'Vaias não foram justas, jogamos bem', diz Thiago Silva

A 'conexão' com o torcedor baiano, desejada pelo 'local' Daniel Alves sucumbiu à dificuldade da seleção em superar a bem fechada defesa venezuelana, por faltar criatividade e ousadia à equipe de Tite

qua, 19/06/2019 - 07:25
JUAN MABROMATA/AFP JUAN MABROMATA/AFP

Até que a torcida baiana tentou apoiar incondicionalmente a seleção brasileira na Arena Fonte Nova, na noite desta terça-feira (17), em Salvador. Mas o mau futebol acabou com a paciência do público, no empate sem gols com a Venezuela, pela fase de grupos da Copa América. Os aplausos e palavras de incentivos ouvidos até no intervalo, se transformaram em fortes vaias e gritos de "olé" quando os venezuelanos tocavam na bola na parte final do jogo.

A "conexão" com o torcedor baiano, desejada pelo "local" Daniel Alves sucumbiu à dificuldade da seleção em superar a bem fechada defesa venezuelana, por faltar criatividade e ousadia à equipe de Tite.

A reação do torcedor baiano foi parecida à registrada no Morumbi na sexta-feira (14), no intervalo do jogo com a Bolívia. Os jogadores foram para o vestiário sob vaias. O clima melhorou no segundo tempo, com a seleção fez 3 a 0. Mas nesta terça o Brasil não soube chegar à vitória.

As vaias desta noite mexeram com os jogadores. O zagueiro Thiago Silva não concordou com as críticas. "Não são justas, porque a Venezuela pouco criou. Nossa equipe teve uma boa estrutura. Toda segunda bola foi nossa", disse. "Num todo, a equipe se comportou bem, mas quando não faz gol parece que está tudo errado."

Antes da frustração, os baianos deixaram Salvador mais movimentada, variada e colorida por causa da presença da seleção brasileira. E o entorno da Fonte ficou bem agitado.

Logo na entrada principal da arena, próximo ao manancial do Dique do Tororó, os torcedores chegavam para o jogo e se deparavam com uma série de bancas e grupos de pessoas de diferentes denominações religiosas. Com trajes sociais, um grupo oferecia textos protestantes, enquanto, a poucos metros de distância, uma banca pendurava em varal improvisado guias religiosas, artigo comum na umbanda e candomblé.

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