Elicarlos: 'Ninguém sabe o que eu passei no Náutico'
Reforço do Santa Cruz, volante explica saída do Timbu e mostra divergências com diretoria
De volta a Pernambuco, agora defendendo as cores do Santa Cruz, o volante Elicarlos esclareceu a saída conturbada que teve do Náutico no início de 2016. Chegando no clube coral em um momento de dificuldades financeiras, o atleta nega que salários atrasados tenham sido o principal motivo para que deixasse o Timbu com destino ao Figueirense. Mostrando claras divergências com a diretoria alvirrubra, ele aponta que mais fatores nos bastidores da equipe o fizeram pedir para sair naquela ocasião.
“Não foi por causa, como muitos falam, de salários atrasados que tomei minha decisão de sair do Náutico. Tinham muitas coisas envolvidas e que ninguém sabe, mas eu sei o que passei. Todas as coisas que tinham de errado no clube falavam que eu tinha culpa, então teve o momento que não deu para permanecer”, comentou Elicarlos. “Não tenho nada contra o Náutico, mas foram muitas coisas. Quando ganhava o jogo ninguém se importava com o Elicarlos, mas quando perdia colocavam a culpa em mim. Teve um tempo que coloquei isso de lado e falei que não ia mais seguir no clube”, completou.
Voltando ao estado, onde irá encarar seu ex-time, Elicarlos diz que o técnico Vinícius Eutrópio, com quem já trabalhou na Chapecoense e no Figueirense, teve importante papel para sua vinda, por acreditar no seu futebol no momento onde vinha sendo escanteado no Náutico. “O professor me resgatou num momento que estava esquecido no Náutico por situações que não dependiam de mim, mas ele procurou saber do meu comportamento dentro e fora de campo e viu que não tinha nada contra mim. Ele me contratou para Chapecoense e fizemos um bom ano lá, no ano passado me contratou de novo para o Figueirense, e esse ano já vinha conversando comigo e aceitei ajudar ele”, destacou.
No Santa Cruz, o volante chega agora com o objetivo de ser campeão. Apesar do longo período em que passou no Náutico, Elicarlos saiu de lá sem nenhum título conquistado dentro de Pernambucano e chega ao tricolor com o objetivo de preencher essa lacuna. “Meu objetivo é ser campeão. Esse é o único estado onde ainda não fui campeão jogando muito tempo. Passei três anos no Cruzeiro e fui bicampeão mineiro, fui campeão também na base do Porto, mas faltou isso no Náutico e sai chateado de lá porque fiquei devendo, mas espero que no Santa Cruz seja diferente”, finalizou.
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