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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 31, que a vacinação contra a covid-19 passa a ser anual para grupos prioritários e a integrar o calendário nacional de imunização para crianças entre seis meses a menores de cinco anos.

Até agora, as ações de imunização contra a doença eram conduzidas de forma excepcional por causa da emergência sanitária. Primeiramente, em 2021, a campanha foi organizada de acordo com a disponibilidade de vacinas e públicos com maior necessidade. Entre 2022 e 2023, após toda a população adulta ter acesso às duas doses iniciais, foram disponibilizadas vacinas infantis, doses de reforço e o imunizante bivalente, versão atualizada para conferir maior proteção também contra as cepas da variante Ômicron.

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A partir de 2024, a vacinação passa a acontecer anualmente para públicos prioritários, a exemplo do que ocorre com a campanha de vacinação contra a influenza (gripe). O ministério não detalhou se haverá um mês específico de início da campanha ou se a imunização já estará disponível automaticamente para os grupos prioritários 12 meses após a aplicação da última dose.

"A Organização Mundial da Saúde definiu públicos prioritários, como idosos, trabalhadores da saúde, mas nós ampliamos esses públicos no Brasil. Aqui, nós trabalhamos também com população ribeirinha, indígenas, pessoas com deficiência permanente, moradores e trabalhadores de instituições de longa permanência, que são os públicos mais vulneráveis", justificou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, em entrevista à imprensa nesta terça.

Veja abaixo a lista completa dos públicos prioritários:

- Idosos

- Imunocomprometidos

- Gestantes e puérperas

- Trabalhadores da saúde

- Pessoas com comorbidades

- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas

- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores

- Pessoas com deficiência permanente

- Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade

- Pessoas em situação de rua.

Ethel esclareceu que, a princípio, os demais públicos, como adultos sem nenhuma imunossupressão, não serão o foco da vacinação anual, mas ressaltou que esse cenário pode mudar de acordo com o surgimento de novas variantes ou mudanças no cenário epidemiológico. "Para os adultos imunocompetentes, não precisamos de uma outra dose, por enquanto, mas temos que monitorar o cenário porque a covid é uma doença nova", afirma.

A secretária disse ainda que, originalmente, o ministério e especialistas trabalhavam com a hipótese de que a covid-19 seria uma doença sazonal, como ocorre com a gripe, que tem maior incidência durante o inverno, mas o cenário não se confirmou. "Vimos que ela tem maior impacto do surgimento de subvariantes do que de sazonalidade", afirmou.

Ela disse que revisões de estudos feitas pelo grupo técnico que assessora o governo mostra que todas as vacinas atualmente disponíveis no País são capazes de reduzir o risco de agravamento da doença, mesmo para novas subvariantes. "Todas elas funcionam contra casos de maior gravidade, que é o nosso foco agora", diz.

Ethel ressaltou que, mesmo com os avanços na vacinação e no tratamento da covid, ainda morrem cerca de 42 brasileiros por dia de covid. "É como se um ônibus se acidentasse todos os dias. No ano passado, tínhamos mais de 200 mortes por dia, já diminuímos, mas ainda é a doença infecciosa que mais mata no Brasil", diz ela, justificando a importância do monitoramento constante e da vacinação contra a doença.

A secretária afirmou ainda que todos que ainda não tenham tomado a vacina bivalente podem procurar os postos de saúde para receber a dose - neste caso, a imunização está disponível para maiores de 18 anos que já tenham tomado ao menos duas doses de vacina contra a covid.

O ministério afirmou que, na primeira semana de novembro, lançará nova campanha na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação, reiterando a importância da testagem, da vacinação e do tratamento contra a covid.

O antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível no SUS para tratamento da infecção pelo vírus, logo após o aparecimento dos sintomas e teste positivo. A pasta esclarece que o medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

Ações em escolas

Ethel destacou ainda que o ministério aposta no programa Saúde na Escola e nas ações de vacinação em ambiente escolar para aumentar a cobertura vacinal do imunizante contra a covid entre o público infantil.

Hoje, esse é o grupo com menor adesão à campanha, principalmente graças à hesitação vacinal de pais e responsáveis atingidos pela desinformação sobre as vacinas. Dados de julho do Ministério da Saúde mostravam que só 11,2% das crianças de 6 meses a 4 anos completaram o esquema vacinal contra a covid. Na faixa etária dos 5 a 11 anos, o índice era de 49,8%.

A secretária ressaltou que as vacinas disponíveis no SUS são seguras e eficazes e lembrou que o maior risco é deixar as crianças desprotegidas contra uma doença que ainda não está devidamente desnudada pela comunidade científica. "É uma doença nova, estamos aprendendo, não sabemos o efeito a longo prazo desse vírus. É um vírus que causa uma inflamação muito grande, mudanças no organismo. Precisamos proteger nossas crianças", disse.

Ela afirmou que, em parceria com o Ministério da Educação, a pasta da Saúde está levando ações de vacinação e conscientização para as escolas e que aposta também que, com a inclusão da vacina no calendário nacional, mais pais irão aderir ao imunizante. "Com a incorporação no calendário, isso será observado no momento da matrícula, vai haver a necessidade de verificar se a vacina está lá, até para proteger as outras crianças", diz.

