Cinemateca Pernambucana promove Mostra Ciclo do Recife
Serão exibidos filmes que contam os primórdios do cinema feito em Pernambuco
Quem quiser conhecer mais sobre o Ciclo do Recife (1923-1931), pode acessar a mostra que a Cinemateca Pernambucana disponibiliza de forma gratuita no seu portal on-line. São cinco filmes do ciclo, quatro documentários e uma ficção sobre um dos mais importantes períodos do cinema pernambucano. "A ideia dessas mostras que estamos montando a partir do nosso acervo é de levar ao público um maior conhecimento sobre a história, riqueza e diversidade do cinema produzido em Pernambuco", explica Ana Farache, Coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco.
Para ela, é gratificante poder oferecer filmes de qualidade e que contam os primórdios do cinema feito no Estado, para as pessoas assistirem na segurança de casa, durante este período duro da pandemia pela Covid-19. A programação da mostra conta com dois clássicos completos, Aitaré da Praia (1925) e A Filha do Advogado (1926), além de Retribuição (1924), Jurando Vingar (1925) e Revezes (1927), com versões incompletas, já que não existem mais a versão original toda recuperada.
A seleção disponibiliza ainda quatro documentários com depoimentos e histórias do Ciclo, além de uma ficção poética sobre o período.
O Ciclo do Recife
O ourives Edson Chagas, o gravador Gentil Roiz e o estudante de engenharia Luís de França Rosa (que adotaria o nome artístico de Ary Severo), fãs do cinema americano, se conhecem e fundam a Aurora Film, na rua de São João, 485, no bairro de São José. Nascia então, em 1923, o Ciclo do Recife que produziria treze longas. O Ciclo acaba em 1931 com a chegada do cinema falado, com os filmes americanos de som sincrônico, técnica ainda não dominada pelos realizadores pernambucanos na época.
Da assessoria