Silas é apresentado como treinador do Náutico
Treinador viaja com a equipe para Serra Talhada
O novo técnico do Náutico foi apresentado oficialmente na manhã deste sábado (13), no CT Wilson Campos. O diretor de futebol, Armando Ribeiro, foi o responsável por dar as boas vindas a Silas. “Foi feito todo o esforço para trazê-lo e tivemos êxito graças à boa vontade que ele teve. Nossas conversas foram as melhores possíveis. Ele demonstrou conhecimento, conversou com Gallo e Mancini, pegou informações e vai ter condições de realizar um bom trabalho no Náutico”, disse o dirigente antes de passar a palavra ao treinador.
Entre outras coisas, Silas demonstrou conhecer bem o clube, reafirmou a felicidade em acertar com o Timbu, falou do seu perfil como técnico e ainda disse que quer ser campeão Pernambucano.
“ É uma alegria estar aqui no Náutico. O Gallo me falou maravilhas do grupo e do clube. O Mancini também falou da estrutura. Tudo isso me levou a aceitar o desafio. Dificuldades todo mundo tem. O Ney Franco tem no São Paulo e o Muricy tem no Santos, mas começamos o trabalho com muita alegria”, explicou.
Filosofia de trabalho
Eu sou um cara corajoso. Fui campeão em quase todos os anos. No Qatar, no Grêmio fui semifinalista da Copa do Brasil e campeão gaúcho, último título deles. No Avaí também fui semifinalista. Eles estavam há 30 anos sem jogar a Série A e há 12 sem vencer o Catarinense. Atingimos esses objetivos. Não tenho medo, isso aprendi com um dos melhores treinadores que trabalhei, o Cilinho. A grande virtude do técnico é não ter medo de ser mandado embora. Fico até cinco horas da manhã com um menino do juniores cruzando bola, se eu achar que ele vai ajudar o grupo. Mas não fico dez segundos com um cara que acha que sabe tudo. Essa é minha filosofia de trabalhar.
Família Silas
Primeira medida que vamos implementar é transformar o ambiente de trabalho em uma família. A roupa suja se lava aqui, no vestiário. A gente briga, xinga e se cobra lá dentro, mas para fora não. Elogiar em público e cobrar quando eu estiver com ele. Para que o jogador não seja exposto. Tudo em prol do grupo. Vai jogar quem tiver que jogar, tudo em favor do Náutico.
Elenco
Trabalhei com Vinícius Pacheco no Paraná e no Flamengo. Conheço o Bruno Collaço do Grêmio, lancei o Marcos Paulo no Avaí e trabalhei com o Rogerinho no Fortaleza. Conheço também o Jean Rolt do Qatar, jogamos muitas vezes contra. Temos o Maranhão que está voltando. Mas vamos avaliar todo mundo fisicamente e tecnicamente.
A cara do treinador
É difícil precisar quando o time vai ter a cara do treinador. Primeiro o torcedor precisa saber quem são os 11 titulares. À medida que isso se decidir, vai ficar mais fácil trabalhar. Precisamos colocar cada coisa no seu lugar. Minha ideia é que seja um time organizado em campo.
Jejum de títulos
Eu não sei quem são os jogadores que estão aqui há oito ou nove anos. Talvez Kuki, que está na comissão técnica. Mas é injusto colocar nas costas dos jogadores uma história que não pertence a eles. Esse grupo aqui não tem a ver com isso. O Náutico tem que pensar no hoje e ser campeão agora. Temos que ser melhores que o Santa Cruz, Sport e Ypiranga dentro de campo.
Reforços
Alguns jogadores importantes saíram como o Araújo, Rhayner, Kieza e Souza. É preciso fazer as reposições. Reforços virão, logicamente, mas tudo no seu tempo. Os jogadores daqui começaram bem, temos que retomar e esperar pelas novas incorporações. Dia a dia ajustando e seguindo.
Comissão técnica
Vem comigo o Paulo Pereira, que é meu irmão e está treinando o Guarani-SP. Ele é meu irmão gêmeo e chega na segunda-feira. Tem o Rui Maside, um português que trabalhou comigo no Qatar e vai ser um dos assistentes. O preparador físico é Gustavo, que é primo do Cristian, preparador do Abel. Todos eles vão vir para somar com o grupo que já está aqui. A ideia é não tirar ninguém e sim somar.
Confira a entrevista coletiva completa cedida pelo técnico do Náutico.