Na semana passada, o ministério lançou o programa Saúde com Ciência, para combater a desinformação em torno das vacinas, tirar dúvidas e receber denúncias de conteúdos enganosos. No portal do programa, é possível obter respostas sobre as principais dúvidas relacionadas aos imunizantes.

Cenário epidemiológico

De acordo com o ministério, o Brasil segue a tendência observada mundialmente e registra oscilação no número de casos de covid-19. Citando o último Boletim InfoGripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com dados até 21 de outubro e divulgado na segunda-feira, 30, o ministério informou que há crescimento de casos na população adulta do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas que o aumento das notificações na região Sul manteve ritmo lento.

Em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, diz a pasta, houve aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivas para covid-19 na população mais velha, mas sem reflexo no total de casos identificados. "Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações", destacou a pasta, em nota.

Estudo sobre covid longa

A secretária informou ainda que o Ministério da Saúde contratou um estudo, que será conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para avaliar os impactos da covid longa. A expectativa é que 33 mil pessoas participem da pesquisa, que vai estimar o índice de pessoas afetadas pela covid longa e detalhes da manifestação.

Uma escola e uma creche de Itanhaém, no litoral paulista, tiveram as aulas suspensas na manhã de terça-feira (17), após ser registrado surto de Covid-19 entre alunos e funcionários. A decisão foi tomada um dia após o retorno das aulas em outra unidade de ensino do município que havia sido fechada pela mesma razão.

A Secretaria Municipal de Educação disse que a suspensão está mantida até sexta-feira (20) na escola Lions Clube e na creche vinculada Joana Maria do Nascimento, localizadas no bairro Ivoty.

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O retorno dos estudantes ocorre na próxima segunda-feira (23). Neste período, as unidades de ensino passarão por um processo de higienização.

Ao todo, foram 16 casos confirmados, sendo 11 alunos e cinco funcionários. Os casos são monitorados pela equipe da Vigilância Epidemiológica e não há registro de casos graves, conforme a prefeitura.

As duas unidades somam 337 alunos matriculados. "A administração municipal, por meio da Secretaria de Educação, segue tomando todas as medidas de orientação aos pais, alunos e funcionários, bem como o incentivo à vacinação contra a Covid-19", disse.

Na última semana, a escola Shirley Mariano Estriga também suspendeu as aulas para desinfecção da unidade, onde foram confirmados nove casos positivos para Covid-19. As aulas retornaram na segunda-feira (16).

A prefeitura reforça que a vacinação contra a Covid-19 em Itanhaém está à disposição em todas as Unidades de Saúde da Família, que atendem de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que os estados de Rio de Janeiro e de São Paulo continuam tendo aumento de casos de Covid-19. Segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes, a circulação do vírus Sars-Cov-2 nesses locais continua levando a internações. 

“No Rio de Janeiro continua tendo um ritmo de crescimento na curva de novos casos semanais de Covid-19. Em São Paulo, é um ritmo lento de crescimento, restrito, assim como no Rio de Janeiro, à população de idade mais avançada. Mas é um sinal de que está presente. Ou seja, o vírus está circulando com maior intensidade, levando a aumento das internações, principalmente nos grupos mais vulneráveis”, explica Gomes. 

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Segundo ele, esse cenário é restrito principalmente aos dois estados. O pesquisador afirma que é importante manter o reforço em relação à convocação da população para que esteja em dia com a vacina contra a doença.

O boletim usa como base os dados da semana epidemiológica 38 (de 17 a 23 de setembro). Nas últimas quatro semanas, 44,2% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país foram provocados pela covid-19. Entre os óbitos, a Covid-19 responde por 77,5%.

Pessoas com maior nível de escolaridade tendem a acreditar menos em teorias conspiratórias, de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados mostram que essas pessoas tentem a se engajar mais civicamente, fazendo trabalhos voluntários, ou mesmo participando de manifestações. 

A pesquisa revela que, entre os adultos com ensino superior, cerca de 15% acreditam na teoria conspiratória de que o coronavírus foi desenvolvido por alguma organização ou governo. Entre aqueles que não concluíram o ensino médio, a porcentagem dobra, chegando a mais de 30%. Aproximadamente as mesmas porcentagens acreditam que grupos de cientistas manipulam, fabricam e escondem evidências para enganar as pessoas. 

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Segundo o relatório, tais crenças são perigosas e desinformam a população. “No debate público, as teorias da conspiração têm sido consideradas fatores por detrás do crescente populismo político e da relutância em seguir recomendações para limitar a propagação da covid-19. De um modo mais geral, a crença em teorias da conspiração está ligada a uma série de práticas social e individualmente prejudiciais”, diz o texto. 

O relatório Education at a Glance 2023 reúne uma série de dados relacionados à educação, de diferentes fontes de diferentes países. Estes, por exemplo, são dados de questionário aplicado em 2020, em meio à pandemia, a pessoas de 25 a 64 anos. Participaram cerca de 32 países, dentre os quais, membros da OCDE e candidatos a membros do grupo. O Brasil não participou desse formulário. 

