Pepita sobre resistência: 'Travesti é um ato político'
Torcendo para a amiga Linn da Quebrada, no BBB 22, a funkeira disse ter sentido orgulho ao vê-la dizer no reality que é travesti
Priscila Nogueira, mais conhecida como Pepita, uma das primeiras funkeiras travestis do Brasil, está vibrando com a participação da amiga, a também cantora e travesti Linn da Quebrada, no BBB 22. Torcedora declarada, a carioca diz ter sentido muito orgulho da ‘mana’ e que é importante ter espaços como esse para que artistas trans possam mostrar seu talento.
Em entrevista ao jornal O Globo, Pepita falou sobre a satisfação de ver Linn afirmando ser travesti dentro do reality e frisou a importância de tal atitude. “Fiquei muito orgulhosa da minha mana gritar dentro do reality que é travesti. Essa palavra é um grito de liberdade, é um ato político. Quer dizer: ‘esse lugar é meu e eu mereço respeito’. O problema é ser chamada de ‘travecão’, ‘viadão’, ‘O travesti’. Não aguento quando as pessoas dizem que é ‘mimimi’. A gente sente essa dor na pele, então por que não podemos falar sobre isso?”.
Pepita, que além de cantora é apresentadora, escritora, empresária e um dos ícones na luta pela representatividade da luta LGBTQIA+, disse também que é importante ter espaços como o do reality para que artistas trans mostrem seu talento e que está torcendo para que a amiga chegue longe no jogo. “É cansativo ter que ensinar as pessoas. Tem dias que eu sinto que tenho que andar blindada. A Linn entrou blindada, mas teve um dia que não aguentou e chegou a chorar. Torço muito para que ela consiga permanecer forte”.