Libertadores de 2017 terá final em dois jogos
Conmebol havia anunciado o interesse de seguir o exemplo da Liga dos Campeões da Europa e decidir o campeão da Libertadores em jogo único em campo neutro previamente escolhido, mas possibilidade repercutiu mal em toda a América do Sul
A Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol, confirmou nesta terça-feira que a Libertadores do ano que vem terá, como de costume, sua final disputada em jogos de ida e volta. Na semana passada, a entidade havia anunciado o interesse de seguir o exemplo da Liga dos Campeões da Europa e decidir o campeão da Libertadores em jogo único em campo neutro previamente escolhido.
A possibilidade repercutiu mal em toda a América do Sul, uma vez que o continente tem características diferentes da Europa e maior dificuldade de locomoção. Ainda assim, a Conmebol diz agora que "segue avançando com os estudos de para organizar, no futuro, uma final única, de nível mundial, em uma sede predefinida".
"A ideia de uma final única é organizar uma grande festa para celebrar o futebol e fazer dela um elemento integrador da América do Sul. Do ponto de vista esportivo, uma praça predefinida tem o atrativo de oferecer um campo de jogo neutro para os finalistas, conservando o elemento surpresa, já que sempre existe a possibilidade de uma equipe da casa chegar à final", comentou Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.
Nesta terça-feira, a Conmebol também confirmou o modelo de disputa das próximas edições da Libertadores, aprovado pelo seu Conselho Executivo. Dezesseis clubes começam pela fase preliminar, que vai definir quatro vagas na fase de grupos, a partir de duas rodadas de jogos mata-mata.
Depois, a competição continua no modelo que já é, com 32 times divididos em oito grupos de quatro. Os campeões da Libertadores e da Copa Sul-Americana da temporada anterior entram direto nesta fase. Os 16 primeiros avançam para as oitavas de final, fazendo com que o torneio tenha um total de 150 partidas.
A Conmebol também ratificou que Brasil (duas), Argentina, Colômbia e Chile (uma cada) ficaram com as novas vagas na pré-Libertadores. Assim, o Brasil terá um total de sete vagas na Libertadores, contra seis da Argentina, quatro de Colômbia e Chile e três dos demais. Os campeões da Sul-Americana e da Libertadores anteriores não ocupam mais vaga destinada aos seus países.
SUL-AMERICANA - A partir do ano que vem, tanto a Libertadores quanto a Sul-Americana vão começar entre janeiro e fevereiro e terminar no fim de novembro ou comecinho de dezembro, como é o calendário do futebol brasileiro, por exemplo. Dez times eliminados na fase de grupos da Libertadores seguirão para o mata-mata da Sul-Americana, como acontece na Europa entre Liga dos Campeões e Liga Europa.
Por conta da concomitância entre os dois torneios, um mesmo clube não pode entrar nas duas competições no mesmo ano. Isso impacta diretamente no Equador, Paraguai e Uruguai, que atualmente permitem que isso aconteça.
Essas mudanças na Copa Sul-Americana prejudicam o Brasil, que perdeu duas vagas na competição e terá seis representantes nela no ano que vem, mesmo número da Argentina. Todos os demais terão quatro equipes. A CBF ainda não definiu como distribuirá os postos agora que a Sul-Americana começa no início do ano.