Berlusconi aceita vender parte do Milan para tailandês
As negociações foram confirmadas também pela Fininvest, holding pertencente a Berlusconi e que é a proprietária das ações que deverão ser vendidas
O ex-primeiro ministro e dono de um dos maiores impérios financeiros da Itália, Silvio Berlusconi aceitou vender 48% das ações do Milan para o investidor tailandês Bee Taechaubol. De acordo com o jornal Gazzetta dello Sport, que antecipou a negociação, a transação deve envolver 470 milhões de euros - aproximadamente R$ 1,64 bilhão.
"Por agora, o que existe é um acordo que ainda deve ser confirmado, mas é bom para o Milan. Nós queremos seguir em frente e fazer o Milan forte de novo", disse Berlusconi, nesta sexta-feira, à agência de notícias italiana ANSA, após uma reunião com Taechaubol.
As negociações foram confirmadas também pela Fininvest, holding pertencente a Berlusconi e que é a proprietária das ações que deverão ser vendidas. "Berlusconi, que vai continuar como presidente, e o senhor Taechaubol vão trabalhar juntos para construir um grande e ambicioso projeto para levar o Milan de volta ao topo do futebol italiano", disse a empresa, em comunicado.
Três vezes primeiro ministro da Itália (1994-1995, 2001-2006 e 2008-2011), Berlusconi comanda o Milan desde fevereiro de 1986 e era o presidente do clube na sua fase mais bem-sucedida, conquistando 28 títulos, entre eles oito vezes o Campeonato Italiano e cinco copas europeias.
Desde 2012, entretanto, o Milan não faz boas campanhas no Campeonato Italiano. O elenco passou por grande transformação com a saída/aposentadoria de toda sua última geração vitoriosa. Dida, Gattuso, Seedorf, Nesta, Thiago Silva, Ibrahimovic, Cassano e Pirlo, entre outros, foram embora, e quem chegou ficou longe de manter o mesmo nível. Fora das ligas europeias, o Milan não tem dinheiro para tentar contratar os melhores do mundo.
Há dois anos, a Inter de Milão também foi vendida, para o indonésio Erick Thohir, que comprou 70% das ações do clube e se tornou sócio majoritário (o que não deverá acontecer com o Milan). Manchester City e PSG também estão na mão de empresários asiáticos.