, os mais velhos encarceraram nossa obra musical, agora nós somos velhos e os mais jovens nos tiraram do encarceramento musical”. 

Marco Polo, vocalista da banda, concorda com a teoria existencialista que explica esse apelo da juventude com sua obra. “As letras da psicodelia são muito enigmáticas, isso é bom porque estimula muito a imaginação e o jovem tem a imaginação muito desenfreada. A nossa atitude é de rebeldia, eles se identificam, e foram os jovens os responsáveis por nossa volta. A gente tava num exílio e foi a partir da internet que os jovens começaram a descobrir e começaram a propagar isso, foi uma corrente”. Tudo isso, é claro, sem esquecer do talento e da qualidade da produção desses músicos.”Isso contribui pra tornar a mensagem com qualidade suficiente pra perdurar”, completa o cantor. 

Por coincidência, ou não, o retorno do grupo se deu em um momento um tanto semelhante com aquele que os colocou à margem. Os músicos sentem isso como ninguém e veem no seu trabalho uma função que transcende à arte. “Hoje a gente tá, infelizmente, com coisas semelhantes e de certa forma piores. Essa coisa da censura, esse ambiente de intolerância, é muito preocupante. Eu pensava, quando tinha 20 anos de idade, que isso já estaria resolvido na era de aquário, mas ainda há muita resistência pra que cada pessoa seja ela própria”, lamenta Almir.

O amigo Marco complementa. “Naquela época, a ditadura estava instaurada e aqui o camarada quer instaurar a ditadura com um golpe. Mas, o clima repressivo de conservadorismo é o mesmo, sempre esteve entranhado na alma do brasileiro que nunca teve oportunidade de aflorar. Acho que o Ave Sangria está predestinado a chegar em momentos difíceis. Em um momento desnecessário, a gente chega com uma palavra necessária.É uma missão que a gente não escolheu mas tem que aceitar. É quase uma fatalidade”.  

 Poema de Almir, sob o pseudônimo de Almir Olir Brëjas, sobre os tempos atuais. Enviado pelo autor para esta reportagem.  

Jovens embaixo e em cima do palco

Após recobrar o fôlego e tirar a poeira, o Ave Sangria brindou os novos e antigos fãs com o álbum ‘Vendavais’, o segundo de sua carreira, lançado em 2019 com ajuda de um financiamento coletivo. Com alguns dos membros já falecidos, e com a repentina partida do guitarrista Paulo Rafael, dois anos após o lançamento, Marco e Almir uniram-se a músicos de uma geração mais nova. Os acompanham no palco, hoje, Juliano Holanda, Gilú Amaral, Júnior do Jarro e Breno Lira.

O apoio dos novatos, porém velhos conhecidos do público e dos próprios músicos, acabou por trazer uma nova energia e uma sintonia inédita para a banda. "É muito estimulante porque o jovem é cheio de energia, tem sido muito harmônico e energético. São músicos de primeira qualidade porque, embora eu não seja grande coisa, pra tocar comigo tem que ser de primeira linha. (risos) Esse pessoal todo tem trabalhos autorais, mas eles dizem: ‘Quando subo no palco, eu sou Ave Sangria’, eles vestem a camisa e a alma”, diz Marco.

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Já Almir, conta que conheceu Holanda “novinho, de berço”, e Breno Lira, adolescente. O carinho por eles e pelos demais é tão grande quanto a admiração por seus talentos e entrega. “Quando eles estão tocando com a gente, o espírito deles é de músico da banda, eles são Ave Sangria também”. Possivelmente com eles, os remanescentes da formação original devem sair em turnê em breve para dar continuidade à divulgação do álbum ‘Vendavais’, interrompida pela pandemia do coronavírus em 2020. 

Teatro do Parque

Toda essa energia e vontade de tocar música de qualidade poderá ser vista pelo público ao vivo, neste domingo (22), em um show que o Ave Sangria realiza no Teatro do Parque. Não à toa, um lugar especial para o grupo. “O coração tá feliz e com expectativa porque a gente tá voltando ao Teatro do Parque. Na última vez que o Ave Sangria tocou lá, ainda éramos Tamarineira Village, foi em 16 de fevereiro de 1973. E agora estamos voltando ao Parque. tem um significado muito grande esse espaço. Ele e o Teatro de Santa Isabel, são teatros que marcaram e marcam a vida musical e artística da gente, eu tenho um carinho muito grande por esse teatro, pela cidade e pelo público”, diz Almir. 

No show, uma mescla de músicas dos dois álbuns da banda em uma noite que promete muita psicodelia, rock in roll e emoção. Quase um ano após o falecimento de Paulo Rafael, vítima de um câncer, sua arte será homenageada no palco, bem como as dos demais integrantes já falecidos. Como explica Almir. “Os músicos do Ave Sangria que não estão aqui (Israel, Agrício, Ivinho e Paulo), eles estarão sempre conosco, na nossa música, no nosso coração, no nosso sentimento e na nossa alma. Homenagear é agradecer. A minha gratidão é por eles terem lutado comigo e com Marco Polo pra gente construir o que o Ave sangria é”. 

Serviço

Ave Sangria no Teatro do Parque

Domingo (22) - 18h

R$ 35 (meia-entrada) e R$ 70 (inteira), à venda pelo Sympla

Fotos: Divulgação

A psicodelia e o rock n' roll da banda Ave Sangria prometem agitar os fãs no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, no dia 22 de maio. Sob o comando de Almir de Oliveira e Marco Polo, o grupo pernambucano subirá ao palco do espaço cultural em homenagem ao ex-integrante Paulo Rafael, que faleceu no ano passado.

