Meio-campo povoado contribuiu para o 0x0 no clássico
Vica repetiu o plano tático no 4-5-1 e Lisca variou a formação para o 4-1-4-1
Passou longe de ser um primor de partida. O Clássico das Emoções foi mais de marcação do que ataque. E muito isso se deve às formações de Santa Cruz e Náutico, na quarta-feira (19), no Arruda. Os dois treinadores povoaram o meio-campo: Vica repetiu o plano tático no 4-5-1, assim como fez diante do Guarany de Sobral, e Lisca apostou numa variação deixando o time no 4-1-4-1.
Com o mistério dos técnicos antes da partida, o primeiro tempo foi de estudo e muita marcação. O Náutico só teve criatividade pelas laterais, já que a transição pelo meio era feita de forma lenta. E o Santa Cruz, ainda que tenha conseguido a posse de bola, não teve espaço para criar jogadas. Por vezes, o atacante Cassiano precisou sair da área para buscar o jogo.
O cenário do Clássico das Emoções mudou apenas no segundo tempo, ainda que não tenha havido substituições no início. O Timbu, desta vez, não pensou apenas em marcar e também atacou. Com apenas Elicarlos à frente da defesa, Yuri e Dê tiveram mais liberdade para subir ao ataque e, claro, dar os primeiros combates na saída de bola adversária. Por vezes, os alvirrubros estavam em superioridade numérica no setor ofensivo.
O atacante Hugo teve função importante e foi um dos melhores em campo. Finalizou pouco a gol, na melhor delas acertou a trave de Tiago Cardoso. Mas, foi como pivô que se destacou. Deixou Pedro Carmona e Marcos Vinicius – que contribuiu para a melhora do Náutico na etapa complementar -, com possibilidades de abrir o placar. Chances que pararam nas mãos de Tiago Cardoso.
No Santa Cruz foi difícil achar um atleta que tenha sido acima da média. Por outro lado, os que foram abaixo são fáceis de apontar: Luciano Sorriso e Raul. O primeiro pecou nas saídas de bola e, por pouco, não entregou um gol ao Timbu. Já o armador coral foi nulo na criação das jogadas, aceitou passivamente a marcação e saiu de campo vaiado pela torcida.