“Trata-se de uma área que a OCDE vem pesquisando: a capacidade crítica dos alunos, das crianças e dos adolescentes de ver uma informação e avaliar se está correta, se não se trata de uma fake news [notícia falsa]”, disse a técnica da OCDE Manuela Fitzpatrick, em webinário realizado para divulgação do relatório no Brasil.

No Brasil, o combate à desinformação também vem sendo discutido. No âmbito nacional, está sendo elaborada uma política nacional de educação midiática, que, de forma geral, inclui um conjunto de habilidades para analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos. A chamada Estratégia Brasileira de Educação Midiática está sendo discutida na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, que realizou recentemente uma consulta pública para definir as principais diretrizes dessa política.

Além do aspecto da desinformação, os dados do Education at a Glance mostram que, quanto maior o nível de escolaridade, mais as pessoas tendem a se engajar civicamente. Aproximadamente 25% das pessoas com ensino superior fazem trabalhos voluntários em organizações sem fins lucrativos. Entre aquelas que não concluíram o ensino médio, a porcentagem cai para menos de 12%. Cerca de 10% das pessoas com ensino superior participam de manifestações públicas e em torno da metade, 6%, daqueles com ensino médio incompleto o fazem.

Relatório

O estudo Education at a Glance reúne informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Fornece dados sobre estrutura, finanças e o desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em países candidatos e parceiros da organização. Este ano, foram analisados dados de 49 países, dos quais 38 pertencem à OCDE e 11, entre os quais, o Brasil, são parceiros.  

A edição de 2023 é centrada no ensino e na formação profissional. A edição inclui também um novo capítulo - Garantir a aprendizagem contínua aos refugiados ucranianos - que apresenta os resultados de uma pesquisa da OCDE 2023 que recolheu dados sobre as medidas tomadas pelos países da OCDE para integrar essas pessoas em seus sistemas educativos.

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (5) não ser possível atribuir a alta de casos de Covid-19 no país à nova variante EG.5, conhecida como Eris. De acordo com o ministério, houve elevação de 6% no número de casos confirmados de Covid-19, na comparação entre as semanas epidemiológicas 31 (30 de julho a 5 de agosto) e 32 (6 de agosto a 12 de agosto). A alta, segundo a pasta, no entanto, está dentro do esperado para o período.

“Conforme dados enviados pelas Secretarias Estaduais de Saúde, entre as semanas epidemiológicas (SE) 31 e 32 de 2023, foi observado um aumento de 6% no número de casos de Covid-19 notificados, taxa dentro do esperado para essa época do ano, quando aumentam os casos de infecções respiratórias. Ainda é prematuro afirmar que o aumento é causado pela nova variante EG.5”, disse a pasta, em nota.

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Até o momento, foram notificados quatro casos da nova variante EG.5 no Brasil: dois em São Paulo, um no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro.

O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da doença. “Mantém-se a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus”. 

A pasta ainda destacou que toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo em pessoas dos grupos de risco.

Aumento de casos

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade dos testes de Covid-19 passou de 6,3%, na semana de 27 de julho a 4 de agosto, para 13,8%, na semana de 12 a 18 de agosto. A entidade utiliza dados de empresas privadas que representam 65% do volume de exames realizados pela saúde suplementar no país.

Segundo o Instituto Todos Pela Saúde, que usa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin, a taxa de resultados positivos para SARS-CoV-2 (Covid-19) dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. Os percentuais mais elevados foram observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). 

Para o virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, Anderson Fernandes de Brito, a alta dos resultados positivos pode estar ligada a chegada da nova variante no Brasil. 

“Quando a gente olha, por exemplo, para dados de países que estão ainda mantendo volumes maiores de sequenciamento [genômico das variantes] como os Estados Unidos, por exemplo, a gente observa que a variante EG.5 tem aumentado de frequência de semana após semana”, destaca Brito. 

“Existe um certo atraso entre coletar uma amostra e isso se tornar um genoma [no Brasil]. E esse atraso, às vezes, ele pode levar semanas, duas, três, quatro semanas. Isso é um padrão muito comum. Então vai levar um tempo para que a gente observar que essa variante está aumentando em frequência [também no Brasil]”, acrescentou.

O virologista destacou que a vacinação contra a Covid-19 é a melhor maneira de se proteger da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a recomendação para que todas as pessoas tomem a vacina bivalente contra a Covid-19. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado”, alertou.

O secretário fez apelo à população para que compareça hoje (2) aos postos de saúde no Dia D de Multivacinação. “Nós estamos convocando todas as crianças que ainda não tomaram as doses da vacina no período adequado que compareçam às unidades de saúde para completar a caderneta de vacinação. A população deve aproveitar também para tomar a vacina bivalente, principalmente às pessoas acima de 60 anos para reforçar a imunização contra a Covid-19”, avaliou.

