Após seis anos, Carlinhos Bala voltou a ser titular com a camisa do Santa Cruz, vestindo a camisa 11, que o consagrou pelo tricolor em 2005. A reestreia foi justamente em um clássico, contra o Náutico, clube que ele defendeu por duas vezes (2001 e 2010). Ele, que se denomina Rei de Pernambuco, não teve uma atuação de gala, mas foi importante em vários lances.

“Jogamos como um time de guerreiros, como diz a torcida. E só não ganhamos porque o juiz marcou aquele pênalti. Tem que voltar para a geladeira. Quero ver quando ele (Emerson Sobral) for encostar a cabeça no travesseiro quando for dormir”, disse Bala, revoltado.

Porém, antes da partida Bala foi bem político. Foi cumprimentar Waldemar Lemos e os jogadores reservas do Náutico, em clima cordial, que muitas vezes não foi seu forte. A torcida alvirrubra não perdoou e assim que ele tocou na bola começou as vaias e os xingamentos. Nada que Bala não estivesse acostumado, por já ter passado pelo trio de ferro pernambucano, passou por situações parecidas.

No começo do jogo ele parecia tímido, aparecendo pouco para o jogo, a não ser em cobranças de falta, mas sem muito perigo. O volante Elicarlos fazia uma marcação individual, o que dificultava a vida do jogador tricolor. A postura tática do Santa Cruz também não ajudava, já que a equipe de Zé Teodoro entrou em campo pensando em marcar.

Só que Bala está acostumado a ser decisivo e foi o que aconteceu aos 12 minutos. Em um lance polêmico, ele recebeu a bola e deu um belo lançamento para Flávio Caça-Rato marcar o gol tricolor e abrir o placar do jogo. Até o fim do primeiro o camisa 11 tricolor apareceu apenas em algumas cobranças de falta e escanteios.

Na segunda etapa Carlinhos Bala também passou longe de ser aquele velho Carlinhos Bala. Mas foi preocupado com ele que Elicarlos acabou fazendo gol contra, após o cruzamento de Luciano Henrique.

No último lance de ataque do Santa Cruz, Bala ganhou na velocidade para Elicarlos, ficou cara a cara com Gideão mas chutou por cima e perdeu sua grande chance no jogo.