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Após o anúncio da rescisão de contrato do centroavante Jô, que faltou ao treino do Corinthians após ser flagrado em um pagode, Roberto de Andrade e Alessandro Nunes, diretor e gerente do departamento de futebol do clube, respectivamente, falaram sobre o polêmico episódio nesta sexta-feira, em coletiva de imprensa. Segundo eles, a situação do jogador de 35 anos, dono de longo histórico de indisciplina, chegou a um ponto em que se tornou insustentável.

"Fomos informados pelo vídeo e a única conversa que tivemos com ele foi por telefone. Ontem, os representantes dele vieram ao CT, nós conversamos e mostramos que não tínhamos outra saída se não a rescisão do contrato. A rescisão depende muito mais do atleta do que do clube. Nessa conversa, mostramos que a situação ficou praticamente insustentável pela atitude dele perante ao grupo, torcida e todos. Em comum acordo, decidimos encerrar o contrato e pagar o que devemos, e ele abriu mão do que tem para receber", disse Roberto de Andrade.

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Alessandro, por sua vez, lamentou o desfecho, pois considera que Jô vinha melhorando tecnicamente nas últimas partidas, antes da lesão responsável por torná-lo desfalque nos últimos jogos. O ex-lateral também citou a carreira vitoriosa do centroavante, revelado pelo clube alvinegro no início dos anos 2000 e campeão brasileiro e paulista em 2017, ao retornar.

"Nós sabemos o quanto ele evoluiu, principalmente no aspecto físico, e ele vinha jogando bem, mas, neste momento, ele estava com um problema, e quando um atleta está no departamento médico, a carga horária é dobrada. Nós temos que ter respeito para não falar só do problema, mas também que ele foi importante para nós e que hoje já não faz mais parte do clube. Tivemos problemas, ausências, e ele foi penalizado. A última, mais grave, ocasionou a rescisão contratual", comentou o dirigente.

DE OLHO NO MERCADO

O atacante já havia vivido um problema parecido ao desta semana em março, quando faltou dois dias seguidos aos treinos. Na ocasião, foi multado pelo clube e recebeu um ultimato do técnico Vítor Pereira. Aos poucos, reconquistou a confiança do português e passou a ser mais utilizado nas partidas. Agora sem Jô, a diretoria vai ao mercado em busca de um novo jogador para a posição. Hoje, Pereira usa Róger Guedes e Júnior Moraes com opções para a referência no ataque.

"Com a saída do Jô, a gente fica com uma opção a menos de centroavante. Temos que aguardar a janela, agora não tem muito o que fazer. A ideia é que reponha. A quantidade de jogos feitos por atletas de outros clubes do Brasil dificulta, a janela internacional também", disse Roberto. "Primeiro, temos que detectar o atleta que queremos, se teremos concorrência, é outro problema. Mas temos condições, sim, por que não. Vamos na briga, vamos atrás, mas primeiro temos que achar qual atleta", completou.

Os dirigentes também falaram sobre a possível chegada de reforços para outros setores do time. "O Corinthians sempre esteve aberto, independentemente da posição. Logicamente, onde tem menos atleta, passa ser uma prioridade, A gente vai estar atento nessa janela, tentando deixar o elenco mais forte do que já é", afirmou o diretor de futebol. "Seria injusto falar as posições. Não vamos estabelecer nada para não criar expectativa no torcedor e depois sermos cobrados", completou Alessandro.

Existe um receio de que sejam necessárias contratações para repor peças importantes do elenco, como Maycon, por exemplo. O volante está no clube emprestado pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e pode ser vendido a outro time, mas o Corinthians tem a preferência de compra, desde que iguale uma eventual proposta feita ao atleta.

Alessandro garante, contudo, que nenhuma oferta foi feita ao meio campista. "A respeito do Maycon, nada. Não recebemos nada, e temos a preferência para cobrir qualquer número", limitou-se a dizer. Depois, comentou também sobre a situação do zagueiro João Victor, apontado como alvo do Benfica, de Portugal. "É um atleta jovem, que vem em uma crescente técnica, então é natural que uma oferta chegue, como já ocorreram consultas. Mas não podemos falar que está de saída ou não vai ficar mais", disse.

Roberto de Andrade deixa a presidência do Corinthians no dia 3 de fevereiro, mas antes de passar o comando para seu sucessor, pretende acertar a premiação pelo título do Campeonato Brasileiro de 2017, única dívida ainda pendente com os jogadores. A promessa do dirigente é que tudo estará acertado até o fim do mês, praticamente quando se encerra o seu mandato.

A CBF pagou R$ 18 milhões pelo título. Dessa quantia, o clube destinou 60% para os atletas, totalizando R$ 10,8 milhões, que serão distribuídos de acordo com o número de jogos feitos na competição. A entidade já pagou o Corinthians, mas o clube usou o valor para quitar dívidas mais emergenciais, pois aguardava o recebimento de outros recursos, que demoraram um pouco mais do que o esperado para cair na conta.

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Inicialmente, a diretoria havia prometido pagar os jogadores até o dia 15 de janeiro, mas não teve êxito e prometeu que até o fim do mês acertará a pendência. O clube recebeu recentemente novos recursos, entre eles parte da transferência de Jô para o Nagoya Grampus, do Japão, que o comprou por cerca de R$ 32 milhões.

Nos bastidores, há quem veja o pagamento próximo da eleição apenas como uma coincidência, já que não havia como o clube conseguir o valor antes. Mas também há uma corrente que defende a ideia de que a data tem um viés político, pois mostra comprometimento da diretoria com as finanças e com o grupo de jogadores.

Apesar do acerto financeiro com os atletas, a situação financeira do Corinthians está longe de ser ideal. O novo presidente pegará um clube com dificuldades para honrar seus compromissos e que ainda busca reforços, principalmente para o ataque, sem gastar muito. Este, inclusive, foi o motivo de Henrique Dourado não ter sido contratado ainda. A diretoria atual decidiu deixar para que a nova gestão busque um atacante.