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Subvariante da Ômicron

A cidade do Rio de Janeiro teve o primeiro registro da nova linhagem da subvariante da Ômicron, conhecida como Éris ou EG.5.11(23). O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) na noite da última quarta-feira, (30), após confirmação pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, de 46 anos, não foi imunizado com a dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

Casos importados

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou que os dois casos mais recentes, provavelmente foram de pessoas que contraíram a doença fora do Rio. Os casos envolvem uma paciente do sexo feminino, de 34 anos, e um bebê do sexo masculino, de um ano de idade. Os dois são da mesma família e iniciaram os sintomas da doença, na segunda semana de agosto, nos dias 10 e 11. Eles apresentaram febre e sintomas respiratórios, uma semana após retornarem da Chapada dos Veadeiros (GO). Os sintomas apareceram inicialmente em um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em nota, a UFRJ informou que “o histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para infecção importada, seguida de infecção intradomiciliar”. Os dois passam bem.

O Brasil confirmou na quarta-feira (30) mais dois casos da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. No Rio, o paciente não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local desse tipo de linhagem. No Distrito Federal, uma criança com menos de 2 anos recebeu a confirmação. Ela ficou internada, mas já recebeu alta médica.

Atualmente, esse é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou infecções por essa nova cepa em mais de 50 países. O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto em São Paulo.

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Rio de Janeiro aponta transmissão local da variante Éris

Na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante da Ômicron na cidade, atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais os sintomas.

"Ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem", afirma a secretaria do Rio.

Ainda de acordo com a pasta, o paciente não havia tomado a dose de reforço da bivalente contra Covid-19, o que reforça a recomendação da secretaria para que todas as pessoas maiores de 12 anos realizem a imunização, que mantém a proteção contra casos graves da doença.

"É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço", alerta a secretaria.

No Rio, as vacinas estão disponíveis nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.

No Distrito Federal, criança com menos de 2 anos recebeu diagnóstico

O Distrito Federal também detectou pela primeira vez a presença da nova subvariante da Ômicron. A paciente é uma bebê com menos de 2 anos que foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em 11 de agosto. Com sintomas respiratórios, a criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14.

"Ao todo, a Secretaria de Saúde analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, porém, somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante", disse a pasta, em nota.

Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero Martins, não há motivos para a população se preocupar, no momento. "Estamos atentos a questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, uma subvariante por meio das unidades sentinelas e do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal)", disse ele.

Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população, ainda de acordo com Martins.

Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os causados pela Ômicron original:

Febre

Dor de cabeça

Dor no corpo

Dor de garganta

Nariz escorrendo

Confirmação do primeiro caso no Brasil

O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto, em São Paulo. Uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, residente na zona sul da capital paulista, recebeu o diagnóstico.

Os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça começaram em 30 de julho, sendo que ela fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. A mulher chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na ocasião, a paciente tinha o esquema completo de vacina contra a Covid-19 monovalente e ainda não havia se vacinado com a dose de reforço bivalente.

Importância da vacinação

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à Covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

Mais pessoas testaram positivo para Covid-19 em agosto, mostra análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). A taxa de positividade dos testes dobrou em relação a julho, passando de 7% para 15,3%.

No último dia 17, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já é dominante nos Estados Unidos. De acordo com a pasta, a vacinação em dia continua sendo o principal método de combate ao vírus.

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Segundo o ITpS, os porcentuais mais elevados de positividade são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). As análises foram feitas baseadas em dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.

Nos Estados analisados, Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%) são os que apresentam as maiores taxas de positividade para a doença. Em seguida, estão Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%).

"O maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%", afirma o instituto.

Em agosto, a nova variante do coronavírus, Éris, foi identificada pela primeira vez no Brasil. O primeiro caso foi confirmado no dia 17, em São Paulo, mas especialistas acreditam que ela já estava circulando no País antes. Por causa do baixo índice de testagem, ela provavelmente só não tinha sido encontrada ainda pelos laboratórios.

Quais os cuidados contra Covid recomendados por autoridades neste momento?

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, apesar do alerta da OMS sobre a circulação da subvariante, não há indicação para recomendar o uso de máscara para toda a população. Segundo ela, a pasta monitora e avalia as evidências científicas mais atuais em níveis internacionais e o cenário epidemiológico da Covid-19. A recomendação continua sendo que a população mantenha a vacinação em dia.

"No atual contexto, as orientações continuam as mesmas. A vacinação é a melhor medida de combate à Covid-19, com a atualização das doses de reforço para prevenção da doença, sobretudo para os grupos de risco, idosos e crianças. Tomar a dose adicional, preferencialmente as vacinas polivalentes, que o ministério colocou à disposição da população", enfatiza Ethel.

Segundo dados do "vacinometro" do Ministério da Saúde, menos da metade dos brasileiros tomaram dose de reforço da vacina contra Covid-19 até esta quarta-feira, 30 de agosto. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, só 105 milhões compareceram aos postos de saúde para o reforçar a imunização contra a doença.

Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo emitiu um alerta dizendo que menos de 20% dos adultos que residem na capital tomaram a nova dose bivalente. A pasta promoveu campanhas em terminais do Metrô e da CPTM para tentar aumentar a adesão dos cidadãos.

