Equilíbrio, rivalidade e disputa. Esse foi o cenário do Re x Pa deste domingo (7), disputado no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, valendo o título do Campeonato Paraense 2017. O Paysandu venceu por 2 a 1 o Clube do Remo, conquistando o bicampeonato e o 47° título estadual de sua história.

O clássico número 741 foi marcado pela disputa tanto dentro como fora de campo. Os mais de 34 mil torcedores que foram ao Mangueirão protagonizaram uma festa nas arquibancadas, com mosaico em 3D feito pela torcida bicolor e um bandeirão por parte dos torcedores azulinos.

Dentro de campo, a partida começou com a forte marcação do Paysandu, que pressionava o adversário. O Remo, por sua vez, manteve a posse de bola, explorando, pelo lado esquerdo, a velocidade do atacante Edgar. Esse cenário foi mantido até os 30 minutos da primeira etapa quando, após um lançamento feito por Diogo Oliveira, o atacante Bergson chutou cruzado e fez 1 a 0 para a equipe alviceleste.

No segundo tempo, o Leão foi mais incisivo no ataque. O técnico Josué Teixeira realizou, logo no início, duas substituições: Léo Rosa saiu para a entrada de Fininho e Marquinho foi substituído por Rodrigo. A segunda alteração foi a mais decisiva. Logo após entrar, Rodrigo recebeu o passe de João Vitor e fez o gol de empate: 1 a 1.

O empate levaria a decisão do título para as cobranças de pênaltis. Mas, aos 45 minutos da etapa final, Bergson acertou um bom chute da entrada da grande área e fez 2 a 1 para o Papão. O atacante, com os dois gols no clássico, se consolidou na artilharia do campeonato, com nove marcados.

Em entrevista após o jogo, Bergson alfinetou o maior rival: “Essa conquista serve para provar para muita gente e também para o time deles [Remo] que tirou onda, que fez caneca para comemorar. Mas deu a lógica: bicampeão”. “A gente vem batalhando desde o momento em que foi realizada a apresentação do elenco, em janeiro. Acho que é a união, dedicação dos jogadores juntamente com a diretoria. Estamos focados em um só propósito que é conquistar”, afirmou o meio-campista Augusto Recife, que está na equipe desde 2014.

Do lado azulino, o zagueiro e capitão Henrique desabafou: “É complicado, sonhei tanto em estar aqui, disputando essa final. Perder da forma que nós perdemos, com um gol quase no último minuto, é triste. Agora é recomeçar, domingo começa a Série C”.

O Paysandu não terá muito tempo para comemorar a conquista. A equipe comandada por Marcelo Chamusca jogará na próxima quarta-feira (10), às 21h45, no Mangueirão, contra o Santos-SP pelo jogo de volta da Copa do Brasil. Na primeira partida, a equipe paraense perdeu por 2 a 0 e precisa vencer por três gols de diferença para avançar na competição. Já o Clube do Remo entrará em campo no domingo, dia 14, às 19 horas, no Mangueirão, para estrear na Série C, contra o Fortaleza-CE.

Paysandu: Emerson, Ayrton, Gilvan, Perema e Hayner; Rodrigo Andrade, Wesley e Diogo Oliveira (Daniel Sobralense); Bergson, Leandro Carvalho (Augusto Recife) e Alfredo (Leandro Cearense).

Remo: André Luis, Léo Rosa (Fininho), Henrique, Igor João e Tsunami; Zé Antônio, Marquinhos (Rodrigo), Gabriel Lima e Jaime; Edgar e João Vitor (Val Barreto).

Público:

Paysandu: 17.018. Remo: 17.302. Total: 34.320.

Renda Líquida total: R$ 1.053.730,00       

Por Luiz Antonio Pinto.