Saiba como manter a despensa cheia, mas sem exagerar
Principal dica é comprar apenas o essencial e a evitar desperdícios
A quarentena por causa do coronavírus (Covid-19) tem obrigado algumas pessoas a planejar os gastos com alimentos. Enquanto alguns fazem estoque de comida, outros compram apenas o essencial. O professor de marketing e comunicação Higor Gonçalves, 33 anos, conta que tem planejado a aquisição de alimentos para o período de uma semana. "Saio de casa uma vez por semana para repor os alimentos. Vou sempre ao mercado nas segundas-feiras à noite, perto do horário de fechar, para evitar contato com as pessoas", conta.
O professor Higor Gonçalves | Foto: arquivo pessoal
Já na casa da estudante de medicina veterinária Júlia Monteiro, 19 anos, a regra é comprar apenas o essencial. A jovem mora junto de sua mãe e divide as contas da casa. "Todo início de mês fazemos a compras, mas agora reduzimos aquilo que não é essencial, como bolacha, leite condensado e refrigerante. Também reduzimos as quantidades de frutas", conta ela, que, além dos cortes, tive que aumentar a quantidade de outros produtos, como álcool e sabonete.
A estudante Júlia Monteiro | Foto: arquivo pessoal
A dona de casa Elisabete de Carvalho, 60 anos, diz que sempre foi orientada pela igreja a armazenar alimentos em casos de urgência. O estoque deve durar no mínimo 3 meses. "Quando apareceu o coronavírus, já estávamos adaptados. Só precisei acrescentar mais coisas", informa.
Fazer as compras, mas mantendo na lista apenas os itens essenciais, sem excessos, é o que orienta o especialista em gestão de finanças André Aragão. Dessa maneira, os supermercados continuam abastecidos para atender a todos. "O essencial é alimentação e saúde. É recomendável que as pessoas coloquem numa planilha todos os gastos, pois esse histórico ajudará no planejamento de suas despesas", indica. "Independente da compra ser feita para a semana ou o mês, o importante é que as pessoas saibam o quanto elas podem gastar em cada alimento. Feijão e arroz devem ter preferência", complementa.
Além do essencial, Aragão aconselha as pessoas a não estocarem produtos, pois os preços não estão oscilando e muitos alimentos podem ser adquiridos em promoções. "Também deve-se ter um cuidado com a data de validade, principalmente em produtos perecíveis, que devem ficar em geladeiras ou em locais refrigerados. Por isso não vale a pena estocar", explica. "O ideal é se programar, comprar apenas o que você vai consumir e evitar desperdícios", complementa.