Desde o fim da emergência, decretada pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. O mesmo vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Confira como está funcionando o esquema vacinal contra covid-19 hoje:

- Crianças de 6 meses a 2 anos de idade: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3);

- Crianças de 3 a 4 anos de idade: esquema básico iniciado com Pfizer Baby são 3 aplicações de Pfizer Baby (D1 + D2 + D3). Esquema básico iniciado com Coronavac são 2 aplicações (D1 + D2). Depois das doses do esquema básico, todas devem tomar uma dose de reforço;

- Crianças de 5 a 11 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço;

- Adolescentes de 12 a 17 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, mais uma dose de reforço;

- Adultos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço com Pfizer Bivalente;

- Idosos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de Reforço com Pfizer Bivalente;

- Pessoas imunossuprimidas com 5 anos ou mais: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço comum para crianças de 5 a 11 anos ou uma dose de reforço com Pfizer Bivalente para pessoas com 12 anos ou mais.

A China não mais exigirá que os turistas que cheguem ao país tenham um teste negativo de Covid-19, a partir da quarta-feira (30). Trata-se de um marco para o fim das restrições contra o vírus, impostas no país desde o início de 2020.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin anunciou a mudança na política, em briefing nesta segunda-feira (28). Fonte: Associated Press.

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A Coreia do Norte deu mais um passo na suspensão do seu rígido confinamento devido à Covid-19, permitindo que os seus cidadãos no exterior voltem ao país, informou a mídia estatal neste domingo (27).

A agência estatal KCNA publicou que a sede estatal de Prevenção de Emergências determinou que “os cidadãos no exterior foram autorizados a voltar para casa”.

“Aqueles que regressarem ficarão sob a devida observação médica em locais de quarentena durante uma semana”, acrescentou. Especificou que a decisão foi tomada “em relação ao alívio global da situação pandêmica”.

A Coreia do Norte fechou as suas fronteiras no início de 2020 em resposta à pandemia do coronavírus, impedindo até a entrada dos seus próprios cidadãos.

As mudanças indicam que a Coreia do Norte modificará a sua rigorosa política anticovid para suspender gradualmente as medidas de quarentena, disse à AFP Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong.

“Com o último anúncio, espera-se um retorno em grande escala dos norte-coreanos por terra”, acrescentou. Pyongyang começou gradualmente a mostrar sinais de suspensão das restrições sanitárias.

- Primeiras aberturas -

Em julho, autoridades chinesas e russas participaram de uma parada militar em Pyongyang, tornando-se os primeiros dignitários estrangeiros a visitar o país em anos.

Na semana passada, uma delegação de atletas norte-coreanos participou de uma competição de taekwondo no Cazaquistão, enquanto a companhia aérea estatal Air Koryo realizou o seu primeiro voo comercial internacional em três anos.

O voo chegou ao aeroporto de Pequim na manhã de terça-feira e jornalistas da AFP observaram dois norte-coreanos, reconhecíveis por usarem distintivos com os rostos dos ex-líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, passando pelo portão de desembarque.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse ter autorizado a retomada dos voos comerciais entre Pequim e Pyongyang.

"Durante a temporada de viagens de verão e outono (...) o lado chinês aprovou planos para voos de passageiros, como as rotas Pyongyang-Pequim e Pequim-Pyongyang da Air Koryo", disse o ministério chinês na segunda-feira.

No entanto, os analistas esclarecem que o governo norte-coreano ainda não está pronto para abrir totalmente as suas fronteiras.

“Primeiro, os norte-coreanos não foram vacinados”, disse Cho Hanbum, pesquisador do Instituto Coreia para a Unificação Nacional.

Ele acrescentou que Pyongyang pode estar assustada com o “colapso” do sistema médico chinês após a sua decisão repentina, em dezembro, de pôr fim à sua política de Covid Zero, que manteve durante três anos.

A China registrou um aumento maciço nas hospitalizações e mortes que, segundo alguns especialistas, teriam deixado cerca de 2 milhões de mortos nas semanas seguintes à suspensão da Covid Zero.

O sistema de saúde norte-coreano é um dos mais deficientes do mundo e carece de vacinas contra a covid, de tratamentos antivirais ou de capacidade para realizar testes em massa.

O Brasil confirmou o primeiro caso da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde.

Conforme a pasta, a notificação veio do Estado de São Paulo na noite desta quinta-feira (17). Trata-se de uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, que reside na capital paulista. Atualmente, este é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos desta nova cepa em ao menos 51 países.

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De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. "A informação é de que a senhora está com o esquema vacinal completo", afirma o ministério.

Apesar da confirmação, o ministério reforça que a situação permanece estável no País e afirma que monitora permanentemente o cenário epidemiológico da doença.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), a paciente chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na quinta-feira, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) recebeu a confirmação do primeiro caso da nova cepa EG.5, por meio do laboratório de hospital privado da capital paulista.

A secretaria estadual afirma ainda que a confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. "A pasta mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A investigação epidemiológica será realizada pela vigilância municipal", disse em nota.