Roberto de Andrade, presidente do Corinthians, afirmou que desistiu de contratar o atacante Henrique Dourado. A informação foi dada em Orlando, na Flórida, onde o clube campeão brasileiro participa de um torneio amistoso na sua preparação para a temporada 2018.

De acordo com o dirigente, a desistência do Corinthians se deu porque o Fluminense, que também está nos Estados Unidos para a disputa da Florida Cup, não pretende negociar o centroavante, ainda que sofra com graves problemas financeiros, como declarou recentemente o presidente Pedro Abad.

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"Negócio que começa errado, termina errado. No meio do caminho acontecem algumas situações, você desiste. Demonstrei interesse, mas o Fluminense não quer liberar, vou fazer o quê? Ficar insistindo? Não, né! Vida segue", disse o dirigente corintiano. "Não tem mais nada, nem interesse tenho mais", concluiu o presidente em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Vale lembrar que, há algumas semanas, Roberto de Andrade teve a mesma postura de negar a chegada de um reforço - o atacante Júnior Dutra, do Avaí - pouco antes de o Corinthians oficializar a contratação do jogador.

Sem a contratação de Henrique Dourado, Lucca é uma opção para a vaga deixada por Jô, que foi para o futebol japonês, ainda mais que Roberto de Andrade confirmou que o jogador permanecerá no Corinthians em 2018 após atuar emprestado pela Ponte Preta no ano passado. Danilo, que disputou dois jogos ano passado após grave lesão, é outra alternativa ao técnico Fábio Carille para o comando do ataque do Corinthians, que teve Kazim como titular no duelo da última quarta-feira com o PSV Eindhoven pela Florida Cup.

Embora já tenha garantido o título por antecipação, o Corinthians vai escalar o que tem de melhor nas três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Quem garante isso é o presidente do clube, Roberto de Andrade. O dirigente diz que o clube tem a preocupação de não atrapalhar os times que brigam por algum objetivo nesta reta final da competição.

"Vamos com time principal. Pode ser que haja algo pontual, por desgaste, mas nossas férias serão a partir do dia 3 (de dezembro). Precisamos respeitar o campeonato, temos mais três jogos, contra times que estão disputando Libertadores ou contra queda. Não podemos colocar times alternativos, que possa interferir no resultado ou prejudicar alguém", disse o dirigente, em entrevista ao Sportv.

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Depois do jogo contra o Fluminense, na última quarta-feira à noite, quando o Corinthians assegurou o título com uma vitória por 3 a 1, no Itaquerão, o técnico Fábio Carille disse que iria analisar com cautela a situação e que poderia poupar alguns jogadores. O atacante Jô é um dos titulares que já avisou que gostaria de jogar, pois disputa a artilharia do Brasileiro. Atualmente, o corintiano tem 18 gols, contra 17 de Henrique Dourado.

O dirigente ainda confirmou que o clube deve contratar de quatro a cinco reforços, sem citar nomes. E assim como fez após a conquista do título, reafirmou que o lateral-esquerdo Guilherme Arana ainda não acertou com o Sevilla, mas já admite a possibilidade de perder o jogador para o futebol europeu.

Já com a taça assegurada, o Corinthians voltará a campo pelo Brasileirão neste domingo, às 17 horas, contra o Flamengo, no estádio Luso Brasileiro, no Rio, pela antepenúltima rodada da competição.

Roberto de Andrade transformou a sua sala na concessionária da qual é dono, localizada perto do Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo, em mais um território corintiano. De lá, entre um despacho e outro de algo ligado ao clube ou à venda de carros, o presidente do Corinthians atendeu o Estado e falou sobre vários assuntos. Estádio Itaquerão, elenco, Fábio Carille e eleições, entre outros.

Há sete meses, acreditava que o Corinthians viveria esta fase, liderado pelo Fábio Carille?

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Nós sabíamos que teríamos um ano melhor do que foi 2016, mas seria mentira falar que sabíamos que seríamos campeões paulistas e que lideraríamos o Campeonato Brasileiro dessa forma. É uma grata surpresa. O Carille faz parte do conjunto. Antes que me pergunte por que não efetivou o Carille antes, esclareço. Simples, porque ele não se sentia pronto. No fim do ano a gente conversou e ele demonstrou estar pronto.

Clubes e empresários reclamam que o Corinthians não tem pago pelas transferências de jogadores. O que falar?

Tivemos atraso de salário por seis dias. Sim, de fato, existem atrasos no pagamento de luvas e comissão para os que chegaram agora, como o Gabriel. Mas estamos conversando e negociando as dívidas.

Dá para garantir que o elenco fica até o fim da temporada?

Temos a ideia de fazer isso, mas tem multas e detalhes que podem surgir e a gente não ter como segurar o jogador. Nossa vontade é de permanecer com todo mundo. Só vai sair alguém se for algo muito bom.

Como andam as conversas para o patrocínio master?

Existem negócios caminhando, mas não depende só da gente. A Caixa (Econômica Federal) não quis prorrogar e ofereceu valor e tempo menores do que queríamos.

A Arena Corinthians (Itaquerão) chegou a ser citada na Lava Jato e em outros casos de corrupção. Isso pode atrapalhar os negócios?

Ela não foi citada na Lava Jato coisa nenhuma.

Presidente, dentre tantas informações e delações, o ex-prefeito Fernando Haddad disse que recebeu uma denúncia de suposto pedido de propina para que o promotor Marcelo Milani não entrasse na Justiça contra uma lei que permitia à Prefeitura emitir CIDs (Certificado de Incentivo de Desenvolvimento)...

O negócio foi com a construtora (Odebrecht) que fez a arena, não com a arena. Isso não tem nada a ver com a arena.

CIDs que foram fundamentais para a construção do estádio...

