Chorando, Juliana Caldas critica filme de Leandro Hassum

Atriz se emocionou ao falar do longa da Netflix ‘Amor Sem Medidas’, estrelado por Leandro Hassum, que aborda o nanismo de forma cômica

por Paula Brasileiro sex, 03/12/2021 - 10:18

Às vésperas do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a atriz Juliana Caldas teceu duras críticas ao filme da Netflix 'Amor sem medidas', protagonizado por Leandro Hassum e Juliana Paes. Chorando, a artista disse não ter se sentido “representada” pela trama que aborda o nanismo e chamou as piadas contidas no roteiro de “capacitistas” e “ridículas”.

Juliana Caldas ficou bastante conhecida pelo grande público ao interpretar Estela, na novela ‘O Outro Lado do Paraíso”, uma jovem que era maltratada pela mãe por ser anã. No Instagram, a atriz publicou um vídeo falando sobre a nova produção da Netflix, estrelada por Hassum, e chorou a classificar o longa como “capacitista”.

Segundo Juliana, a produção aborda o nanismo de forma pejorativa e depreciativa, trazendo muitas piadas preconceituosas. Além disso, o personagem principal da história, interpretado por Leandro Hassum, foi vivido por um ator que não é portador de nanismo, o que exigiu o uso de computação gráfica para que o artista aparecesse na tela como se o fosse. “A gente fala tanto da importância da representatividade no mundo só que, tô aqui dando minha opinião como pessoa e como artista. Eu não me senti em nenhum momento do filme representada, primeiro porque a pessoa que faz o personagem que tem nanismo não é uma pessoa que tem nanismo, e depois, a maior parte do filme tem piadas capacitistas e não dá pra aceitar isso”.

A atriz disse ainda que não conseguiu ver o filme completo e chorou ao afirmar que o nanismo “não é levado a sério”. Ela também cobrou mais empatia das pessoas e mencionou o ‘Dia Internacional da Pessoa com Deficiência’ para justificar a importância de seu apelo. “Quando a gente fala, aborda no humor, sobre o nanismo a maior parte das vezes é nessa forma de piada e totalmente capacitistas e preconceituosas. não dá mais pra aceitar hoje um filme que faz você sentar e rir disso, rir dos outros, rir da condição do outro, da deficiência. Não dá pra passar batido a falta de respeito com o próximo”. 

 

COMENTÁRIOS dos leitores