"Monitoramos e avaliamos permanentemente as evidências científicas mais atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da covid-19. A pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS sobre o cenário internacional", ressaltou em nota o Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o ministério, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Antes da confirmação do primeiro caso no Brasil, na manhã de quinta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já havia feito alerta sobre a variante. A SBI recomendou o uso de máscaras pela população de risco, como idosos, gestantes e imunodeprimidos, em ambientes fechados.

A cepa possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos) comparada às demais.

A farmacêutica Moderna anunciou hoje que dados de estudos clínicos preliminares sugerem que sua vacina mais atualizada contra a covid-19 é eficiente contra as novas variantes do vírus. A empresa espera que as doses estejam disponíveis nos Estados Unidos dentro das próximas semanas.

O imunizante mostrou impulsionar significativamente os anticorpos neutralizadores da variante Eris (EG.5) e da Fornax (FL 1.5.1), disse a Moderna em comunicado à imprensa.

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A vacina em questão é a versão atualizada para a temporada de vacinação do outono (no hemisfério norte) e ainda não foi aprovada nos Estados Unidos.

A ação da companhia subiu 7,40% no mercado à vista e avançava 0,62% nos after hours em Nova York, às 18h. A valorização das fabricantes de vacina na bolsa ocorre à medida que crescem os casos de infecção pelas novas variantes.

Uma nova cepa do vírus da Covid-19 tem chamado a atenção nas últimas semanas. Conhecida popularmente por Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, atualmente o tipo mais comum no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos dessa cepa em 51 países, mas a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informa que "não houve modificação no cenário de casos notificados de Covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil".

Com base nos dados registrados no País, a SBI declarou que não há necessidade de mudança nas recomendações vigentes. Especialistas também têm ressaltado que não há motivos para alarmismo, mas apontam para a importância de as pessoas estarem atentas à cobertura vacinal. Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar protegido é fundamental.

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"Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron - não especificamente sobre a Éris - que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação", sustenta a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise Covid-19.

Quais são os sintomas da variante Éris?

Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.

UFRJ voltou a adotar recomendação de máscaras

Devido às notícias sobre a Éris, muitas pessoas e até mesmo instituições decidiram retomar o uso de máscaras. No Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu comunicado na quarta-feira, 16, recomendando o uso da proteção em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências. Nesta quinta-feira, 16, porém, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou em uma rede social que a prefeitura da cidade "é contrária a essa medida".

Sobre isso, Mellanie Fontes-Dutra lembra que as máscaras ajudam a evitar os riscos de exposição ao vírus. "Com o arrefecimento do número de hospitalizações da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar, mas isso não muda o fato de que elas seguem eficazes", pondera.

Qual o risco em outros países?

Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a Éris já é a cepa dominante. Nos EUA, as autoridades de saúde pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula. O imunizante é voltado para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.

Vale lembrar que, ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a covid-19 persiste: segundos dados da própria organização, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.

A primeira audiência em um tribunal de Hamburgo sobre as demandas apresentadas na Alemanha por pessoas vacinadas contra a Covid-19 que alegam sofrer efeitos colaterais foi adiada nesta segunda-feira (12), após um recurso dos denunciantes para que o caso sejam examinado por vários magistrados.

O caso é muito complexo. As vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas em poucos meses, salvaram vidas, mas alguns afirmam que prejudicaram sua saúde.

O processo deveria começar nesta segunda-feira com uma audiência de várias horas, mas o início do julgamento foi adiado no último minuto por um recurso da parte denunciante, que questionou a imparcialidade do juiz e pediu que o caso seja analisado por um painel de magistrados.

"A imparcialidade do juiz foi questionada pelos advogados dos demandantes", anunciou o porta-voz do tribunal.

Os advogados solicitaram que o julgamento seja presidido por um painel de magistrados especializados em temas de saúde, e não por um único juiz, o que permitiria a presença de pessoas "realmente especializadas", declarou Marco Rogert, um dos advogados.

Uma audiência acontecerá nos próximos dias e o tribunal decidirá a forma do processo, informou o advogado.

A campanha de vacinação contra a covid teve uma dimensão inédita, com o objetivo de lutar contra uma pandemia letal que provocou o confinamento de milhões de pessoas e paralisou a economia mundial.

O laboratório alemão BioNtech desenvolveu em parceria com a americana Pfizer uma das principais vacinas contra a covid.

De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), as vacinas ajudaram a evitar quase 20 milhões de mortes.

Apesar disso, centenas de ações foram iniciadas na Alemanha para buscar o reconhecimento de um nexo causal entre as vacinas e o desenvolvimento de patologias médicas.

Uma demandante afirma que sofre efeitos como "dor na parte superior do corpo, inchaço nas extremidades, exaustão, fadiga e distúrbios do sono" desde que recebeu a vacina Pfizer-BioNtech, de acordo com o tribunal.

Muitos problemas "nefastos para o trabalho" desta médica, funcionária de um hospital, "que não consegue trabalhar a mesma quantidade de horas que antes", afirmou à AFP o advogado Tobias Ulbrich.

Ela pede pelo menos 150.000 euros de indenização.