Problema do ex-prefeito. Ele é que tem de falar por que o promotor queria dinheiro para liberar os CIDs. Não tem nada a ver com a gente. O CID é nosso, um ativo do clube. Não tem nada de Lava Jato no Corinthians. A lei não foi feita para o Corinthians, mas para o desenvolvimento da zona leste.

Tudo isso não afeta a imagem da arena?

Não enxergo assim. Não temos "naming rights" porque ninguém se colocou à disposição para pagar. Você sabe o motivo? Me fala, pois eu não sei. Pensa que é fácil vender o nome de um estádio em um País em que arena é um produto novo? Estamos falando de cifras altas e vivendo a maior crise da história do País.

A arena do Palmeiras também era um negócio novo e conseguiram fechar com o Allianz...

Era um outro momento. Hoje, não conseguiria vender.

Mas a Arena Corinthians existe desde 2014 e começou a ser construída em 2011...

Nós deixamos para ir atrás disso ("naming rights") quando a arena estava praticamente pronta. Erramos, podemos dizer assim, em esperar ficar pronta. Pegamos um outro momento do País. Não temos bola de cristal. O Brasil naquela época estava muito bem, tudo crescendo e indo maravilhosamente bem. Não esperávamos que fosse acontecer tudo isso.

A construção da arena foi um bom negócio?

Agora está feito. Não adianta falar se está errado ou certo. É um dos estádios mais bonitos do mundo e vamos pagar. Com dificuldades, mas vamos pagar. Infelizmente, é assim que as coisas acontecem. Tudo poderia ser diferente, mas a forma de pagar é essa e temos de nos enquadrar nisso. Não tem outra opção. Falando hoje é fácil. Naquele momento, era a forma que tinha de pagar.

Caso sua chapa seja a vencedora na eleição, em 2018, pretende continuar participando da diretoria ou do futebol?

Eu quero descansar um pouco. Claro que, se alguém precisar, pode contar comigo, mas ter o dia a dia do clube, do futebol, eu não quero. Preciso descansar um pouco e deixar quem chegar trabalhar em paz.

Enquanto comissão técnica e jogadores do Corinthians estão focados no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil, a diretoria já corre atrás de possíveis reforços para a sequência da temporada, mas tenta evitar que o assunto atrapalhe o ambiente entre os atletas. O presidente do clube, Roberto de Andrade, afirmou que a tendência é de poucas mudanças no elenco.

"Acredito que devem chegar uns dois ou três jogadores para dar uma encorpada no elenco", projetou o dirigente, sem citar nomes. O clube procura por, pelo menos, um lateral-direito, um meia e um atacante.

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Além de reforçar o elenco, a diretoria precisa definir também o futuro de alguns atletas, como Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Guilherme e Cristian. Destes, os dois últimos são os que parecem com mais possibilidades de serem negociados.

Cristian tem treinado em horários separados do restante do elenco e já foi avisado que não será aproveitado, embora tenha contrato até o fim do ano. Já Guilherme, não foi relacionado nos últimos três jogos.

Roberto de Andrade garante que ainda não recebeu nenhuma oferta por Cristian. "Não chegou nada para nós. Se chegar, vamos sentar e conversar. O que for melhor para o Cristian e para o Corinthians, a gente faz negócio."

Quanto aos demais atletas, o dirigente diz que não existe interesse em negociá-los e o fato de Guilherme não estar sendo utilizado é apenas por uma questão técnica. "Tem outros jogadores que não estão jogando também, não é só o Guilherme. Tem outros que não foram relacionados. Todos tem contrato e recebem e o critério é igual para todo mundo", explicou.

Um dos nomes cotados para chegar ao Corinthians é o atacante Clayson, da Ponte Preta. Segundo Roberto de Andrade, existe o interesse, mas as conversas só irão adiante após o término do Campeonato Paulista. "Vamos aguardar o término do estadual para conversarmos não só com ele, como outros casos", assegurou.

Após muitas negociações e pressão de todos os lados, o futuro do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, será definido nesta segunda-feira (20). Os 341 conselheiros votarão pedido de impeachment contra o dirigente e, caso a maioria entenda que ele cometeu irregularidades, o presidente será afastado do cargo.

Os últimos dias foram de articulações e promessas no Parque São Jorge. O clube ficou dividido entre conselheiros favoráveis e contrários à saída do dirigente. Os dois lados trabalham nos bastidores para convencer os indecisos.

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O processo teve início no dia 22 de novembro do ano passado, quando 63 conselheiros entregaram ao Conselho Deliberativo pedido de saída de Roberto de Andrade. A acusação é de assinaturas fraudulentas do dirigente em contratos do estádio Itaquerão e em ata de reunião em que ele teria assinado como presidente antes de assumir o cargo.

O mandato de Roberto de Andrade vai até fevereiro do ano que vem, sem direito à reeleição. Nos últimos meses, o dirigente perdeu muitos aliados e vive enorme pressão. A crise se agravou com as constantes trocas de treinador e os maus resultados da equipe, que não conseguiu ficar entre os seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro do ano passado e garantir a vaga para a Copa Libertadores.

O ex-presidente Andrés Sanchez é um dos que deixou de apoiar Roberto de Andrade, apesar de já ter declarado publicamente que é contra o impeachment.

Se os conselheiros decidirem que Roberto de Andrade não cometeu nenhuma irregularidade, ele permanece no cargo e o processo está encerrado. Caso o pedido de destituição seja acolhido, o dirigente é imediatamente afastado do cargo e o presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Strenger, terá cinco dias para convocar uma Assembleia Geral de Associados.

Os sócios, então, votarão se Roberto de Andrade deve continuar ou não na presidência do clube. Até que os associados decidam o futuro do dirigente, quem assume o clube é o vice-presidente André Luiz de Oliveira, mais conhecido como André Negão no Parque São Jorge. Ele é investigado pela Operação Lava Jato. A suspeita é de que o dirigente recebeu R$ 500 mil de propina da Odebrecht relativos à construção do Itaquerão.

