Cine PE faz balanço do festival deste ano

Quem comandou a coletiva foi o casal responsável pelo festival, Sandra e Alfredo Bertini, que abriram a conversa falando sobre a dificuldade que enfrentam para que o festival possa seguir em frente

por Thabata Alves sab, 07/05/2016 - 17:15
TV LeiaJá Alfredo conta que tem toda uma burocracia por trás do evento e que esses obstáculos só aumentam a demora do projeto TV LeiaJá

Na tarde deste sábado (7) foi realizada no Hotel 7 Colinas em Olinda a última coletiva do Cine PE. O evento teve seu início no dia dois deste mês no cinema São Luís e termina amanhã (8), teve a presença de atores globais, e curtas e longas metragens para o público. O diferencial desse ano foi a amostra infantil, onde os organizadores buscaram trazer filmes infantis para a garotada, muitas delas nunca tinham entrado dentro de um cinema.

Quem comandou a coletiva foi o casal responsável pelo festival, Sandra e Alfredo Bertini, que abriram a conversa falando sobre a dificuldade que enfrentam para que o festival possa seguir em frente, Alfredo conta que tem toda uma burocracia por trás do evento e que esses obstáculos só aumentam a demora do projeto. 

“Para prestação de contas, por exemplo, se dizemos que vamos gastar com limpeza de banheiros e motoristas, temos que provar tudo isso, e uma dessas provas são uma foto da moça limpando e do motorista com a camisa do evento”, conta. Ele ressalta que esses problemas burocráticos não são exclusividade do Cine PE, mas sim de qualquer pessoa goste de cultura, arte, e tente viver dela, principalmente se ela for empresa privada como é o caso do evento.

Alfredo diz que especificamente esse ano sentiu uma mudança grande no público, as classes C e D estão comparecendo mais, e se interessando sobre o que está acontecendo, fala que tem muita vontade de fazer uma pesquisa estatística, se as coisas melhorarem, de uma análise comparativa do público, que ele já fez quando o festival era sediado no Centro de Convenções, Olinda. 

“Eu percebi que muitas pessoas largam do trabalho e entram na sala de cinema, comerciantes, bancários, gosto muito de passar e olhar no rosto das pessoas para ver o que elas estão sentindo”, disse. Questionados sobre o porquê dos curtas metragens atraírem mais pessoas do que os longas, e sobre os filmes infantis, Sandra comenta: “Eu acho que desde o Centro de Convenções realmente o público de Pernambuco são mais fascinados pelos curtas”.

“Existem poucos filmes infantis e isso é um problema, porque já tivemos que repetir alguns filmes, como Tainá, por exemplo, e isso me deixa triste porque as crianças são o público futuro do cinema e se não tem filme para elas assistirem, fica difícil”, assegura. Ao final agradeceram a participação de toda a imprensa, do público, e dos atores que prestigiaram o evento.

Carla Camurati a homenageada de hoje a noite, não pode vir ao recife por motivos de saúde. 

 

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