Em uma noite nostálgica, Ava Sangria incluirá no setlist canções que marcaram a carreira do conjunto. O público vai conferir sucessos do primeiro disco e do último trabalho, Vendavais. Além de Almir e Marco, membros mais antigos, Ave Sangria vai contar com a presença dos músicos Juliano Holanda, Gilú Amaral, Júnior do Jarro e Breno Lira. Os ingressos custam a partir de R$ 35 e estão disponíveis no Sympla.

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Serviço

Show da banda Ave Sangria

22 de maio | 18h

Teatro do Parque - Rua do Hospício, 81, Boa Vista

Ingressos a partir de R$ 35

A cantora e compositora pernambucana Marília Parente se apresenta no palco do Teatro Hermilo Borba Filho nesta sexta (1º), com um repertório que mescla músicas autorais com canções da banda Ave Sangria. Para marcar a influência do grupo de psicodelia nordestina em sua obra, ela recebe, durante o show, o seu vocalista e compositor Marco Polo Guimarães, em um verdadeiro encontro de gerações.

No espetáculo, Marília canta e toca violão e craviola. O repertório conta com músicas de seu primeiro álbum, 'Meu Céu, meu ar, meu chão e seus cacos de vidro', de 2019, além de singles e inéditas. A cantora também apresentará sucessos do Ave Sangria e uma parceria com Marco Polo, produzida durante o período de pandemia Acompanham a artista ainda, os músicos Juvenil Silva (guitarra), Diego Gonzaga (baixo), e Caio Wallerstein (bateria).

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O show acontece com incentivo do edital municipal da Lei Aldir Blanc. Os ingressos esgotaram rapidamente mas, com as novas normas de segurança sanitária estabelecidas pelo Governo do Estado na última terça (29), foi possível aumentar a capacidade da plateia  e as vendas foram reabertas. Para acessar o teatro é necessário apresentar o comprovante de vacinação. O uso da máscara de segurança individual permanece obrigatório no interior do espaço.

Serviço

Marília Parente com participação de Marco Polo

1º de abril - 21h

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142, Bairro do Recife)

R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira), via Sympla

 

A música brasileira perdeu um de seus grandes nomes, na madrugada desta segunda (23). O guitarrista pernambucano Paulo Rafael morreu, aos 66 anos, vítima de um câncer. A notícia foi dada por sua filha, através do Instagram do instrumentista. 

Paulo Rafael estava lutando contra um câncer no fígado há alguns anos. Através de uma postagem na rede social, o filho do músico anunciou sua partida. “Nosso amigo, lendário guitarrista e amor da vida da minha mãe levantou voo. Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso guerreiro descansou”. O corpo do músico será velado no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro,  e o corpo cremado. 

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O guitarrista Paulo Rafael era conhecido como um dos grandes instrumentistas do país. Ele integrava a banda do também pernambucano Alceu Valença desde 1975. Além disso, Paulo deixou seu nome gravado na história da psicodelia brasileira com a banda Ave Sangria, formada no Recife, no início da década de 1970. 

Foram 45 anos de hiato até que a Ave Sangria, ícone da música psicodélica em Pernambuco, retornasse à ativa. E eles o fizeram com vontade, em 2019, lançando o segundo álbum do grupo, Vendavais, e percorrendo alguns palcos, como os dos festivais Macuca das Artes (PE), Primavera Psicodélica (SP), Saravá e Grito da Terra (SC). 

Quis o destino, no entanto, que o pássaro voltasse a deixar os ares, paralisando suas atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus, que chegou em 2020. No entanto, mesmo isolada, a Ave continua a bater asas e, nesta sexta (7), lança o primeiro videoclipe de sua história. 

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Para a estreia da banda no audiovisual foi escolhida a música que batizou o disco recém-lançado, Vendavais. Para Marco Polo, vocalista do grupo, a escolha além de representar o novo trabalho também tem outro significado maior. "Ela é um resumo de todo o conceito do disco que é a contestação, rejeição à mentalidades retrógradas,autoafirmação da sua vontade pessoal, amor pela liberdade, pela alegria, pela rebelião, pela revolta", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá

Composta no início dos anos 1970, Vendavais conversa diretamente com o contexto atual da sociedade brasileira, assim como boa parte do disco que leva seu nome e que tem a maioria de suas faixas escritas na mesma época. Para Marco Polo, a 'coincidência' tem um lado positivo e um negativo. "(É) principalmente ruim porque isso foi escrito na ditadura militar, em que a gente se posicionava radicalmente contra aquilo e infelizmente, não estamos numa ditadura, mas é muito próximo em termos de ideologia de direita e fascista.  É muito ruim viver de novo uma situação tão negativa mas por outro lado, o bom é que mostra que a gente continua com um discurso atual". 

Com a chegada da pandemia, a Ave Sangria precisou deixar os palcos, em atenção às medidas de restrição contra o coronavírus, e concentrar seus esforços de outra maneira. "Foi realmente um corte no vôo", lamenta Marco. O período tem sido aproveitado para planejar o futuro, que contará com um terceiro disco, um show acústico e, também, lives, formato inédito para o grupo. "Não fizemos ainda, talvez não (será) tocando mas conversando com o público que também é uma forma de contato".

Vendavais

O videoclipe de Vendavais chega pouco mais de um ano após o lançamento do segundo disco da Ave Sangria. Esse é o primeiro clipe oficial da banda, que contou com a direção de Pablo Polo e foi filmado no casarão do Coletivo Magiluth. 

O vídeo traz os conceitos abordados na canção, de libertação e autoafirmação, com performers dançando livremente ao som da música além dos integrantes da banda que também aparecem nas imagens. O trabalho estreia nesta sexta (7), e pode ser conferido no canal da banda no YouTube. 