PRESSÃO - Membros das principais torcidas organizadas prometem protestar nesta segunda-feira no Parque São Jorge. A Comissão de Ética do clube - que já se mostrou contra a saída do dirigente - vai ter 30 minutos para se manifestar e apresentar o seu parecer. Em seguida, também por 30 minutos, será dada a palavra ao representante dos requerentes do impeachment.

No terceiro ato, quem terá o direito a se manifestar será a defesa de Roberto de Andrade. O dirigente deverá ser representado por Luiz Alberto Bussab, seu aliado político e diretor de Negócios Jurídicos do clube.

Terminado esse processo, inicia-se a votação, que será secreta e em cédula de papel.

Após muita polêmica e uma longa negociação, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, explicou os motivos de o clube ter divulgado uma nota de agradecimento pelas conversas com o atacante Didier Drogba e ainda assegurou que as tratativas não tiveram intermediários, como foi noticiado.

De acordo com o dirigente, ele decidiu publicar a nota pela forma como Drogba se comportou durante a negociação, sem nunca menosprezar o clube. "Ele ficou muito satisfeito com o convite. Quando conversei a primeira vez, há duas semanas, ele ficou de analisar. Voltamos a nos falar na semana passada com números e valores, e ele disse que iria consultar a família porque tinha outros projetos. Na terça-feira conversamos por telefone e ele me disse que ia seguir outro caminho que não o Brasil, mas que ficou contente pelo convite", disse Roberto de Andrade, em entrevista ao canal Esporte Interativo.

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"Ele sabe o tamanho do Corinthians e sentiu isso. Hoje, nada mais é surpresa com as redes sociais. E ele não nos menosprezou. Fizemos um agradecimento pelas conversas e pela forma que nos tratou, sempre com muita educação", explicou o presidente.

Roberto de Andrade negou ainda que tivesse falado com algum representante do atleta, embora a proposta oficial tenha sido enviada para os agentes Gildas Samba e Franck Assunção. "Não teve intermediário, as pessoas saem falando, mas quem tratou do assunto fui eu. Gostei da ideia, fomos atrás e não deu. Nunca foi conversado nada com esse empresário. A pessoa da Inglaterra com quem falamos pediu que fizéssemos esse papel timbrado informando essas pessoas, porque ele não tem só um representante, tem alguns. Nosso contato foi direto com o jogador", contou.

Roberto de Andrade ainda assegurou que em momento algum, autorizou que intermediários conversassem com o atacante. "As pessoas gostam de comentar sem ter conhecimento. Primeiro se falou que não sei quem estava em Londres (Gustavo Herbetta, ex-superintendente de marketing do clube), o que não era verdade. O torcedor vai se alimentando e acha que o Corinthians errou", assegurou.

A goleada sofrida no jogo contra o São Paulo, no último sábado (5), ainda não foi digerida no Corinthians, mas o presidente Roberto de Andrade tem problemas maiores para administrar, além de escutar críticas pelo momento do time e por ter contratado o técnico Oswaldo de Oliveira. Atitudes consideradas suspeitas do dirigente fazem com que conselheiros comecem a arquitetar possível tentativa de impeachment contra ele.

A revista Época publicou recentemente duas matérias afirmando que Roberto de Andrade assinou atas de assembleias como presidente do clube, antes mesmo de vencer a eleição. O artigo 104 do estatuto do Corinthians diz que o impeachment pode ocorrer caso o mandatário tenha acarretado prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do clube.

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Para que o processo tenha prosseguimento, é necessário que o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, encaminhe o pedido de abertura à comissão de ética, que, após ouvir o presidente, indica o que deve ser feito. Após esse ato, ainda é preciso que o conselho do clube aprove o afastamento.

Nos bastidores, muitos conselheiros cobram o presidente para que ele explique os fatos. Roberto de Andrade já divulgou dois comunicados sobre o assunto, mas prestará maiores esclarecimentos na próxima reunião do conselho, que deve acontecer em dezembro.

Além de possíveis irregularidades, algumas atitudes, que não causariam o impeachment, também têm desagradado os aliados e alguns ex-parceiros do dirigente. Uma delas é a forma pacífica com que tem lidado com a Odebrecht, construtora que ergueu o estádio Itaquerão.

A reclamação é que, em meio a tantas denúncias e suspeitas contra a construtora, seria necessário que o presidente demonstrasse maior pulso e cobrasse explicações. Entretanto, Roberto de Andrade tem adotado um tom mais político e acredita que pode manter um relacionamento mais amigável com a empresa. Além disso, ele aguarda a resolução de uma auditoria que está sendo feita na Arena Corinthians para saber os reais problemas do estádio e quem são os culpados.

Já a contratação de Oswaldo de Oliveira foi uma decisão exclusiva de Roberto de Andrade. Outros dirigentes não queriam o retorno do treinador e Eduardo Ferreira, que era diretor de futebol, pediu demissão por se sentir traído, pois o acerto com o treinador ocorreu sem seu conhecimento.

RUPTURA - O ex-presidente Andrés Sanchez também criticou a postura do dirigente e se afastou dele, tanto que já avisou que a chapa "Renovação e Transparência", vencedora das últimas eleições e que contava com Roberto de Andrade e Andrés, foi extinta.

Segundo pessoas próximas ao dirigente, Roberto de Andrade mudou de comportamento nos últimos meses, se tornando mais autoritário, e a chegada de Flávio Adauto como novo diretor de futebol tem como um dos pontos principais justamente a tentativa de fazer os grupos políticos se reaproximarem.

Na tarde desta quarta-feira (15), o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, concedeu entrevista coletiva, confirmando o desligamento do técnico Tite e repudiando, sem meias palavras, a conduta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao negociar com o treinador. De acordo com o mandatário alvinegro, a entidade agiu ‘na surdina e de forma desrespeitosa’.

