Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Uma noite mágica de decisão da Copa do Nordeste. Foi vivendo esse sentimento que os torcedores de Bahia e Sport estavam encarando o jogo desta quarta-feira (24). Com um empate em 1x1 na Ilha do Retiro, os donos da casa precisavam vencer ou empatar sem gols. Para o Leão, uma vitória ou um empate com dois ou mais gols. Melhor para os baianos que marcaram um belo gol ainda no primeiro tempo e conquistaram o terceiro troféu da competição.

Com a Arena Fonte Nova brilhando, graças ao show nas arquibancadas de lanternas em meio à escuridão, os tricolores eram empurrados por vozes ensurdecedoras que clamavam pelo título, instigando o Esquadrão. Inflamado, o time começou a partida pressionando e logo aos 12 Edigar Junio recebeu passe de Armero, girou para cima da marcação de Durval e ficou cara a cara com Magrão.

Daí, bastou um toque por cima do arqueiro que saia em velocidade para dar novos traços à disputa, Bahia na frente. O susto foi grande e por pouco o prejuízo não foi maior. Cinco minutos de festa e o time da casa novamente chegou com perigo. Régis aproveitou a falha de Matheus Ferraz na entrada da área para dominar e bater forte, rasteiro.

A finalização tirou o grito da torcida, mas estufou as redes pelo lado errado. Haja coração para baianos e pernambucanos. Assustado, mas vivo, o Sport naquele momento precisava de um gol para os pênaltis, ou dois para o título. Ou seja, tinha que correr atrás do prejuízo. Apostando em bolas aéreas, o Leão se aproveitava das constantes faltas próximas as quinas da grande área. Sem sucesso, já que a defesa adversária cortava todas.

Buscando as jogadas por cima, o visitante finalmente teve sucesso aos 32, com bola escorada por Diego Souza para Rogério. Mas o atacante caiu na área e o juiz entendeu que houva a simulação. Menos de metade do jogo corrido, e o Sport teve o camisa 27 expulso de campo, pois já havia tomado amarelo em falta sobre Régis. O prejuízo aumentou mesmo sem gols.

Nos minutos finais do primeiro tempo, até reserva do Sport acabou tomando cartão por reclamação, o que só mostra que o jogo era muito tenso. Digno de uma decisão entre gigantes do Nordeste. O intervalo de jogo foi de muita festa para os donos da casa e preocupação para quem iria jogar mais 45 minutos em ampla desvantagem.

Últimos passos até a terceira taça

O recomeço de jogo trazia uma alteração no time rubro-negro, mas foi o Bahia quem chegou primeiro. Nos primeiros 10 minutos só dava para o Esquadrão que, por pouco não marcou com Régis, batendo cruzado, mas acertando a rede pelo lado de fora. A pressão pelo gol tranquilizador só aumentava.

A desvantagem numérica pesou para o cansado time rubro-negro a tal ponto que em 20 minutos de jogo só se via Magrão defendendo chutes perigosos e outras finalizações sendo desperdiçadas pelo tricolor. A primeira jogada criada pelo Leão foi em tabela de André e Everton Felipe que o atacante mandou no meio do gol, fácil para Jean recolher.

Enquanto o tempo passava, o Bahia se aproximava da taça, mas continuava desperdiçando chances de garantir tranquilidade com um segundo gol desperdiçado em, ao menos, três grandes lances de Allione e Edigar Junio. O cronômetro jogava em favor, porém os visitantes seguiam acreditando, afinal um gol levaria para os pênaltis.

Os minutos finais eram de pura tensão. Necessitando correr, o Sport tentava apertar principalmente pelos lados do campo. Até os últimos minutos, havia jogadas em profundidade, porém pouco capricho no último passe, o que dificultava o gol de empate. Placar final, Bahia 1x0 e terceiro título da Copa do Nordeste garantido para a festa na Arena Fonte Nova.

FICHA DE JOGO

Copa do Nordeste - Final - Jogo de volta (Ida: 1x1)

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA

Bahia: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Edson, Renê Júnior (Juninho), Régis (Matheus Sales) e Allione; Zé Rafael (Gustavo) e Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.

Sport: Magrão; Henriquez, Matheus Ferraz e Durval; Raul Prata (Marquinhos), Ronaldo (Leandro Pereira), Fabrício (Everton Felipe), Diego Souza e Mena; André e Rogério. Técnico: Guto Ferreira.

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento - AL

Assistentes: Esdras Mariano de Lima - AL / Rondinee dos Santos Tavares - AL

Gols: Edigar Junio (BAH)

Cartões amarelos: Régis, Edson, Renê Júnior, Allione, Lucas Fonseca, Matheus Sales e Zé Rafael (BAH) / Rogério, Ronaldo, Leandro Pereira, Marquinhos e Mena (SPT)

Cartões vermelhos: Rogério (SPT)

Público: 41.175 torcedores

Renda: R$ 1.620.453,00