Fisiologista do Sport garante: "as lesões vão acontecer"

Inaldo Freire ainda explicou sobre as precauções tomadas pelo clube

por Luan Amaral sab, 27/06/2020 - 12:03
Anderson Stevens/Sport Recife Inaldo Freire ainda explicou sobre as precauções tomada pelo clube Anderson Stevens/Sport Recife

Em vários campeonatos mundo afora que retornaram as atividades o alto índice de lesão esteve presente. O período longo e atípico de paralisação está diretamente ligado a um déficit de rendimento físico apresentado pelos atletas neste retorno. A tese foi confirmada pelo fisiologista do Sport, Inaldo Freire, que garantiu que assim como aconteceu em outras competições no Brasil não vai ser diferente, as lesões vão existir. 

Segundo ele, a condição em que os atletas se apresentaram neste retorno mostraram uma queda acentuada da resistência dos jogadores. O déficit muscular, de força física, teve índices menores. Isso é fruto da limitação do trabalho feito pelos jogadores enquanto estavam em casa. 

"A preocupação eu acho que não é só nossa é geral, a gente pode citar o exemplos como a Premier League onde nas primeiras rodadas teve um aumento de 25% das lesões, a Bundesliga que é a liga alemã teve um aumento de 32% das lesões na primeira rodada e eu acredito que a gente aqui não vai ser  diferente, inclusive a Federação coloca no seu protocolo também as cinco substituições acredito que para minimizar essas lesões, mas mesmo assim essas lesões vão acontecer", salienta.

Além da permissão para que mais substituições sejam feitas o que ajuda a minimizar o problema, dentro do dia a dia do clube as precauções são tomadas. Inaldo explicou sobre uma ferramenta usada pelo Sport que pode prever alguma lesão e deu detalhes do funcionamento.   

"O que a gente tem feito é usar a metodologia que nós usamos, a metodologia multiparâmetro para tentar reduzir. O que é a metodologia multiparâmetro? É quando você pega desde um questionário onde o atleta responde diariamente através de um aplicativo como ele está cansado, ou sentindo alguma queixa de dor até a análise mais detalhadas como a termografia que é uma análise mais avançada, análise bioquímica da CK e os exames clínicos do próprio DM. Essa é a metodologia que a gente tem usado para definir quando o atleta precisa ser poupado e a gente minimizar os problemas com a lesão", garante. 

Os jogadores voltarão a ser avaliado pelo DM ao fim da terceira semana de atividades. Segundo Inaldo ainda é muito precoce para fazer tal avaliação com apenas duas semanas de treinos, além de que não será possível obter um grande resultado.

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