“Não gostei da maneira que eles vieram tirar o Tite daqui. Sequer deram um telefonema. Só falaram comigo hoje, depois de tudo resolvido. Esse é o respeito que eles têm com os clubes brasileiros”, atacou o presidente. E disparou: “A seleção não merece o Tite, a CBF não merece o Tite. Não estão acostumados a lidar com pessoas éticas”.

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Já sobre a postura do técnico, Roberto de Andrade garantiu não ter do que reclamar. “Tite não está saindo por dinheiro. Veio e nos comunicou a definição. E, claro, todo técnico quer chegar ao topo, que é a seleção brasileira. Só temos a agradecer pelos serviços prestados com a seriedade de sempre”, enalteceu o presidente do Timão. 

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O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, afirmou nesta sexta-feira que lutou contra a decisão do Ministério Público de proibir torcidas visitantes em clássicos, medida que vale para a partida deste domingo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, às 16 horas.

Em entrevista coletiva no CT, Roberto de Andrade disse que isso não resolve o problema da violência e revelou que, antes do clássico contra o Santos, torcedores do time da Vila fizeram uma emboscada e seis torcedores do Corinthians foram hospitalizados. Essa partida, disputada no dia 1º de junho, também teve torcida única e foi disputada no Itaquerão.

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"Contra o Santos teve emboscada com a torcida do Corinthians e foram seis para o hospital. Fora do estádio é qualquer um. Dentro do estádio não tem problema nenhum, chegam por estações diferentes. (Torcida única) É medida prática, curta, que não vai resolver. Fizemos tudo para tentar reverter. Assim, o futebol caminha para o fim."

O dirigente afirmou que conversou com advogados e em instâncias do Judiciário, mas não obteve sucesso para que corintianos pudessem ir no estádio neste domingo. "Para o corintiano, não ir no estádio é a morte", afirmou. "Fizemos de tudo, mas vamos acatar a decisão."

O Ministério Público determinou que todos os clássicos em São Paulo tenham torcida única após briga generalizada em vários pontos da cidade no último clássico entre Palmeiras e Corinthians, disputado no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista.

Os contínuos questionamentos a Dunga e o ótimo trabalho de Tite à frente do Corinthians foram suficientes para que crescessem as especulações sobre uma possível ida do técnico do clube paulista para a seleção brasileira. A possibilidade, no entanto, parece não assustar o presidente corintiano Roberto de Andrade.

"Eu dou risada, porque da mesma forma que o Tite passa as coletivas respondendo sobre isso, eu também, quando sou encontrado pelo pessoal da imprensa. Eu repito, fico muito tranquilo, conheço o potencial do Tite e sei logicamente que não posso responder por ele. É uma decisão pessoal, mas o que já disse a ele e em público é que hoje o Corinthians tem muito mais a oferecer que a CBF", disse nesta quinta-feira (31) em entrevista ao SporTV.

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As críticas a Dunga aumentaram depois das últimas duas partidas da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, empates em 2 a 2 com o Uruguai e o Paraguai. Por outro lado, Tite vem conseguindo um grande início de temporada com o Corinthians, que lidera seu grupo na Libertadores e no Campeonato Paulista, apesar da debandada de jogadores ao fim do ano passado, após o título brasileiro.

Tite nunca escondeu a tristeza por não ter sido lembrado pela CBF após a última Copa do Mundo, quando estava no mercado após a demissão de Luiz Felipe Scolari e viu justamente Dunga ser escolhido. Talvez por isso, o comandante corintiano chegou a dizer algumas vezes que não aceitaria um possível convite para assumir a seleção. Na última quarta, após a vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta pelo Campeonato Paulista, repetiu o discurso.

"O tempo de escolha já passou. No passado me perguntaram se eu estava preparado, e eu disse que sim. Mas agora é outro momento. Estou muito feliz no momento. Não esperava que a equipe crescesse tão rápido assim", comentou. "Fico orgulhoso e eu sempre vou buscar algum tipo de aprimoramento. Mas existem outros técnicos capacitados para serem técnicos da seleção."

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, contou detalhes da ida do atacante Alexandre Pato para o Chelsea por empréstimo. O jogador ficará no clube inglês até o fim da atual temporada europeia, mas antes desse acordo, chegou a ouvir da equipe paulista uma proposta para ter o contrato renovado, já que o vínculo atual termina em dezembro deste ano.

Contratado pelo Corinthians em janeiro de 2013, Pato pode assinar um vínculo prévio com outra equipe já a partir de julho, caso não renove com o clube do Parque São Jorge. "Não conseguimos fazer a prorrogação, o atleta não quis. Foi uma ideia minha, eu insisti nisso", disse o dirigente ao deixar o Itaquerão, onde a equipe bateu o XV de Piracicaba por 1 a 0, na estreia no Campeonato Paulista.

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O empréstimo de Pato livrou o Corinthians de pagar pelo menos até o meio do ano o salário de R$ 800 mil ao atacante. "Podemos dizer que, do pior, saímos bem. Gostaria que ele fosse vendido para acabar com essa situação de uma vez. Prorrogamos o problema para daqui quatro ou cinco meses. Mas tudo o que você tira do caixa é sempre bem-vindo", afirmou Andrade.

O presidente do clube esclareceu que ao fim do empréstimo com o Chelsea, Pato não poderá assinar novamente com o clube inglês, cláusula prevista em contrato. "Ele não pode é assinar com o Chelsea. Você não pode proibir ninguém de exercer seu trabalho", contou. Andrade disse também que procura opções de reforços e entre eles, o zagueiro Balbuena, do Libertad.

RECLAMAÇÃO - A saída do sexto titular do Corinthians, Malcom, na última sexta-feira, ainda irrita o técnico Tite. Neste domingo, depois da vitória sobre o XV de Piracicaba, o treinador criticou a postura de empresários no futebol, pois segundo ele, agem apenas em benefício próprio e não pensam nos possíveis prejuízos que causam às equipes.

