Juntando os cacos após eliminação, Timão deve dispensar

Fora da Libertadores, o clube perde premiações da Conmebol e arrecadações milionárias de bilheteria

sex, 15/05/2015 - 07:10
Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians Com contrato até 15 de julho, Guerrero pediu alto para renovar e deve deixar o clube Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

A eliminação precoce na Copa Libertadores significa uma mudança de rumo no departamento de futebol do Corinthians. Essa é a intenção da diretoria depois da derrota para o Guaraní, do Paraguai. Haverá corte de custos e a saída de alguns jogadores. Os contratos de Guerrero e Emerson terminam em julho e os de Danilo, Ralf e Fábio Santos no final do ano. Atletas que foram contratados no ano passado e que são pouco utilizados, como Petros e Luciano, podem ser negociados.

A folha salarial beira R$ 10 milhões por mês, valor elevado para um clube que vive crise financeira como demonstrou o balanço divulgado em abril. O Corinthians ainda deve direitos de imagem e premiações para o elenco, embora tenha pago nesta quinta-feira uma parte da dívida com os atletas.

Fora da Libertadores, o clube perde premiações da Conmebol e arrecadações milionárias de bilheteria (destinadas ao pagamento do estádio), além da chance de disputar o Mundial de Clubes da Fifa. "Não é que o quadro fica mais apertado. Apertado ele já está. O que se perde (fora da Libertadores) é um valor difícil de mensurar, é uma série de coisas que o torneio traz", afirmou o diretor financeiro Emerson Piovezan.

Segundo ele, a decisão de enxugar o número de jogadores ou a folha salarial fica a cargo do departamento de futebol. "O que eu faço é mostrar a nossa situação financeira e eles trabalham em cima disso".

Em meio a esse quadro, dois dos jogadores mais experientes e de alto salário devem deixar o clube. Um deles é Emerson, cujo contrato termina no dia 31 de julho. O vínculo não será renovado a menos que o atacante aceite uma redução de salário. Ele recebe cerca de R$ 500 mil por mês. O outro é Guerrero. Com contrato que termina em 15 de julho, o peruano pediu alto para renovar. E, sem o dinheiro que poderia ganhar na Libertadores, o clube não terá como pagar o que ele quer.

O presidente Roberto de Andrade evitou cravar uma definição sobre o futuro dos dois atletas. "Quando falo de renovação tem de ver os dois lados, o do atleta e do clube. Os valores têm de ser discutidos. E o caso deles não é diferente".

A situação de outros três jogadores campeões do mundo (Danilo, Ralf e Fábio Santos) deve ser discutida só no final do ano, quando eles ficarão sem contrato. Petros e Luciano, insatisfeitos por estarem jogando pouco, devem ser os primeiros a sair. "Não dá para falar que esse time será mantido. Será se não vier proposta. Se vier, e for boa para o clube e para o jogador, vamos conversar. Isso vale para todos os jogadores", disse o presidente.

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