Avião que deixou Xuxa na mão já havia sido interditado

A cantora Claudia Leitte também passou pela mesma situação há alguns meses, quando teve a mesma aeronave de Xuxa interditada

seg, 26/11/2018 - 09:10

Xuxa Meneghel não foi a única celebridade que enfrentou problemas com o transporte aéreo nos últimos meses. De acordo com a ANAC - Agência Nacional de Avião Civil - a cantora Claudia Leitte também passou pela mesma situação há alguns meses, quando teve a mesma aeronave de Xuxa interditada.

No último domingo, dia 25, o avião que transportou Xuxa Meneghel para Fortaleza e teria que levar a apresentadora e sua equipe de volta ao Rio de Janeiro no último domingo, dia 25, acabou sendo interditado pela ANAC após descobrir que ele estava fazendo o serviço de forma irregular. A aeronave em questão, de matrícula PR-OLB, que pertence à empresa Agropecuária Letícia Ltda, estava atuando como táxi aéreo, quando na verdade só possuía autorização para prestar transporte privado. Após a interdição, Xuxa acabou ficando na mão e precisou passar mais de 12 horas no aeroporto antes de conseguir retornar para a casa.

Através da assessoria de imprensa, a ANAC informou que o incidente é comum entre as celebridades, que acabam sendo vítimas da infração cometida por terceiros. O gerente de Ação Fiscal da SFI da ANAC, Marcelo Lima, informa que a Agência considera muito grave o transporte aéreo clandestino:

Muitos artistas têm sido vítimas deste tipo de infração, que pode colocar em risco a segurança das pessoas a bordo e em solo. Vamos instaurar um processo administrativo para apurar as possíveis infrações e aplicar medidas enérgicas para evitar que este tipo de coisa ocorra novamente.

A mesma aeronave foi lacrada em outubro deste ano, quando foi verificado que a empresa não poderia realizar transporte remunerado por não garantirem as condições necessárias de segurança desse tipo de operação. Entre os passageiros estava a cantora Claudia Leitte, que tentava se deslocar do aeroporto de Salvador, na Bahia, para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Nas redes sociais, Xuxa Meneghel fez um enorme relato sobre a situação complicada que precisou enfrentar. A artista descobriu ao chegar no aeroporto, na noite do sábado, dia 24, que o jato reservado pela empresa que a contratou para realizar show em Fortaleza, a Planner Eventos, não poderia levantar voo porque estava ilegal e não tinha autorização da Anac para prestar serviço de táxi aéreo.

Xuxa tinha um segundo show marcado para o dia 1 de dezembro em Recife, pela mesma empresa contratante, e já avisou aos fãs que não irá se apresentar.

Gostaria de dizer não farei o show, sinto muito. Essa pessoa não é uma pessoa digna, então eu não posso ser profissional. Poderia ter acontecido alguma coisa com a gente neste avião, declarou durante a madrugada.

Por meio de sua assessora, Xuxa também afirmou que irá processar a Planner Eventos pelos danos causados a ela e sua equipe, já que não teve assistência da contratante. A apresentadora ainda alega que precisou arcar com os custos para voltar ao Rio de Janeiro.

Após horas em silêncio, a Planner Eventos usou as redes sociais durante a noite de domingo, dia 24, para afirmar que está apurando quais são os reais responsáveis pela confusão. Em nota, a empresa relatou que o voo em questão seria operado pela empresa Pacific e que a tripulação foi informada da interdição pela Anac ao solicitar o plano de voo.

A Planner Eeventos, vem através dessa nota, exercer seu direito de resposta aos vídeos publicados pela artista Xuxa Meneghel, sobre o seu voo de volta de Fortaleza ao Rio de Janeiro, que ocorreria no dia 24/11, após o seu show em Fortaleza. A aeronave foi operada pela empresa Pacific, que trouxe a artista do Rio de Janeiro a Fortaleza, na tarde do dia 24/11, por volta de 13h e a levaria de volta, logo após a apresentação. Por volta de 23h, ao realizar a solicitação de plano de voo para o Rio de Janeiro, a tripulação foi informada que a aeronave foi interditada pela ANAC. Ao saber do ocorrido, toda a equipe da Planner foi mobilizada para providenciar a hospedagem e logística para a artista e toda sua equipe, enquanto o diretor da empresa Pacific, buscava alternativa junto a vários parceiros próximos da região para viabilizar o retorno, que pudessem ter um voo que chegasse imediatamente a Fortaleza e encaminhá-los ao Rio de Janeiro.Jamais contrataríamos um voo que oferecesse riscos a uma atração.Todo o nosso setor jurídico trabalha desde o ocorrido para apurar os fatos e reais responsáveis. Contamos com o apoio de todos.

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