"Os empresários não querem saber o que é bom para o Corinthians. Querem saber o que é bom para si. Fica aqui uma crítica direta. Quero trabalhar para o melhor para o Corinthians", comentou o técnico.

Malcom vai para o Bordeaux, da França, e aumentou a lista de atletas que deixaram a equipe na janela de transferências. Antes, saíram Gil, Ralf, Jadson, Renato Augusto e Vágner Love.

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, negou qualquer facilidade que o time poderá ter na fase de grupos da Copa Libertadores do próximo ano. Pelo sorteio, realizado na noite de terça-feira, a equipe paulista enfrentará adversários mais fáceis em comparação às chaves dos rivais Palmeiras e Grêmio.

"Não foi sorte nenhuma, não", disse o dirigente em entrevista ao canal Fox Sports. "Não vejo facilidade em jogo nenhum. São todos difíceis. Você precisa estar com time forte para encarar tudo isso. Já tivemos alguns dissabores nos outros anos, como o Guarani e o Tolima. Às vezes acabamos tendo problemas onde não achamos que teríamos. Vamos nos preparar porque não existe moleza", alertou.

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No Grupo 8, o Corinthians enfrentará o Cerro Porteño, do Paraguai, e o Cobresal, do Chile. Mas a maior preocupação do presidente corintiano é o possível confronto com o Independiente Santa Fe, atual campeão da Copa Sul-Americana. O time colombiano disputa a fase preliminar ainda e precisa vencer o Oriente Petrolero, da Bolívia, para entrar na chave do Corinthians.

"O Santa Fe ainda precisa ganhar [na preliminar], mas foi campeão da Sul-Americana", destacou. "Tem ainda o Cerro, que também é difícil. Se engana quem achar diferente", disse Roberto de Andrade.

Para o presidente, o Corinthians terá que apresentar maior regularidade em 2016 para superar a decepção deste ano, quando caiu nas oitavas de final, diante do modesto Guaraní, do Paraguai.

"Tem que ter regularidade no torneio inteiro, não adianta fazer campanha exuberante na chave e, no mata-mata, jogar um futebol menor e sair. Temos que jogar o suficiente para nos classificarmos. E, no mata-mata, tem que ganhar de todo mundo para chegar ao título", afirmou.

Para o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, a CBF não pode continuar como está. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, o campeão brasileiro de 2015 cobrou que o presidente Marco Polo Del Nero defina a sua situação na entidade.

Acusado de corrupção pelo FBI e investigado pela CPI do Futebol, o dirigente se licenciou da presidência da CBF e indicou o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) para o cargo. Andrade não concorda com a manobra e diz que o futebol brasileiro não pode ser comandado por um interino.

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Qual é o balanço que o senhor faz de 2015?

Foi um ano muito positivo. Assumimos o Corinthians em fevereiro em uma situação bem diferente do que está hoje em todos os aspectos, incluindo futebol e finanças. Não tem nem o que dizer sobre o título brasileiro. Mesmo se as outras coisas não tivessem melhorado, diria que o ano foi positivo.

Como o senhor conseguiu organizar as finanças e, ao mesmo tempo, manter o time forte?

Gastamos menos e buscamos receitas novas. As finanças não estão perfeitas, mas estamos próximos do equilíbrio. Essa é a receita em qualquer empresa e o futebol não fica fora.

Quais são os planos para 2016?

As dificuldades continuarão, não será um ano fácil. Vai ser melhor do que 2015, mas não será um ano fácil. Estamos tentando ficar mais fortes do que fomos em 2015 para brigar por todos os títulos que vamos disputar. Essa é a ideia.

Mas o poder de compra será maior do que foi em 2015?

A situação está um pouco mais melhor, mas não é confortável. Continuamos com o pé no freio, cortando despesas. Em 2017 será assim também. Vamos gastar o menos possível e buscar receitas novas.

Quantos jogadores o senhor pretende contratar?

Estamos trabalhando para trazer quatro reforços.

Como estão as negociações para renovar os contratos do Vagner Love e do Renato Augusto?

Meu foco está nos jogadores que a gente vai tentar contratar e em segurar aqueles que estão conosco hoje. Vamos empurrar para frente a conversa com jogadores com contratos que terminam em agosto ou no final do ano que vem.

É possível repetir em 2016 as conquistas de 2012, quando o time foi campeão da Libertadores e do Mundial?

O Tite veio não para ser campeão. O que eu cobro dele é que mantenha a equipe motivada e brigue por títulos. Se o treinador não for campeão não o mandaremos embora. Nossa filosofia não é essa. Com o Tite, felizmente no primeiro ano o trabalho já deu resultado. Entendo que, se o trabalho for contínuo, outros títulos virão.

Pato vai ser vendido para a Europa na janela de transferências que será aberta em janeiro?

Se ele for vendido, ótimo. Se não sair, vai trabalhar aqui. Ele tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2016. Se for negociado, será ótimo para ele e para o Corinthians. Se não sair, veste a camisa do Corinthians e vai jogar.

Pato entrou na Justiça contra o Corinthians. O retorno dele ao clube não ficaria complicado?

Se existir algum dificuldade será por parte dele, e não nossa. Ele é funcionário do Corinthians e tem de vir trabalhar aqui. Quem tem de se enquadrar é ele, não sou eu.

Como o senhor avalia a atual situação da CBF?

Enquanto não for decidido o comando da CBF, não dá para pensar em fazer nada. Todo mundo que está hoje lá é interino. Precisa ter um posicionamento do presidente (Marco Polo Del Nero). Ele precisa se manifestar e dizer se vai voltar ou convocar novas eleições. O futebol brasileiro não pode viver de interino. A CBF precisa de um presidente de fato.

O senhor participa da Comissão Nacional de Clubes. Esse órgão foi criado pela CBF com a promessa de que os clubes iriam definir o calendário e a organização dos campeonatos. O senhor se sentiu traído pelo Del Nero?

