Olinda promete carnaval 'gigante' em meio a polêmicas

Apesar das medidas disciplinatórias impostas às agremiações, a Prefeitura Municipal garante uma festa de valorização à cultura de rua

por Paula Brasileiro ter, 07/11/2017 - 12:22
Paula Brasileiro/LeiaJáImagens O prefeito, Professor Lupércio (esquerda), e o secretário Gilberto Sobral (direita), falaram sobre as polêmicas Paula Brasileiro/LeiaJáImagens

Lançado na manhã desta terça (7), o tema do Carnaval 2018 de Olinda faz referência à grandeza de seu povo e história. Carnaval em terra de gigantes pretende exaltar a cultura olindense numa festa que prioriza sua participação. Mas, ultimamente, o que se tem visto no Sítio Histórico da Cidade é um conflito entre alguns moradores e fazedores de cultura que acabam disputando o espaço.

Diante das reclamações de perturbação de parte dos residentes do Sítio Histórico, algumas medidas vêm sendo tomadas, por parte do poder municipal e do Ministério Público, como a proibição de som eletrônico e retirada de cadeiras das calçadas - esta última impossibilitou, inclusive, os tradicionais ensaios de Seu Benedito da Macuca, realizados em frente à sua casa. Para as prévias carnavalescas, os grupos e agremiações podem ensaiar desde que não façam uso de som amplificado, não usem estruturas como palcos e que não ultrapassem o limite das 20h30.

O Prefeito de Olinda, Professor Lupércio, falou ao LeiaJá sobre o embate instaurado na cidade: “É natural, quando começa uma requalificação, existirem esses conflitos. A gente já teve uma conversa com os moradores, com os donos de bares e restaurantes, para que a gente entre em um consenso”. O gestor garantiu que os trabalhos vêm sendo elaborados no sentido de atender a ambas as partes: “A gente está tendo um cuidado muito grande e sabemos até onde vai o nosso limite e o limite dos moradores e comerciantes. Mas a gente não pode perder o controle da cidade nem deixar que os moradores percam sua tranquilidade e nem que os comerciantes deixem de arrecadar.”

O Secretário de Cultura e Patrimônio da cidade, Gilberto Sobral, também falou sobre a problemática: “O que estava acontecendo em Olinda era uma invasão de jovens que vinham pra cidade não para se divertir, mas para fazer bagunça. Aí, a polícia tomou medidas sérias para poder disciplinar isso até para que a gente não deixe a coisa aumentar para o Carnaval”. Sobral citou, como resultado positivo das intervenções já realizadas, o Festival de Tapioca realizado no último fim de semana: “Os moradores, que são mais atentos a essa movimentação, para que não prejudique o caráter residencial da cidade, desceram participaram dos shows e do festival. Então, é essa cultura que o Sítio Histórico precisa, é a cultura popular, é a cultura que tem a cara de olinda, e é isso que a prefeitura vai perseguir para que a cidade não perca sua característica”.



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