Luta de indígenas brasileiros ganha espaço em Cannes

Equipe do longa 'Chuva é cantoria na Aldeia dos Mortos' levou prêmio de crítica e aproveitou o momento para protestar por demarcação de terras e contra o genocídio

por Paula Brasileiro sab, 19/05/2018 - 15:09
Reprodução/Twitter Equipe do filme levou cartazes pedindo pela demarcação de terras indígenas Reprodução/Twitter

O festival de Cannes está acostumado a ser palco para diversos protestos. Na última sexta (18), a causa dos indígenas brasileiros foi a pauta da vez dentro do evento. Ao ganhar o prêmio de crítica na Mostra Independente, pelo filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe do longa pediu por demarcações de terrra. 

O filme mostra a história de Injãc, um adolescente da etnia Krahô que resiste ao desejo de seu pai morto para se tornar pajé. O longa não tem nenhum ator profissional, tendo sido protagonizado por Kôto e Injãc Krahô e é quase todo falado na líndua indígena. A produção foi dirigida pela brasileira Renée Nader Messora e pelo português João Salaviza.

Ao receber o prêmio do ator Benício del Toro, presidente da mostra independente em Cannes, a diretora Reneé ergueu o punho e falou: "Demarcação já!, em referência a luta dos povos indígenas brasileiras por demarcação de suas terras. No dia anterior à premiação, a equipe do filme passou pelo tapete vermelho empunhando cartazes, escritos em português, inglês e francês, denunciando o genocídio indígena no Brasil. 



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