Não existe traição. A comissão é estatutária, não é de brincadeira. Se você vai ter poder ou não, precisa ter comando na CBF. O Del Nero está preocupado com outras coisas que têm tirado o sono dele e, por isso, deixou a comissão de lado. Se tivermos um presidente no lugar dele, a comissão volta a aflorar. Concordo com o presidente do Grêmio (Romildo Bolzan Jr.), que disse que a comissão é uma ficção, mas isso é por causa do atual momento da CBF.

O senhor defende a renúncia do Del Nero?

Defendo a solução do problema. Se ele enxerga que não tem um futuro para ser presidente da CBF, então que saia e dê vaga para quem for tocar o futebol. Repito, o que não podemos é viver de interino. Nada funciona com interino.

O que o senhor acha da criação de uma liga nacional de clubes?

Para formar uma liga todos têm de concordar, inclusive a CBF. Quem hoje representa a CBF? Não tem ninguém. Não é o momento de colocar isso em pauta. Temos de esperar uma definição da CBF para propor alguma coisa. Estamos em um momento completamente indefinido. Não se sabe nada do que pode acontecer amanhã.

O senhor acha que os clubes têm de ter mais poder de decisão dentro da CBF?

Hoje, a CBF é importante porque organiza os campeonatos. O dia em que a organização do futebol passar para os clubes, a CBF deixa de ter importância para os clubes e vai cuidar apenas da seleção. Os presidentes de clubes estão preocupados cada um com seus clubes, mas é nosso papel não deixar a CBF descarrilar enquanto ela comanda o futebol. Não tem como ter ingerência na CBF. Ela tem estatuto. Hoje, não tem o que fazer.

O presidente Roberto de Andrade roubou a cena na comemoração do hexacampeonato brasileiro do Corinthians. Após um rodízio de capitães, o combinado entre o técnico Tite e os jogadores era que o volante Ralf, atleta que mais partidas disputou pelo clube no elenco atual, levantaria a taça, mas foi o dirigente quem primeiro ergueu o troféu no estádio Itaquerão, em São Paulo.

Como o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, tem evitado deixar o Rio e aparecer em público desde a prisão de José Maria Marin, coube ao secretário-geral da entidade, Walter Feldman, entregar a taça a Andrade. Antes de repassar a Ralf, o dirigente levantou o troféu e, então, iniciou-se uma chuva de papel picado. Só depois de esbravejar é que o presidente resolveu entregar a taça para Ralf.

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Andrade também aproveitou para provocar o São Paulo. "Seis foi pouco. O São Paulo merece oito", disse. O dirigente fez questão de dar a volta olímpica ao lado dos jogadores. "A emoção é muito grande. Sabíamos do potencial do São Paulo, que é um time grande, e nós precisávamos poupar alguns jogadores. Um placar como esse é de arrepiar. É até difícil encontrar palavras nesse momento".

Quem também chamou atenção na festa do título foi o ex-jogador Ronaldo. O Fenômeno estava acompanhando o jogo em um dos camarotes do estádio. Quando a sua imagem apareceu no telão, ele teve o seu nome gritado pela torcida. Depois, desceu para o gramado e participou da entrega da taça. "Sou corintiano, tenho de comemorar também. Um resultado tão expressivo contra um rival como o São Paulo é mais bonito. Eu me sinto parte do bando porque comecei essa revolução, essa mudança de status do Corinthians", disse Ronaldo, que jogou no Corinthians de 2009 a 2011.

Depois de Ralf erguer o troféu, a taça passou pelas mãos de todos os jogadores enquanto atletas, dirigentes e integrantes da comissão técnica corriam em volta do gramado. Tite foi o mais festejado. Por duas vezes o estádio gritou em coro "olê, olê, olê, olê! Tite, Tite".

A Fiel quebrou neste domingo novo recorde de público no Itaquerão, com 44.976 pagantes. A marca anterior era do confronto contra o Coritiba, no último dia 6, com 43.688.

A confirmação do título do Corinthians mereceu, claro, muita comemoração por parte do presidente Roberto de Andrade. Mas o sentimento que mais parecia representar o dirigente ainda no gramado do São Januário, na noite de quinta-feira, era o de alívio. E não era por menos: ele foi um dos responsáveis pelo título de um time que perdeu peças importantes no início do Brasileirão, que sofreu com problemas financeiros e que trazia poucas esperanças no meio do ano.

"Você, ser coroado com um título nos primeiros nove meses de mandato, com todas as dificuldades que a gente passou, não tem o que falar", declarou o dirigente. "Fui campeão como diretor de futebol e como torcedor, e é bem legal porque você acompanha o time, está junto. Mas, como presidente, sua responsabilidade é muito maior. As suas decisões mudam o trajeto das coisas, como nós mudamos o trajeto do elenco. Quando você fala 'não' ou 'sim' para uma renovação, você está dando uma diretriz diferente. E isso é o presidente que faz."

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Roberto de Andrade afirmou que começou a acreditar que o título era possível com o passar dos jogos e com o trabalho que vinha sendo desenvolvido no Parque São Jorge. "A gente acompanha o trabalho no dia a dia e sabe que as coisas vão se encaminhando. É um quebra-cabeça, cada dia você põe uma peça e sabe que vai formar."

O presidente também enalteceu o técnico Tite. "Eu tenho uma confiança muito grande no trabalho do Tite, por isso que fui buscá-lo e por isso que ele acreditou também no meu trabalho como presidente", destacou o dirigente. "É difícil de eu falar do Tite, porque eu tenho uma admiração pela pessoa e pelo trabalho dele muito grande."

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse ser "impossível" equilibrar as finanças até o fim do ano. O dirigente assumiu o clube em fevereiro com mais de R$ 310 milhões em dívidas (sem contar R$ 1,1 bilhão de empréstimo para a construção do Itaquerão) e tem dado prioridade à redução de débitos com os credores.