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Chegando à sua nona edição, o Porto Musical abre sua programação na próxima quinta (13), no Bairro do Recife. Até o sábado (15), o festival promove shows, oficinas e palestras com foco na criação de redes, contatos, trocas de conhecimentos e geração de negócios. Entre as atrações musicais, estão nomes de peso da cena como China, Siba, Ave Sangria e Devotos. 

As atividades do festival, em 2020, se dividirão entre a Praça do Arsenal - onde acontecerão os shows à noite -, e o Paço do Frevo - onde acontecerão os daycases shows diurnos). É neste último também que acontecerão as Sessões Bolo de Rolo, série de encontros com profissionais e temas locais. As demais ações ocorrerão no Apolo 235, Portomídia e Cais do Sertão (Módulo III). 

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Já os seminários e conferências, abordarão temas como gestão de carreiras, gestão de marcas, música e comportamento nas redes sociais, entre outros. As inscrições podem ser feitas através do Sympla e custam R$ 100 (dia) e R$ 220/110 (pacote para os três dias inteira e meia). Os showcases (Praça do Arsenal), os daycases (em frente ao Paço do Frevo) e as sessões Bolo de Rolo têm entrada gratuita. 

Confira a programação:

QUINTA-FEIRA (13.2)

9h30 às 12h30 – SEMINÁRIO: Gestão de Carreiras – Juntando as peças *com Ricardo Rodrigues, Eduardo Porto, Gabriela Pompermayer e Fernanda Martucci (sócios da Let´s Gig). Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

10h30 às 12h30 – ARENA SEBRAE DE PITCHING: Ágda, Anna Suav, Banda Víruz, Bárbara Beats, Carranza, CasinoQuebec, Cassio Oli, Coco de Umbigada, Deleh Wilson, Eleonora Falcone, Foli Griô Orquestra, Luiza Fittipaldi, Luna Vitrolira, Outra Zona, Torre, Vinaa.   Local: Sala São Francisco/ Cais do Sertão

10h às 12h – SESSÃO BOLO DE ROLO: O sentido da acessibilidade. O papel do intérprete no chamamento do público. *com Ozani Malheiros, Poliana Alves, Mariama da Mata e Paulo Fernando. Local: Paço do Frevo *gratuito

13h20 às 14h – DAYCASE: Arrete (PE)  Local: Paço do Frevo

14h30 às 16h30 – CONFERÊNCIA: A arte sequestrada. Existe música fora da bolha? É possível reagir ao algoritmo e ser visível? *com Gabriel Andrade Junqueiro, Leonardo de Marchi, Karina Buhr, Tássia Reis e Caio Braz. Local: Auditório Cais do Sertão

14h30 às 16h30 – SESSÃO BOLO DE ROLO: Da Lama ao Caos – da greia ao sucesso internacional. As estratégias que ajudaram no lançamento do disco. *com Lorena Calábria, Paulo André Pires, Alexandre Dengue, DJ Dolores e Renato L. Local: Paço do Frevo *gratuito

14h30 às 16h30 – MASTERCLASS: Programa ASA apresenta: Você como uma marca. *com Andreea Magdalina Local: Auditório Apolo 235

16h50 às 18h50 – CONFERÊNCIA:  Cancelando você. A política de cancelamento na internet: justiça ou opressão? *com Lucas Liedke, Alexandre Rolinha, Luna vitrolira e Dani Arrais. Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

16h50 às 18h – Encontro com canadenses. *com Alexander Bordokas, Philippe Lafrenière, Claudia Balladelli e e Kristyn Gelfand. Local: Auditório Apolo 235

SHOWCASES (Local: Praça do Arsenal - entrada gratuita)

19h20 – Vox Sambou (Haiti)

20h20 – China (PE)

21h20 – UNA (PE)

22h20 – Ave Sangria (PE)

23h20 – Devotos (PE)

DJ nos intervalos: Coletivo Pão e Tinta apresenta: DJ Azul de Barros e DJ Ratoeira Rec

SEXTA-FEIRA (14.2)

9h30 às 12h30 – SEMINÁRIO: Marketing Digital: como construir uma estratégia de lançamento

*com Marina Amano  Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

10h30 às 12h30 – ARENA SEBRAE DE PITCHING: André Mussalem, Babi Jaques e Lasserre, Banda-Fôrra, Bule, Ciel Santos, Estesia, Faces do Subúrbio, Felipe Costa Trio, Kalouv, Leo Middea, Luamarte, Paulão, Rhaissa Bittar, Rousi Flor de Caeté (Pedra Flor), Saci Wèrè, Samico, Uana Mahin. Local: Sala São Francisco/ Cais do Sertão

10h às 12h – SESSÃO BOLO DE ROLO: Projeto La Ursa – A economia do frevo *com Nicole Costa, André Lira e Maestro Spok. Local: Paço do Frevo *gratuito

13h20 às 14h – DAYCASE: DJ Dolores convida: Henrique Albino e Aishá Lourenço  (PE) Local: Paço do Frevo

14h30 às 16h30 – CONFERÊNCIA: A carne mais barata. Dos discursos à prática: o artista negro está em pé de igualdade ao artista branco?

*com Tássia Reis, Fernando Viana, Karen Cunha e Fabiane Pereira.  Local: Auditório Cais do Sertão

14h30 às 18h50 – OFICINA: Destribificação Abujamrica – Inspiração cai do céu?

