Torcida Jovem é pauta no Sport em 2019
Com a saída da atual gestão, proibição da organizada volta ao debate
Barrada pelo então presidente João Humberto Martorelli, a Torcida Jovem do Sport está proibida de frequentar a Ilha do Retiro desde 2015. O mandatário seguinte, Arnaldo Barros, seguiu a mesma linha do seu antecessor e manteve o veto à organizada. Com a confirmação de que a situação não lançará candidatura nas próximas eleições, chega ao fim o ciclo dessa gestão.
A proibição da Jovem, então, volta à pauta do clube. Para os candidatos à presidência rubro-negra, o tema já vem sendo debatido em entrevistas ao longo da campanha. Eduardo Carvalho, da chapa “Sport, uma razão para viver”, é enfático em manter o veto. “Essa instituição já foi alvo de processos judiciais que a baniram dos estádios. Quem apoia, eu peço que não vote em mim, pois é uma pessoa que não tem compromisso com a paz no futebol”, afirmou.
Em nota, o candidato e ex-presidente Milton Bivar, da chapa “Sport do Povo”, falou em analisar caso a caso. "Precisamos voltar a fazer a Ilha ter aquele ambiente que sempre nos favoreceu. As últimas duas gestões trataram esse assunto de torcida organizada de forma genérica, colocando todas as torcidas no mesmo ‘balaio’. Precisamos analisar caso a caso, torcida por torcida. Queremos trazer as torcidas verdadeiramente organizadas de volta à Ilha. Precisamos humanizar novamente nosso estádio, nossa gestão. O torcedor precisa se sentir acolhido, seguro, e voltar a vibrar em nosso campo. Eles andam carentes. E as torcidas organizadas que estejam de acordo com a lei, claro, são importantes para isso", disse o comunicado.
Uma enquete realizada no perfil do caderno de esportes do LeiaJá no Twitter, na última segunda-feira (10), trazia a seguinte questão: “Você, torcedor do Sport, gostaria que a Torcida Jovem pudesse voltar a frequentar a Ilha do Retiro em 2019?” A enquete computou 368 votos, sendo 229 não (62%) e 139 sim (38%).
Apesar de a maioria ser contra, há um percentual considerável a favor. Para o advogado e torcedor Pedro Josephi, defensor das TOs, a proibição é elitista. “O tratamento que o Sport deu à Jovem é equivocado. Ao invés de reprimir, deveria ser feito um trabalho de inclusão. Eles são os caras que viajam para apoiar o time longe de Pernambuco. Os excessos e crimes individuais devem ser combatidos, mas se você criminalizar a torcida toda, impede a correção interna”, explicou.