"Respiramos melhor que estávamos antes, mas ainda falta muita coisa para dizer que está 100%. Não vou conseguir fazer isso em 2015. É impossível", disse Roberto de Andrade.

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Dentro da política de contenção de gastos, o clube não renovou os contratos dos atacantes Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Com a saída da dupla, a diretoria economiza R$ 1 milhão de salários por mês. Mesmo assim, ainda deve direito de imagem a alguns atletas.

O técnico Tite pediu a contratação de um substituto para Guerrero, mas até agora a diretoria ainda não encontrou ninguém. "Estamos atentos ao mercado, mas está difícil. A questão não são valores. Não estamos buscando um jogador de R$ 100 mil ou de R$ 1 milhão, queremos um atleta com as características que a comissão técnica deseja e não achamos ninguém", disse.

A diretoria alega que na Série A do Campeonato Brasileiro todos os bons jogadores são caros demais ou já disputaram pelo menos sete partidas e, por isso, não podem defender outro clube. Na Série B, a avaliação é que ninguém chegaria em condições de desbancar Vagner Love e Luciano para ser titular.

Uma alternativa seria buscar alguma atleta no exterior que esteja sem contrato desde 21 de julho, data do encerramento da janela de transferência para jogadores que atuam fora do País.

A eliminação precoce na Copa Libertadores significa uma mudança de rumo no departamento de futebol do Corinthians. Essa é a intenção da diretoria depois da derrota para o Guaraní, do Paraguai. Haverá corte de custos e a saída de alguns jogadores. Os contratos de Guerrero e Emerson terminam em julho e os de Danilo, Ralf e Fábio Santos no final do ano. Atletas que foram contratados no ano passado e que são pouco utilizados, como Petros e Luciano, podem ser negociados.

A folha salarial beira R$ 10 milhões por mês, valor elevado para um clube que vive crise financeira como demonstrou o balanço divulgado em abril. O Corinthians ainda deve direitos de imagem e premiações para o elenco, embora tenha pago nesta quinta-feira uma parte da dívida com os atletas.

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Fora da Libertadores, o clube perde premiações da Conmebol e arrecadações milionárias de bilheteria (destinadas ao pagamento do estádio), além da chance de disputar o Mundial de Clubes da Fifa. "Não é que o quadro fica mais apertado. Apertado ele já está. O que se perde (fora da Libertadores) é um valor difícil de mensurar, é uma série de coisas que o torneio traz", afirmou o diretor financeiro Emerson Piovezan.

Segundo ele, a decisão de enxugar o número de jogadores ou a folha salarial fica a cargo do departamento de futebol. "O que eu faço é mostrar a nossa situação financeira e eles trabalham em cima disso".

Em meio a esse quadro, dois dos jogadores mais experientes e de alto salário devem deixar o clube. Um deles é Emerson, cujo contrato termina no dia 31 de julho. O vínculo não será renovado a menos que o atacante aceite uma redução de salário. Ele recebe cerca de R$ 500 mil por mês. O outro é Guerrero. Com contrato que termina em 15 de julho, o peruano pediu alto para renovar. E, sem o dinheiro que poderia ganhar na Libertadores, o clube não terá como pagar o que ele quer.

O presidente Roberto de Andrade evitou cravar uma definição sobre o futuro dos dois atletas. "Quando falo de renovação tem de ver os dois lados, o do atleta e do clube. Os valores têm de ser discutidos. E o caso deles não é diferente".

A situação de outros três jogadores campeões do mundo (Danilo, Ralf e Fábio Santos) deve ser discutida só no final do ano, quando eles ficarão sem contrato. Petros e Luciano, insatisfeitos por estarem jogando pouco, devem ser os primeiros a sair. "Não dá para falar que esse time será mantido. Será se não vier proposta. Se vier, e for boa para o clube e para o jogador, vamos conversar. Isso vale para todos os jogadores", disse o presidente.

O Corinthians ainda não contabilizou os prejuízos causados pela torcida do São Paulo durante o clássico de quarta-feira pela Libertadores, no Itaquerão. Cerca de 40 cadeiras foram destruídas no setor Sul do estádio, destinado à torcida visitante.

"Ainda não chegou ao meu conhecimento (o número exato de assentos quebrados). Vamos conversar e ver o que fazer, mas não tenho uma ideia formada sobre isso. É o risco de receber o torcedor visitante. Não deveria ser assim, mas infelizmente é. Às vezes, as pessoas nem quebram por querer, mas sim por causa do mau uso. A pessoa pula em cima e a cadeira não é feita para isso. Vamos apurar e ver o que vai acontecer", disse o presidente Roberto de Andrade, nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva no CT do Parque Ecológico.

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Reunião nos próximos dias deve definir se o Corinthians vai cobrar os prejuízos da diretoria do São Paulo ou não. Os dois times voltam a se enfrentar no dia 8 de março, pelo Campeonato Paulista, no Morumbi. O jogo de volta da Libertadores está marcado para o dia 22 de abril, também no estádio do rival.

O vandalismo das torcidas visitantes tem sido frequente nos estádios paulistas. No passado, durante clássico entre Corinthians e Palmeiras, no Itaquerão, palmeirenses quebraram 258 cadeiras e um secador de mão do banheiro. O prejuízo foi estimado em R$ 45 mil, mas o então presidente do Corinthians, Mário Gobbi, optou por não cobrar o Palmeiras apesar de os dois clubes terem um acordo de que eventuais danos provocados pelas suas torcidas no estádio do rival deveriam ser pagos pelas respectivas diretorias.

No último dia 8, no primeiro clássico entre Corinthians e Palmeiras no Allianz Arena, foram quebrados 44 assentos, 129 porta-copos, uma porta de banheiro e sete saboneteiras. Além disso, molas de 29 cadeiras foram danificadas. O prejuízo total foi de R$ 25 mil, mas a diretoria do Palmeiras retribuiu a gentileza do Corinthians e arcou sozinha com os custos.

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