*com André Abujamra  Local: Auditório Apolo 235

14h30 às 16h30 – SESSÃO BOLO DE ROLO: Quanto vale a Cultura Popular? Rua e Palco. Tradição e modernidade. *com Siba, Jorge Filó, Marcelo Renan,  Rute Pajeú e Maciel Salú Local: Paço do Frevo *gratuito

16h50 às 18h50 – CONFERÊNCIA: “Eu tô só calado”. Como a música à margem do mercado, das políticas públicas e criminalizada consegue um público tão numeroso e diverso? *com Shevchenko, Elloco, MC Gabi, Igor Marques  e GG Albuquerque Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

SHOWCASES (Praça do Arsenal - entrada gratuita)

19h20 – The Raulis (PE)

20h20 – Aíla (PA)

21h20 – Frente Cumbiero (Colômbia)

22h20 – Coco de Toré Pandeiro do Mestre (PE)

23h20 – Siba (PE)

DJ nos intervalos: DJ Carlota

SÁBADO (15.2)

9h30 às 12h30 – SEMINÁRIO: Atualização disponivel: direitos autorais com foco nas plataformas digitais e novas ocorrências.

*com Márcia Xavier Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

10h30 às 12h30 – ARENA SEBRAE DE PITCHING: Andrezza Santos, Ardu, Black Bell Tone, Carlos Ferrera, Demonia, Ednardo Dali, Emerald Hill, Fernandes, Guma, Hattem, Madimboo, Martins, Mazuli, Pedro Huff (Desencantamento), SH Surama Ramos e Henrique Albino, Siba Carvalho, Sourebel. Local: Sala São Francisco/ Cais do Sertão

10h às 12h – SESSÃO BOLO DE ROLO: Tensões sobre estética e políticas públicas. Ou o que acontece quando um edital cria um gênero musical? *com Bruno Nogueira Local: Paço do Frevo  *gratuito

13h20 às 14h – DAYCASE: Guitarrada das Manas (PA) Local: Paço do Frevo

14h30 às 16h30 – CONFERÊNCIA: Desidratação crítica. Por onde anda a crítica musical brasileira? *com Bernardo Oliveira, Carlos Gomes, GG Albuquerque, Carol Almeida e Lorena Calábria. Local: Auditório É o povo/ Cais do Sertão

14h30 às 16h50 – OFICINA: Brasil Música e Artes oferece: Virando a chave: caminhos para exportar sua música

*com Daniel Nogueira, André Bourgeois e Leandro Ribeiro da Silva. Local: Sala de mixagem do PortoMídia

14h30 às 16h30 – SESSÃO BOLO DE ROLO: Uma alternativa independente para a produção Cultural no Sertão do Alto Pajeú

*com Coletivo Mangaio (Caio Sotero, Jéssica Caitano, Laeiguea Bezerra, Patrícia Chagas e PH Moraes) Local: Paço do Frevo  *gratuito

14h30 às 16h30 - OFICINA: Destribificação Abujamrica – Inspiração cai do céu?

*com André Abujamra  Local: Auditório Apolo 235

16h50 às 18h50 –  CONFERÊNCIA:“Pisando na Praça de Guerra”. A música política. *com Siba, Felipe Gonzalez, Bione, Rosa Amorim, Heloísa Aidar, Beth de Oxum e Melina Hickson Local: Auditório Cais do Sertão

SHOWCASES (Local: Praça do Arsenal  - entrada gratuita)

19h20 – Maria Beraldo (SP)/ 

20h20 – Filipe Catto (RS) 

21h20 – Enme (MA) 

22h20 – Luísa e os alquimistas (RN)/ 

23h20 – Jessica Caitano (PE)

Dj nos intervalos: DJ Karla Gnom


 

O Baile Perfumado será palco para um grande encontro das décadas de 1960 e 1970. Em dezembro, a casa vai receber a tropicália de Tom Zé e a psicodelia da Ave Sangria para uma noite que promete entrar para a história. O show será no dia sete, às 21h. 

Tom Zé vem ao Recife trazendo os sucessos que marcaram seus mais de 50 anos de carreira. Recentemente, no mês de setembro, o músico teve problemas de saúde e precisou cancelar vários shows, mas, já restabelecido, volta aos poucos com a mesma energia que o consagrou como um dos maiores artistas do Brasil. 

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Já a Ave Sangria promete novidades para a grande noite. O grupo é um dos nomes mais importantes do rock psicodélico nacional e, em 2019, lançou álbum novo, o Vendavais. No show, o público vai conferir as músicas mais recentes e também os clássicos que eternizaram o nome da banda.

Serviço

Tom Zé e Ave Sangria

7 de dezembro - 21h

Baile Perfumado (R. Carlos Gomes, 390 - Prado)

R$ 50

 

Misturando música, cinema, artes plásticas e cultura popular, o festival Macuca das Artes realiza mais uma edição nos dias 25 e 26 de outubro. Os ingressos já estão à venda.

Esse ano, o evento vai receber os shows da banda Ave Sangria e do multi-artista Arnaldo Antunes. além de Luedji Luna, Gabi da Pele Preta, Chico César e a discotecagem dos DJs 440 e Paulo Pezão. Também haverá a Mostra Musical do Coletivo Reverbo, que reúne diversos nomes em seu show coletivo, como Juliano Holanda, Flaira Ferro, Martins, Isabela Moraes, Marcello Rangel, Luiza Fitipaldi e Lucas Torres. 

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Além disso, o evento contará com exposições, intervenções artísticas e oficinas gratuitas de música, reisado e figurinos, em escolas públicas dos municípios vizinhos a Correntes e Palmeirina. Já o Cortejo da Macuca será realizado com a Orquestra do Maestro Oséas. 

