Gama vence de virada, mas Paysandu conquista Copa Verde
O título inédito valeu aos bicolores a vaga na Copa Sul-americana de 2017. Derrota por 2 a 1 significou o fim de uma longa invencibilidade bicolor.
As feridas dos fracassos nos anos anteriores cicatrizaram. O orgulho foi recuperado. E mais um título será colocado no extenso salão de troféus do Paysandu. Justamente na competição que revivia os piores traumas do Papão nas últimas temporadas: a Copa Verde. Mesmo com a derrota por 2 a 1 diante do Gama-DF, na noite desta terça-feira (10), no Bezerrão, o Papão pôde, enfim, levantar a taça, a segunda em menos de quatro dias. Além do ineditismo do feito, o Paysandu terá a oportunidade de disputar uma competição que jamais jogou na história do clube a partir de 2017: a Copa Sul-americana.
A final não poderia começar melhor para o Paysandu. Logo aos dois minutos, em jogada rápida pelo setor esquerdo, Raí chutou de fora da área e abriu o placar para os bicolores. O gol aumentou a vantagem do Papão no confronto, já que havia vencido a primeira partida por 2 a 0, no Mangueirão. O Gama, mais ofensivo do que na primeira partida, atacava em bloco, mas desorganizadamente, fato que facilitou o sistema defensivo dos paraenses. A situação do Alviverde ficou mais complicada ainda com a expulsão do atacante Raone, aos 23 minutos, que agrediu o lateral Roniery. Com mais espaço para tocar a bola, o Papão segurou o placar sem grandes dificuldades.
O Paysandu iniciou a segunda etapa com mais ímpeto. Mas não conseguiu criar chances claras. Aos 13 minutos, o jogo ficou igual em número de jogadores. Ricardo Capanema recebeu o segundo amarelo após infração no meia Héricles e foi expulso. O lance gerou muita reclamação dos atletas bicolores. A partida continuava com o mesmo enredo do primeiro tempo quando Leandro Cearense perdeu a primeira oportunidade clara de gol no jogo. O atacante usou a força e a velocidade para arrancar do meio de campo e chutar na saída de Pereira, mas a bola foi para fora. Grande parte da torcida bicolor presente no estádio gritou gol no lance.
Porém, em seguida, a torcida pôde soltar o grito de gol da garganta, mas foi a do Gama. Ítalo cruzou da direita e o atacante Rafael Grampola subiu por trás de Fernando Lombardi para testar a bola com precisão para o fundo das redes. Cinco minutos depois, a defesa do Paysandu não afastou o perigo e Roniery cometeu pênalti em Grampola. Outro lance muito questionado pelos bicolores. Na cobrança, o atacante fez o segundo gol do Gama – o sexto do artilheiro do campeonato. E o da esperança do time candango em ainda ser campeão. No entanto, o Papão logo voltou a ter o controle do jogo e pouco sofreu nos minutos finais para levantar a taça.
Títulos – Após duas temporadas sem conquistar taças e uma série de vice-campeonatos, o Paysandu recuperou o prestígio no cenário nacional após a conquista da Copa Verde. Foi o segundo título do Papão em três dias. No sábado, os bicolores venceram por 2 a 1 o São Francisco na final do Parazão e terminaram invictos a competição. Em Belém, a festa da torcida biclor atravessou a mdarugada.
Invencibilidade – A derrota, com sabor de vitória, pôs fim a sequência invicta de 25 partidas sem perder. Com mais de seis meses sem derrota, somente o Vasco estava há mais tempo invicto do que o Paysandu. Os cruz-maltinos permanecem no grupo de invictos em 2016 junto com Luziânia-DF.
Série B – As comemorações de mais uma conquista terão que ser novamente comedidas. Já no próximo sábado (14), às 16 horas, o Paysandu estreia na Segundona contra o Ceará, no Castelão.
Ficha técnica
Paysandu: Emerson, Roniery, Fernando Lombardi, Gualberto, Lucas, Ricardo Capanema, Augusto Recife, Raí (Rodrigo Andrade), Celsinho, Fabinho Alves (Raphael Luz/Paulinho) e Leandro Cearense. Técnico: Dado Cavalcanti.
Gama: Pereira, Dudu, Gago, Pedrão, João Paulo, Lucas (Itálo), Eduardo, Héricles, Michel Pires, Fábio Gama (Adriano), Grampola e Raone. Técnico: Reinaldo Gueldini.
Por Mateus Miranda.