Mais audiências devem acontecer nos próximos meses, de acordo com a advogado, que afirma representar 250 demandantes, "todos com boa saúde" antes de sofrer sintomas que atribuem à vacinação.

"Os sintomas são muito diferentes: vão de trombose a doenças cardíacas", resumiu Joachim Cäsar-Preller, outro advogado alemão que representa 140 clientes com casos similares.

Das 192 milhões de vacinas aplicadas na Alemanha, o instituto científico Paul Ehrlich recebeu 338.857 relatos de supostos efeitos colaterais, incluindo 54.879 considerados graves.

O laboratório BioNtech explica que, até o momento, "nenhuma relação causal foi comprovada entre os problemas de saúde descritos e a vacinação nos casos examinados".

BioNtech conquistou fama mundial com sua parceria com a Pfizer para fabricar uma vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19, da qual milhões de doses foram vendidas.

A tecnologia inovadora e a rapidez da homologação do fármaco, devido à emergência de saúde, geraram uma onda de ceticismo e de desinformação sobre a vacina, com questionamentos sobre sua segurança.

- "Longo caminho" -

A comunidade médica na Alemanha leva a sério a existência de sintomas pós-vacina, e muitos hospitais têm consultas dedicadas a tais casos.

Além da via jurídica, recursos administrativos estão previstos em casos de complicações com a vacinação.

Mais de 8.000 demandas do tipo foram apresentadas até meados de abril, e 335 foram aceitas, segundo a imprensa alemã.

Os procedimentos judiciais para estabelecer uma relação causal com as vacinas será um "longo caminho, repleto de armadilhas", reconheceu o advogado Cäsar-Preller.

De acordo com a lei, para estabelecer a responsabilidade dos fabricantes, os efeitos colaterais devem superar um "nível justificável, de acordo com conhecimento da ciência médica".

O dano deve ser suficientemente "grave" para ser levado em consideração, explicou Anatol Dutta, professor de Direito da Universidade de Munique.

A demandante Kathrin K., de 45 anos, considera que seus sintomas entram nesta categoria. Ela declarou à AFP que perdeu "25 quilos em 10 dias" depois da injeção e que passou por várias operações no intestino.

"Eu odeio quando as pessoas dizem que sou um caso isolado. Eu não sou", afirmou.

A Justiça de São Paulo mandou notificar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de mais uma multa por não usar máscara na pandemia. Desta vez, a cobrança é referente ao ato realizado na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro de 2021.

Em discurso aos apoiadores, Bolsonaro criticou prefeitos e governadores por medidas restritivas no combate à pandemia.

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O auto de infração afirma que o ex-presidente não respeitou a "exigência do uso obrigatório de máscara de proteção facial nos espaços de acesso aberto ao público, vias públicas, incluindo as áreas de uso comum da população".

Bolsonaro foi multado em R$ 376,8 mil. O caso está na Vara das Execuções Fiscais Estaduais, que pediu manifestação do ex-presidente.

Redução

Nesta semana, a Justiça de São Paulo reduziu outra multa imposta ao ex-presidente por deixar de usar máscara. A punição envolve uma visita a Iporanga, no Vale do Ribeira, em agosto de 2021. Ele circulou pela cidade e cumprimentou apoiadores sem o equipamento, violando as regras sanitárias vigentes no auge da pandemia.

A multa, aplicada pelo Governo de São Paulo, foi de R$ 43,6 mil. Bolsonaro entrou com recurso. O ex-presidente argumentou que o valor foi "desproporcional" e que ele não foi informado sobre a infração.

A juíza Nandra Martins da Silva Machado, da 4ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital, reduziu a multa em quase dez vezes e passou o valor para R$ 524,59.

Inicialmente, Bolsonaro foi enquadrado no Código Sanitário do Estado de São Paulo. A juíza, no entanto, afirmou que havia uma resolução específica publicada pela Secretaria de Saúde na pandemia, que previa a multa de R$ 524,59 para a "população em geral" que deixasse de usar máscara em lugares públicos.

"Havendo duas normas prevendo duas penalidades distintas para uma mesma infração sanitária - transeunte que na~o usa máscara de proteção facial - prevalece a da Resolução, pelo valor inferior que previu", decidiu a juíza.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com covid-19 na última quinta-feira, 18. A parlamentar está internada no DF Star, em Brasília, desde a última segunda-feira, 15. A assessoria de Zambelli informou que ela não se vacinou contra o coronavírus por "recomendação médica" e que teria se contaminado durante viagem à Coreia do Sul.

Zambelli foi hospitalizada ao se sentir mal depois de voltar do país asiático. A assessoria da deputada afirma que ela não apresenta sintomas de covid, mas continuará no hospital para fazer mais exames. Em live divulgada em rede social, neste sábado, 20, Zambelli disse que estava em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que "ainda não se sabe muito bem qual a causa" do mal-estar. A deputada, contudo, não mencionou o diagnóstico de covid no pronunciamento.

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Ela afirmou que deve permanecer hospitalizada até a próxima segunda ou terça-feira e, depois, continuar o tratamento em São Paulo. A parlamentar disse ainda que negociará sua participação à distância em votações da Câmara dos Deputados.