Programação

Macuca das Artes | Música

Sexta 25/10

23h Reverbo

0h20 Luedji Luna

1h50 Arnaldo Antunes

3h50 DJ Paulo Pezão

Sábado 26/10

14h Cortejo Boi da Macuca (Poço Comprido)

20h30 Gabi da Pele Preta

22h Ave Sangria

0h Chico César

2h Terça do Vinil com DJ 440

Serviço

Macuca das Artes

25 e 26 de outubro

Sítio da Macuca (Agreste de Pernambuco)

R$ 50 a R$ 150

A Ave sangria voltou a bater suas asas após 45 anos parada e para consolidar esse momento, vai gravar um disco de inéditas, o segundo da carreira da banda. Mas, para colocar o novo trabalho na rua, o trio está pedindo ajuda dos fãs através de um crowdfunding lançado na internet. O valor arrecadado irá possibilitar a gravação do álbum e dar recompensas para o público participante.

Considerada uma das maiores bandas de rock psicodélico brasileiro, a Ave Sangria fez sucesso na década de 1970 mas viu sua ascensão esbarrar na censura do regime militar. A música Seu Waldir, que fala sobre um relacionamento entre dois homens, foi vetada e o álbum em que estava foi recolhido das lojas. O baque fez Almir de Oliveira, Marco Polo e Paulo Rafael, integrantes da banda, desanimarem e conterem seus vôos.

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Porém, passadas mais de quatro décadas e redescoberta por um novo público, a Ave retomou a jornada e, agora, decidi deixar um segundo registro de seu trabalho. O álbum Vendavais será um eco do primeiro disco trazendo músicas compostas entre 1972 e 1974 que nunca foram lançadas. Uma delas, Dia a Dia, já pode ser ouvida nas plataformas de streaming e terá a companhia de outras duas, Ser e Vendavais, at´o fim do primeiro semestre.

Interessados em colaborar com o crowdfunding da Ave Sangria podem fazer sua contribuição através do site Catarse. Serão produzidos 300 cópias do disco em vinil que devem ser entregues em setembro. Além disso, os participantes receberão camisetas exclusivas e kits especiais.

A edição 2019 do Pré Amp realiza suas duas noites de shows na próxima sexta (22) e sábado (23). Além das bandas concorrentes, que serão julgadas por profissionais da área, sobem ao palco nomes já consolidados da música pernambucana como a Mundo Livre S.A e a Ave Sangria, homenageada deste ano.

Abrindo o evento, o Maracatu Várzea do Capibaribe e a Orquestra Raízes da Terra fazem um arrastão da Rua da Moeda até o Cais da Alfândega, onde o palco está montado. Em seguida, se apresentam as concorrentes deste ano, entre elas a Rasga Mortalha e a Luamarte.

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Já entre os convidados, se apresentam a Mundo Livre S/A, na sexta (22), e a homenageada desta 16ª edição do festival, a Ave Sangria, no sábado (23). O Côco de Fulô também se apresenta, na última noite do evento, para esquentar o público para os shows da noite.

Programação

Sexta (22)

Maracatu Várzea do Capibaribe ( Rua da Moeda 17h)

Rasga Mortalha

Siba Carvalho

Caboclo Mestiço

Alysson Islan

Ednardo Dali

Mundo Livre s/A

Sábado (23)

Orquestra Raízes da Terra ( Rua da Moeda 17h)

Côco de Fulô

Uscafuçu

Verdes & Valterianos

Luamarte

Cássio Oli

Dejanira

Ave Sangria

Serviço

Pré Amp 2019

Sexta (22) e sábado (23) | 17h

Cais da Alfândega (Bairro do Recife)

Gratuito

 

Os corações vão sangrar e alegria vai tomar conta no Teatro Luiz Mendonça, na próxima sexta-feira (27). Essa é a proposta do grupo mais psicodélico de Pernambuco , Ave Sangria, que se apresenta no ‘Janeiro de Grandes Espetáculos’, no Recife, e conta com a participação de Zé da Flauta. Criada em 1974, a banda foi ‘extirpada’ devido a repressão militar e só retornou aos palcos 40 anos depois.

O talento dos rapazes que tinham como essência o amor e a liberdade ganhou espaço no cenário musical e conquistou a gravação do primeiro e único álbum com a extita Continental - feito muito difícil na época -. O destaque nacional foi ofuscado pela repressão após o sucesso da música ‘Seu Waldir’, que falava de um amor não correspondido. Como a música era interpretada por um homem, caiu na censura militar e os discos foram retirados das prateleiras.  

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Com isso, a perseguição tomou conta da vida dos jovens por um tempo. A ação militar e o tempo não fizeram com que os integrantes desistissem do sonho. Os integrantes continuaram nos palcos, porém segregados em outras bandas.

Só em 2014, parte do grupo Ave Sangria voltou a fazer show em Pernambuco. A primeira apresentação aconteceu no Teatro de Santa Isabel, local que eles estrearam há mais de 40 anos. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o baixista Almir de Oliveira e o volalista Morco Polo relataram como tudo aconteceu naquele período e anteciparam como vai ser o show na próxima sexta-feira. 

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Processo de anistia - Em 2016, a banda entrou com um requerimento, na Justiça, pedindo anistia e reparação pelos danos sofridos que resultaram no fim do grupo, em 1974. Segundo o vocalista Marco Polo, o pedido foi feito mais por motivo moral. “O processo ainda está parado na Justiça. Com ele tem ainda mais de 14 mil para serem avaliados e nossa expectativa é mais moral mesmo, não esperamos mais nada. Só de ter dado entrada já valeu e foi positivo”, concluiu. 

