FPF culpa futebol do Náutico por menor público no Estadual

Presidente da Federação declarou que público geral deste ano diminuiu pela ausência de alvirrubros nas arquibancadas

por Lívio Angelim sex, 17/04/2015 - 09:05
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Evandro argumenta que problemas técnicos no futebol do Timbu afastou alvirrubros dos jogos Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

“A crise técnica no futebol do Náutico é provavelmente o principal fator para a queda de público e renda no Campeonato Pernambucano deste ano”. Essa foi a explicação dada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho para o maior esvaziamento dos estádios e perda de arrecadação no Hexagonal do Título 2015.

Parece exagero, e pode até ser. Mas o argumento do presidente da FPF tem base. O Náutico é o clube que mais ‘colaborou’ na queda do Campeonato Pernambucano. Se em 2014 o Timbu fechou o Hexagonal do Título com público de 41.203, em 2015 a redução foi drástica. Apenas 22.434 torcedores compareceram aos jogos do Timbu como mandante neste ano, o que computa uma diminuição de 18.769 pessoas nas partidas de futebol da Arena Pernambuco.  

“A crise do Náutico foi técnica. Se o futebol estivesse melhor levaria confiança ao torcedor e teria aumentado o número geral de pessoas nos estádios do Campeonato Pernambucano”, argumenta Evandro Barros Carvalho. A redução, entretanto, não é plenamente culpa do Alvirrubro, já que o déficit de arrecadação e público geral é maior.

Em relação a 2014, o Timbu teve uma queda de R$ 426 mil na arrecadação, enquanto o Pernambucano perdeu apenas R$ 256 mil. Por outro lado, a redução foi de 63.274 no público do Hexagonal do Título, mais de três vezes do que o Náutico foi responsável.

Baseado em um estudo feito pela FPF, Evandro Barros Carvalho associou a queda de público a quatro fatores em ordem de relevância. “Primeiro, a falta de mobilidade no Recife faz com que as pessoas evitem sair de casa. Segundo, a violência urbana, de fator apenas social como assaltos, sequestros... Terceiro, horário dos jogos, que, inevitavelmente, muitas vezes respeitam o padrão do televisionamento e encerram muito tarde, sem metrô e ônibus à disposição. E por último a parte técnica, o futebol em si”.

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