Tite renova time, mantém padrão e leva Corinthians ao bi

Com boas peças à disposição, o treinador criou uma concorrência sadia no elenco

dom, 16/12/2012 - 09:50
Mauro Horita/Agip/Estadão Conteúdo Titulares escolhidos por Tite para a final do Mundial de Clubes Mauro Horita/Agip/Estadão Conteúdo

Ao renovar o contrato de Tite no fim do ano passado, o Corinthians exaltava a capacidade do treinador de dar corpo à equipe com as peças disponíveis. Ele já havia tido que remontar o grupo outras vezes, perdendo titulares importantes, e os corintianos não paravam de alçar voos cada vez mais altos. E, para chegar ao título mundial neste domingo (16), teve que novamente remontar o time.

Depois de conquistar a Libertadores, em julho, a equipe titular perdeu o zagueiro Leandro Castán e o meia Alex, que se transferiram, respectivamente, para Roma e Al-Gharafa (Catar). O elenco também ficou sem peças de reposição importantes, como o lateral-esquerdo Ramon, o zagueiro Marquinhos, os atacantes Willian e Liedson, além de jogadores menos utilizados como Elton, Gilsinho e Adriano.

Assim como tinha acontecido outras três vezes, Tite conseguiu remontar a equipe e deixá-la ainda mais forte. Já havia sido assim quando Elias saiu ao fim de 2010, quando o time perdeu Roberto Carlos, Ronaldo e Jucilei, todos titulares, após a eliminação para o Deportes Tolima e também depois das vendas de Dentinho e Bruno César. No total, oito titulares que deixaram o clube em dois anos e, mesmo assim, o Corinthians não parou de se fortalecer.

Mas isso só foi possível graças ao talento de Tite. O treinador definiu há bastante tempo que a formação tática do Corinthians tem quatro defensores, dois volantes (com um deles tendo liberdade de chegar ao ataque), um meia distribuidor de jogadas, dois atacantes abertos pelas pontas e um centroavante.

Foi dentro dessa formação que Tite remontou o Corinthians. Na zaga, foi natural a troca de Leandro Castán por Paulo André, reserva imediato. E Anderson Polga chegou para ser o quarto reserva, com Guilherme Andrade ocupando a lateral esquerda reserva, no lugar de Ramon.

No setor ofensivo, falou mais alto a formação tática do que as peças em si. Prova disso foi a escolha por Jorge Henrique jogar como titular a final deste domingo, enquanto que Douglas começou a semifinal. O meia, aliás, antes era criticado pelo peso e pela passividade, mas ganhou a confiança de Tite para substituir Alex. Na frente, o peruano Guerrero ganhou a posição de titular, deslocando Emerson para jogar mais aberto.

Com boas peças à disposição, o treinador criou uma concorrência sadia no elenco e manteve a dúvida quanto aos titulares até praticamente a véspera da viagem ao Japão. Com Romarinho, o argentino Martínez e Jorge Henrique no banco de reservas na estreia, os titulares sabiam que precisavam dar o máximo de si para não perderem a posição.

O elenco campeão tem os goleiros Cássio, Júlio César e Danilo Fernandes; os laterais Alessandro, Fábio Santos e Guilherme Andrade; os zagueiros Chicão, Wallace, Anderson Polga e Felipe; os volantes Ralf, Paulinho, Edenilson e Willian Arão; os meias Douglas e Danilo; além dos atacantes Martínez, Guerrero, Emerson, Jorge Henrique, Romarinho e Giovanni. Só este último e os dois goleiros reservas foram revelados no clube.

Não foram inscritos no Mundial, mas fazem parte do elenco, os laterais Weldinho, Denner e Chiquinho; o zagueiro Antônio Carlos; os meias Ramírez e Zizao; e o atacante Adilson. O volante Guilherme teria participado da competição, mas a sua inscrição foi vetada pela Fifa porque foi contratado depois da janela de transferências internacionais.

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