Serviço

Ave Sangria

Sexta-feiara (27) | 21h

R$: 80,00 (Inteira) | 40,00 (Meia) | R$ 30 + 2 kg de alimento (social)

Com a proposta da valorização da cultura de bandas e artistas autorais em Pernambuco, Brasil e mundo, o projeto “Orquestra Contemporânea Convida”, criado pela banda de mesmo nome, realiza o primeiro encontro e recebe a banda pernambucana Ave Sangria, conhecida pelos sucessos do rock psicodélico, nos anos 1970.

O encontro ocorre no dia 12 de agosto, às 22h, no Espaço Cultural Quintal do Biu, localizado na Rua Sol, no Carmo, em Olinda. Os ingressos têm valores variantes entre R$25 e R$60, disponíveis na internet.

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Serviço

Orquestra Contemporânea de Olinda convida Ave Sangria

12 de agosto | 22h

Espaço Cultural Quintal do Biu (Rua do Sol 197, Carmo – Olinda

1º lote – R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia), R$ 30 (social); 2º lote: - R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$ 40 (social)

O fim de semana começou em luto para os apreciadores da música pernambucana e brasileira da década de 1970. Morreu, na noite desta sexta (12), aos 62 anos, Ivson Wanderlei Pessoa, o Ivinho, lendário guitarrista da banda Ave Sangria. Desde o dia 4 de junho internado no Hospital Oswaldo de Freitas, na Zona Oeste do Recife, o músico faleceu devido à falência múltipla de órgãos, decorrente de uma hemorragia digestiva.

Segundo Marco Polo Guimarães, vocalista da Ave Sangria, o amigo foi internado há cerca de um mês e meio, mas havia sido liberado para casa; em seguida, teve uma recaída e desde então não saiu do hospital. “Soube ontem de manhã que ele tinha sido levado para UTI e depois mais nada, só hoje”, disse Marco Polo, ao recordar que o guitarrista só deixou de tocar com a banda, este ano, no último show, realizado no Baile Perfumado.

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O corpo de instrumentista será enterrado no Cemitério de Casa Amarela, neste domingo (14), às 11h. Considerado um dos melhores músicos de Pernambuco, Ivinho foi um dos responsáveis pelo destaque do disco Ave Sangria, de 1975, marco do rock psicodélico brasileiro, com ressonância internacional.

O guitarrista é lembrado por ter sido o primeiro brasileiro a se apresentar no Festival de Montreux, na Suíça, em 1978. O show resultou em um disco e Ivinho chegou a integrar a banda de Alceu Valença, em algumas apresentações. O problema com o alcoolismo o afastou dos palcos e o músico chegou a se internar em sanatórios, como o Núcleo de Apoio às Práticas Integrativas (NAPI). Antes de ser internado com a hemorragia, Ivinho morava no bairro da Boa Vista, com a filha.

O performático artista caruaruense, Almério, fez sua estreia na noite desse sábado (18), nos palcos do Abril Pro Rock.  O som psicodélico, inspirado em artistas como Paulo Diniz, além das músicas dos anos 70, despertou no jovem o interesse pela música e o sonho de tocar no festival.  “Tenho o Abril Pro Rock como inspiração e como um desejo que estava implícito e explicito em toda minha existência até agora. Estar participando dessa noite psicodélica em homenagem aos anos 70 é um sonho realizado”, disse o cantor.

Com uma voz suave e figurino que remete a projeção de uma asa, a imagem de Almério foi associada ao cantor Ney Matogrosso, que possui estilo irreverente. “Gostei muito do show do Ney Matogrosso de Pernambuco”,  afirmou o estudante Emerson Rocha, justificando que a semelhança vai além da suavidade da voz. “Ele mostra uma leveza no palco, ao mesmo tempo em que tem uma interpretação marcante. Sem contar na voz, que é um verdadeiro show”, avaliou o estudante.   

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Mas os elogios ao músico foram além da plateia. O organizador do evento, Paulo André, ressaltou que Almério é um dos artistas característicos da primeira noite. “Eu boto muita fé em Almério. Acho que ele tem uma carreira boa pela frente”.

O vocalista da banda veterana Ave Sangria também teceu qualidades ao músico. De acordo com Marco Polo, o timbre de voz de Almério chamou sua atenção durante o ensaio. “O cenário da musica brasileira tá muito bom. Hoje a tarde estava escutando o ensaio de um músico de Caruaru, acho que  Almério é o nome dele. O cara tem uma voz linda, afinadíssima, timbre de voz lindo. Eu não conhecia e só de ouvir ele cantar fiquei emocionado”. 

“Não tenho nem palavras para descrever o que estou sentindo. Estou muito emocionado.  Tocar no Abril Pro Rock é um sonho que carrego na bagagem durante todos esses anos . E poder realizá-lo e ainda com elogios de pessoas importantes no cenário musical, é a coroação de um sonho”, concluiu Almério.

O tradicional festival de rock do cenário pernambucano, Abril Pro Rock, chega a sua 23º edição. A ‘pré-estreia’ do evento, realizada nesse  sábado (18), no Baile Perfumado, no bairro do Prado, fez uma homenagem aos anos 70. Nomes como Paulo Diniz, Flaviola e Ave Sangria abrilhantaram a noite temática. “Reverenciar os mestres está na natureza do festival. Desde a primeira edição do Festival, fazemos questão de trazer nomes vanguardistas, pois é uma maneira de homenagear. Paulo Diniz, por exemplo, conseguiu alcançar o sucesso no Brasil. Mas Flaviola e Ave Sangria não tiveram a projeção que merecia e hoje são reverenciados e reconhecidos pela ousadia das suas músicas na época. O Abril Pro Rock também tem essa missão de reverenciar os mestres”, ressaltou Paulo André, organizador do evento. 

