Galo da Madrugada: uma saudade que dura dois anos
Divisor de águas na cultura pernambucana, o bloco continua gigante nas lembranças dos seus foliões
Pernambuco está com as ruas das suas cidades vazias. Pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia da Covid-19, as celebrações do Carnaval entraram para o livro da nostalgia. As pessoas que são fãs da festa de Momo estariam, nesse momento, brincando pelas ladeiras de Olinda, pulando junto aos Papangus de Bezerros ou até mesmo encarando, com prazer, o calor do Galo da Madrugada.
Idealizado por Enéas Freire, na década de 1970, o Galo tornou-se um grande divisor de águas na cultura pernambucana. Sua magia, ao longo dos seus 44 anos, brilhou com maestria pelas principais ruas do Recife, chegando a entrar no Guinness Book como o maior bloco carnavalesco do mundo. Passando a reunir mais de 1 milhão de foliões, a agremiação fez muita gente se emocionar em todo o seu percurso.
Tradição em meio à folia, o desfile passa a ser exaltado por hora apenas pela caixinha das lembranças. O futuro que envolve o rumo da pandemia ainda é uma grande incógnita, mas a certeza de que dias melhores virão aquece o coração de quem deseja voltar a pular, com bastante animação o majestoso, o icônico Galo da Madrugada. Até tudo se normalizar, resta exaltar e fortalecer a sua história.