Presidente do River provoca Boca: 'Venham jogar'
Rodolfo D'Onofrio pediu para que o rival aceite jogar a decisão da Libertadores
Enquanto a Conmebol não define local e data do adiado segundo jogo da final da Copa Libertadores, o clima segue quente entre os dirigentes de River Plate e Boca Juniors. Nesta quarta-feira, utilizando um tom entendido pelo Boca como provocação, o presidente do River, Rodolfo D'Onofrio pediu para que o rival aceite jogar a decisão, apontando que ele pode conquistar o título dentro de campo.
"Peço encarecidamente: (Daniel) Angelici (presidente do Boca), venha jogar. Não somos tão bons, joguem, podem nos vencer. Se o presidente do Boca está me escutando: venha jogar, respeite tua palavra. Não invente mais nada, é preciso ter valores", afirmou, em entrevista coletiva.
Na terça-feira, a Conmebol anunciou que o jogo, adiado após o ônibus com jogadores do Boca ser atacado por torcedores do River nas proximidades do Monumental de Nuñez, no sábado, será disputada fora da Argentina, em 8 ou 9 de dezembro. Porém, o Boca não garante que vai participar do confronto e apresentou um recurso à Conmebol solicitando que seja declarado vencedor da partida e proclamado campeão da Libertadores.
O ataque ao Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meias Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo.
D'Onofrio reclama que o Boca não cumpre com o que foi combinado no último sábado, quando, após alguns adiamentos, a partida foi remarcada para o domingo - nesta segunda data, o confronto voltou a ser postergado.
"Assinamos um papel para que se jogasse em 24 horas, para que fosse domingo, aceitamos adiá-lo, mas nunca pensamos que naquela noite estavam escrevendo para pedir os pontos. Angelici faltou com a palavra, com o que havia prometido", disse D'Onofrio.
Diante das declarações do presidente do River, o Boca se manifestou em nota oficial para pedir que seus torcedores não se inflamem por causa das provocações. "A direção do Boca Juniors faz um chamado aos seus sócios e torcedores para evitar confrontos e não responder às provocações que pretendem desviar o foco do recurso do nosso clube", afirma.