O público aprovou a escolha temática da edição de 2015 do Abril Pro Rock. “Achei ótima essa inciativa de homenagear os músicos que fizeram história na sua época e continuam servindo de referência para os músicos da nova geração. É uma forma de aproximar duas realidades que se completam através da música”, defendeu a antropóloga Clariane Santana. 

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De acordo com fisioterapeuta Lilian Marques, que acompanha o Festival desde 2002, a escolha do Baile Perfumado para sediar a noite temática deu uma cara nova ao evento. “Esse ano o Abril Pro Rock trouxe a galera para um lugar diferente e também atraiu um público diferenciado, fugindo do Rock e investindo na psicodelia”.

Os shows começaram por volta das 23h. A primeira banda a subir ao palco foi a Caapora, que comandada por Igor Távora fez sua estreia  no Festival . Fã de carteirinha do evento, o vocalista descreveu a sensação de estar do outro lado. “Acompanho o Abril Pro Rock desde 1999. Pra gente ter a oportunidade de mostrar nosso trabalho num evento dessa magnitude é uma realização”, afirmou Távora. 

O Vanguardista Paulo Diniz (75 anos) abriu seu show com o clássico I Wanna Go  Back To Bahia. Apesar de não ficar muito tempo no palco, o artista conseguiu agitar o público. A estudante Milena Nascimento foi uma delas, que considerou o show de Paulo Diniz como o melhor da noite.  “Achei da hora essa escolha dos organizadores do Abril de trazer esses artistas que fizeram história nos anos 70, mas que são lembrados até hoje pelo público. A programação tá muito integrada, com músicos novos  e os artistas tradicionais do estilo. E sem dúvida achei o show de Paulo Diniz o melhor”, afirmou. O show de Paulo Diniz durou cerca de meia hora. O artista se despediu do público com o mesmo clássico que abriu a apresentação e foi ovacionado pela plateia quando deixou o palco em uma cadeira de rodas.

A revelação da noite foi o cantor Almérico. O performático artista caruaruense trouxe para sua apresentação a pegada psicodélica com marcação de palco e figurino de pássaro. Em seguida subiram ao palco a banda Flaviola, que voltou a se apresentar ao vivo após 19 anos, e a cantora Aninha Martins.

O encerramento da primeira noite do Festival ficou por conta da Ave Sangria, que conseguiu aquecer os ânimos do público e juntar a galera que já estava meio dispersa. O som psicodélico trouxe sucessos, como Dois Navegantes e O Pirata. “Participar do Abril Pro Rock como uma das principais atrações da noite é muito bacana. Mas a emoção é a mesma de estar em qualquer palco. Tem que fazer o seu trabalho da melhor maneira possível e criar uma empatia com o público”. Para fechar o Show a banda optou pela música Georgia, A Carniceira.

Apesar de aparentar um público menor, a organização do evento estimou cerca de mil pessoas no local. De acordo com Paulo André, a média de público ficou dentro do esperado. “Esta noite trata-se de artistas consagrados dos anos 70, que não estão na mídia, e artistas novos, então a média de público ficou dentro da expectativa”.

A abertura oficial do Abril Pro Rock será na próxima sexta-feira (24), no Chevrolet Hall. Dentre as atrações estão Pitty, Pato Fu, além das atrações internacionais Deus (Bélgica) e The Shivas (EUA). 

O rock pesado será apreciado no segundo dia do evento. Dead Fish, Ratos de Porão, Marduk  e Câmbio Negro HC são algumas das atrações. Segundo Paulo André, o público da noite do sábado (25) deve ser formado por cerca de 30% de turistas.

Os ingressos do Abril Pro Rock custam R$60, com opção de meia-entrada. Também estão sendo vendidas entradas sociais, no valor de R$40 + 1kg de alimento não perecível, além dos camarotes. Os bilhetes estão à venda no Chevrolet Hall e nas Lojas Renner.       

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Referência para muitos artistas, a banda psicodélica da década de 70, Ave Sangria, encerrou a pré-estreia do Abril Pro Rock 2015, realizada nesse sábado (18), no Baile Perfumado, no bairro do Prado, Zona Oeste do Recife. A banda abriu o show com a canção Lá Fora, levando os fãs ao delírio. Na plateia, artistas que estrearam na 23º edição do Festival, como a banda Caapora. Igor Távora, vocalista do grupo, comemorou a nova oportunidade de estar cara a cara com a sua referência musical.

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“Eu escutava Ave Sangria desde o tempo do K7. Para mim eles sempre foram uma referência, antes mesmo da formação da banda. Estamos tendo o privilégio de dividir a noite com a Ave Sangria pela terceira vez. Encontrar com eles, poder conversar, pra a gente é uma realização. E agora estou no momento fã”, brincou o vocalista da Caapora. 

O estudante Jonas Rodrigues foi ao evento especialmente para assistir ao show da Ave Sangria. O jovem ressaltou que o som da banda faz parte da sua rotina e o gosto pelas suas músicas foi influenciado pelo pai. “O velho conta que, desde que eu tava na barriga, ele colocava pra tocar o som psicodélico e da Ave Sangria. Acho que é por isso que eu gosto tanto deles”. 

Antes do Show, o vocalista do Ave Sangria, Marco Polo, conversou com equipe do Portal LeiaJá. O cantor falou sobre a primeira vez que esteve no palco do Abril Pro Rock, como convidado da banda Querosene Jacaré.  “Sempre acompanhei os shows do Festival, desde a época de Chico Science. Mas a primeira vez que cantei ‘aqui’ foi maravilhoso, ao lado da banda Querosene e Jacaré. Essa também é a nossa estreia como banda principal do festival. É uma sensação muito bacana, mas que remete toda a responsabilidade e comprometimento de qualquer outro show”.

