Prisão de Allison Mack, de Smallville, pode ser adiada
Atriz confessou participação em cultos de escravização sexual e pode pegar até 40 anos de cadeia
O juiz americano Nicholas Garaufis, responsável pelo caso de Allison Mack, adiou a prisão da atriz - que estava programada para setembro. Ela confessou, em abril deste ano, sua participação em cultos de escravização sexual, em Nova York, e pode pegar até 40 anos de cadeia.
As informações foram obtidas pelo jornalista Frank Parlato, que investiga o caso desde o começo e diz ser um antigo porta-voz da NXIVM, a seita de sexo entre mulheres que realizava o culto criminoso, chamado de Dominus Obsequious Sororium (Mestre das Companheiras Femininas Obedientes, em tradução livre).
De acordo com ele, Garaufis supostamente adiou a sentença para dar às autoridades federais mais tempo para entrevistar os condenados e, assim, prepararem relatórios da pré-sentença para o juiz. Os documentos determinarão se é possível rever as penas do processo.
Parlato conta que um oficial ainda precisa entrevistar o empresário e guia espiritual Keith Raniere. Ele é o fundador da seita, induziu Allison a participar e tem chances de ser condenado a prisão perpétua. "Serão discutidas várias alegações que ele fez no passado e no presente para determinar sua veracidade, seu perigo para a sociedade, seu remorso e a possibilidade de reincidência", afirma.
Após esse procedimento, o juiz terá material suficiente para impor sentenças maiores ou menores do que as diretrizes iniciais da condenação indicavam.
Frank Parlato explica que apesar de Raniere ser "um mentiroso bem conhecido que provavelmente será considerado perigoso demais para ficar solto", os relatos de Allison Mack e das outras integrantes da seita - as réus Nancy Salzman, Clare Bronfman e Kathy Russell - podem anular a condenação.
No entanto, cartas das vítimas e outros conteúdos a favor ou contra os condenados também podem influenciar nas decisões finais.