Estádio olímpico de Tóquio custará R$ 4,9 bilhões
As autoridades disseram que as obras do estádio começarão em dezembro, mais do que um ano após o plano anterior, que foi desfeito em razão da impopularidade do projeto e dos seus altos custos
O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira (30) o contrato de um projeto de 150 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 4,9 bilhões) para a construção do estádio principal para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
As autoridades disseram que as obras do estádio começarão em dezembro, mais do que um ano após o plano anterior, que foi desfeito em razão da impopularidade do projeto e dos seus altos custos.
O Conselho Esportivo do Japão, uma organização financiada pelo governo para operar o projeto, disse que o estádio está programado para ser concluído no final de novembro de 2019, ainda assim, com cinco meses de atraso. A demora forçou a retirada do estádio como uma das sedes do Mundial de Rúgbi de 2019, que está sendo organizado pelo Japão.
O custo do projeto original, da arquiteta Zaha Hadid, chegou aos 265 bilhões de ienes (R$ 8,64 bilhões), mais do dobro da previsão inicial, sendo posteriormente cancelado.
O contrato de 150 bilhões de ienes está pouco abaixo do limite máximo fixado em 155 bilhões de ienes (R$ 5,05 bilhões) pelos contratantes, uma joint venture entre Taisei Corp., Azusa Sekkei Co. e a Kengo Kuma, empresa de arquitetura que projetou o novo estádio.
A ministra olímpica Tamayo Marukawa disse que vai garantir o constante progresso da construção. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike declarou que vai observar de perto o caro projeto, que a cidade também é uma das financiadoras. "Pela obrigação que temos que compartilhar, eu vou garantir que seja utilizado pelo povo de Tóquio, e levantar a minha voz quando necessário", disse.
O atraso do estádio é parte dos problemas na preparação do Japão para a Olimpíada, especialmente relacionados ao descontrole nos gastos. Os organizadores japoneses também enfrentam acusações de suborno envolvendo o processo de definição de Tóquio como sede dos Jogos de 2020. O novo imbróglio envolve um possível atraso na construção das vias que vão ligar os locais de competições.