Curta 'Salve o Ralph' alerta sobre testes em animais

Produção tem Rodrigo Santoro na dublagem e alavanca campanha na internet

por ter, 27/04/2021 - 17:48
Divulgação / Blue Togue Films Cena do curta "Salve o Ralph" (2021) Divulgação / Blue Togue Films

Disponibilizado este mês no YouTube, o curta-metragem "Salve o Ralph" tem feito público refletir sobre o uso de animais em testes na indústria. A produção em stop motion mostra, como em um documentáro, a rotina de um coelho que serve de cobaia para a fabricação de produtos de beleza. O animal emociona ao afirmar que tem como propóstio de vida ajudar os seres humanos. Veja:

O ator Rodrigo Santoro dubla o personagem Ralph no curta. O coelho está sendo entrevistado e, ao relatar a rotina como cobaia, aparece cego de um olho, surdo de um ouvido e com queimaduras nas costas, por causa da exposição às substâncias químicas no laboratório. O personagem conta que toda a família dele passou por esse processo, a fim de chegar nos melhores resultados para a fabricação de cosméticos aos humanos. O tom utilizado no vídeo e a reação do coelho trazem à tona uma mensagem de conscientização ao telespectador.

A produção faz parte da campanha global para banir testes em animais durante a fabricação de produtos, criada pela instituição The Humane Society Of The United States, desde 1991. Além de Santoro, inúmeros cineastas participaram do curta em prol da causa ambientalista, como Taika Waititi, conhecido por "Thor: Ragnarok" (2017) e "Jojo Rabbit" (2019), que dá voz a Ralph em inglês. Denis Villeneuve, Olivia Munn, Ricky Gervais, Tricia Helfer e Zac Efron também participaram no processo de dublagem do stop motion.

De acordo com o diretor do curta, Spencer Susser, o impacto que a história de Ralph tem sobre os espectadores é importante para expressar o contexto real de animais que sofrem como cobaias todos os dias. Além da temática, o cineasta usa de artifícios cinematográficos para gerar mais impacto, como a ausência de trilha sonora, a narrativa que se apresenta por meio do personagem e a banalização dos maus tratos pelas indústrias de cosméticos.

Por Thaiza Mikaella

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