Marco Polo também comentou a reverência da juventude amante do estilo psicodélico ao som da Ave. Para o vocalista, o principal motivo da ligação entre as gerações é a retomada da consciência política dos jovens.  “O trabalho da gente é pautado pela luta. Lutávamos contra a violência, censura, a ditadura de uma forma geral. Acho que a juventude tem voltado a perceber o seu poder de transformação, como mostrou em 2013, e daí começam a se espelhar no passado. Acho que graças a essa consciência de pode de modificação da juventude, com a ajuda da internet, houve uma ligação entre eles e o Ave Sangria”, avaliou.   

O show da Ave Sangria durou pouco mais de uma hora. No repertório o grupo trouxe as canções Dois Navegantes e O Pirata. Para fechar a noite do Festival, a música Georgia, A Carniceira fez o público vibrar.

Com informações de Rodrigo Rigaud

* Com informações de Areli Quirino

O Festival Abril pro Rock (APR) teve a programação completa divulgada na manhã desta terça (24). Pitty, Pato Fu, Ratos de Porão, Dead Fish, Câmbio Negro HC e Boogarins estão na grade do festival, que está marcado para os dias 24 e 25 de abril no Chevrolet Hall, em Olinda. O APR terá também um dia a mais de shows, uma semana antes da data 'oficial', com um show inteiramente dedicado à música psicodélica pernambucana da década de 1970.

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Esta é a 23ª edição do Abril pro Rock, que chega em 2015 à marca de mais de 500 shows realizados. Alguns históricos, como as primeiras apresentações no festival das bandas-símbolo do Movimento Mangue, Nação Zumbi e Mundo Livre S/A; o show que trouxe Tom Zé de volta à cena depois de décadas de ostracismo fonográfico; a apresentação da banda Los Hermanos na edição número 20 do APR, maior bilheteria da história do evento; show internacionais como os da banda Motorhead e Television, entre outros.

Dentre os destaques do festival estão a volta de Pitty após 11 anos, o lançamento do novo disco do Dead Fish, a apresentação da banda pernambucana Câmbio Negro HC, que influenciou uma geração de bandas locais, e a volta de figuras carimbadas no festival como Pato Fu e Ratos de Porão.

MPB Psicodélica

Uma semana antes dos dois tradicionais dias de show, o Abril pro Rock rende homenagem a uma geração que marcou época no Recife. O chamado Udigrudi recifense deixou discos tidos hoje como clássicos, como o da banda Ave Sangria, que, reunida após décadas, se apresenta. Estão ainda na programação Paulo Diniz e Flaviola, que também marcou época com o disco Flaviola e o Bando do Sol.

Numa conexão com a atual cena psicodélica do Recife, apresentam-se também a cantora Aninha Martins e a banda Caapora, além de Juvenil Silva que, ao lado de Juliano Holanda, acompanha Flaviola. "Não estamos esperando um público mais velho, da época do Ave Sangria, para esta noite. A gente acredita que será um público mais jovem", aposta Paulo André Pires, criador do Abril pro Rock.

A noite em homenagem à MPB psicodélica da década de 1970 será realizada no dia 18 de abril no Baile Perfumado.

Programação

Sábado (18)

Almério (PE)

Aninha Martins (PE)

Caapora (PE)

Flaviola (PE)

Ave Sangria (PE)

Paulo Diniz (PE) 

Sábado (24)

Kalouv (PE)

Far from Alaska (RN)

Boogarins (GO)

The Shivas (EUA)

dEUS (Bélgica)

Pato Fu (MG)

Pitty (BA)

Domingo (25)

Hate Embrace (PE)

Lepra (PE)

Catarro (RN)

Câmbio Negro HC (PE)

Headhunter D.C. (BA)

Gangrena Gasosa (RJ)

Project 46 (SP)

Almah (SP)

Ratos de Porão (SP)

Dead Fish (ES)

Marduk (Suécia)

Coroner (Suíça)

Serviço

Homenagem à MPB Psicodélica

Sábado (18)

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390 - Prado)

Abril pro Rock

Sábado (24) e domingo (25)

Chevrolet Hall (Avenida Agamenon Magalhães, s/n/ - Salgadinho, Olinda)

R$ 60, R$ 30 (meia) e R$ 40 + 1 Kg de alimento (social)

O município de Correntes (PE) se transforma em ponto de encontro de cultura nos dias 21, 22 e 23 de novembro, quando acontece o Macuca Jazz e Improviso. O festival agrega diversas manifestações culturais de forma rústica e independente na fazenda Macuca.

A fazenda é conhecida principalmente por causa do Boi de Zé Oliveira, criado em 1989 e responsável por um festival que acontece todos os anos próximo ao carnaval. No segundo semestre, o Macuca Jazz atrai pessoas de todo o Nordeste a Correntes durante um final de semana de shows e intervenções artísticas. Este ano, as grandes atrações são as bandas Ave Sangria e Duofel. 

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Os ingressos custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia) para sexta e sábado, R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) para domingo, R$ 90 pacote para os três dias e R$ 100 pacote para camping mais ingressos. A programação completa pode ser vista no site do festival

Serviço

Macuca Jazz e Improviso

21, 22 e 23 de novembro

Fazenda Macuca (Município de Correntes)

R$ 50 e R$ 25 (sexta e sábado) | R$ 30 e R$ 15 (domingo)

R$ 90 (pacote para os três dias) | R$ 100 (pacote para camping mais ingressos)

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