Brasil corta oito da delegação do atletismo para o Pan

Convocação foi considerada equivocada

seg, 06/07/2015 - 13:09

O Brasil não terá mais uma delegação de 600 atletas nos Jogos Pan-Americanos. Afinal, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) não se atentaram que a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) havia destinado apenas 680 credenciais para o atletismo. Na soma de convocados de cada país, havia muito mais do que isso. Por isso, cortes precisaram ser feitos. No Brasil, oito atletas foram excluídos.

A confusão se deu porque foram exigidos índices baixíssimos para o Pan. No Brasil, em diversas provas, mais de dez atletas fizeram índice. Mesmo no salto com vara, em que Fabiana Murer sobra e a segunda melhor brasileira não consegue disputar o Mundial ou a Olimpíada, 13 atletas se qualificaram.

O período de obtenção de índices fechou no fim de maio e a CBAt logo anunciou os convocados: os dois melhores índices de cada prova, com exceção do lançamento do dardo masculino, na qual só um atleta se qualificou. Um total de 88 atletas, um recorde, que agora volta a ser dos Jogos do Rio: 85.

A convocação oficial, feita em 8 de junho, entretanto, foi precipitada porque a obtenção de índices era só um dos critérios para ir ao Pan. O outro era se encaixar dentro das tais 680 credenciais. "Se o número de entradas superar a cota de 680, o delegado técnico tem a autoridade para limitar o número de entradas em algum evento, usando performance como critério ou impondo um limite por equipe", afirma o regulamento.

Para solucionar o impasse, a Odepa refez a tabela de índices, o que acabou excluindo oito brasileiros: Gladson Barbosa (3.000m com obstáculos), José Alessandro Baggio (20km da marcha atlética), Felipe Lorenzon (disco), Nelson Fernandes (peso), Joziane Cardoso (10.000m), Keely Rodrigues (peso), Mariana Marcelino (martelo) e Carla Michel (martelo).

Para o Brasil, entretanto, o prejuízo foi pequeno. No Peru, a convocação foi de 27 para 11 atletas. No Chile, de 54 para 32. O caso vinha se desenrolando há pelo menos duas semanas e, por isso, os Estados Unidos ainda não divulgaram os seus convocados.

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