No vídeo, a parlamentar diz sofrer há anos com problemas de saúde. Ela conta ter fibromialgia - uma síndrome que afeta a musculatura e causa dor e sensibilidade no corpo - e síndrome de Ehlers-Danos - doença do tecido conjuntivo que torna a pele elástica e afeta as articulações. Zambelli relata ainda ter feito um tratamento na Coreia do Sul para circulação e fazer uso de ozônio, parte de uma terapia experimental sem comprovação científica. A assessoria da deputada acrescentou que ela estava fazendo tratamento de úlcera gástrica antes de ser internada.

A assessoria do DF Star informou não ter boletim médico da deputada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, teve alta hospitalar neste sábado, 20, e continuará a se recuperar em casa, segundo informações divulgadas pela Suprema Corte. Toffoli havia sido internado na quarta-feira, 17, no Hospital DF Star, em Brasília, com o diagnóstico de covid-19.

Essa não é a primeira vez que o ministro contrai o vírus. Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira, 17, após um diagnóstico positivo para covid-19.

De acordo com sua assessoria, o ministro está bem e é tratado com antiviral e medicamentos sintomáticos (dirigidos a cada sintoma, como antitérmicos). Não há previsão de alta. Essa não é a primeira vez que o Dias Toffoli contrai o vírus.

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Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar, do Vila Nova Star.

A primeira fase de testes clínicos da vacina SpiN-Tec contra a Covid-19 tem apresentado resultados positivos. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é a primeira vacina 100% nacional, por não depender de transferência de tecnologia ou de importação. Dados preliminares indicam que ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários e tem potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus causador da doença. 

Depois de passar pela fase pré-clínica, quando os testes realizados em animais de laboratório não apresentaram efeitos colaterais, a fase clínica 1 começou em novembro do ano passado. Até março deste ano, a vacina foi aplicada em 36 pessoas, com idade entre 18 e 54 anos. Os dados estão em análise pelos pesquisadores e devem ser apresentados ainda neste mês para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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A expectativa é que a fase clínica 2 comece no início de junho com 372 voluntários entre 18 e 85 anos. Eles precisam ter sido vacinados com duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca, e uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina bivalente não pode participar dessa fase. Ter tido Covid-19 não é um impeditivo, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses. Na fase 2, o foco dos testes é na imunogenicidade, ou seja, verificar o nível de anticorpos gerados e a resposta dos linfócitos na proteção do organismo.  

A informações são de Helton Santiago, coordenador dos testes clínicos da vacina e professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Ele explica que, ao contrário do que ocorreu nos testes das primeiras vacinas contra a Covid-19, desta vez o objetivo é testar a eficácia da SpiN-Tec como dose de reforço. 

“Seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose. A estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço. O nosso tem o diferencial de focar na imunidade celular. Quando os anticorpos neutralizantes falham, é a imunidade celular que segura a infecção e a deixa leve. Então, a gente acredita que essa vacina vai ser ideal para proteger contra novas variantes. Enquanto outras vão perder a eficácia, a nossa não deixa as variantes escaparem da imunidade”. 

Etapas seguintes

O cronograma prevê o início da fase 3 em dezembro deste ano ou em janeiro de 2024. Até o início de 2025 a vacina pode estar disponível para a população. Os testes contam com investimentos de diferentes fontes: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

Helton Santiago reforça que é preciso ter paciência com possíveis ajustes de datas. Por ser a primeira vez que se produz uma vacina do tipo no Brasil, os testes estão mais sujeitos aos imprevistos e empecilhos da falta de experiência prévia. 

“Nós estamos aprendendo sobre o que é necessário para tirar uma vacina da pesquisa básica e levar para a pesquisa clínica. E estamos enfrentando vários gargalos da ciência brasileira e resolvendo da melhor forma possível. Então, muitas vezes, a gente faz um planejamento de cronograma e enfrenta situações que às vezes nem sabia que existiam”, explica Helton. “Não estão faltando recursos para a caminhada. Os entraves são realmente técnicos. Precisamos criar estruturas, criar ensaios, criar know-how para vencer várias etapas que o Brasil não tinha a expertise necessária”. 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi internada na sexta-feira passada (5) em um hospital de São Paulo após testar positivo para a Covid-19.

A paciente "continua sob cuidados médicos e sua condição clínica mantém-se estável e com boa evolução", informou o boletim divulgado na tarde de domingo (7) pelo Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo.

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A ministra testou positivo após ter feito uma viagem à Terra Indígena Yanomami, no estado amazônico de Roraima, junto com suas colegas Sônia Guajajara, titular da pasta dos Povos Indígenas, e Nísia Trindade, da Saúde.

Marina Silva, de 65 anos, é acompanhada por uma equipe formada por cardiologista, infectologista e pneumologista, informou o centro médico.

Em comunicado divulgado no sábado (6) nas redes sociais, Marina afirmou estar recebendo atendimento médico adequado e que os sintomas que apresentava estavam sob controle.

Além disso, recomendou a todos que estiveram com ela em Roraima que realizassem o teste para o coronavírus.

Da Ansa

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