Paysandu bate o Remo e leva a taça de campeão paraense
Jogando pelo empate, depois da vitória por 2 a 1 na primeira partida da decisão, o Papão derrotou o Leão por 1 a 0, no domingo (6), e conquistou o título do Parazão 2020
O clássico Rei da Amazônia de domingo terminou com vitória de 1 a 0 do Paysandu em cima do Remo. A final do Campeonato Paraense de Futebol 2020 foi a coroação da competição mais longa da história devido à interrupção dos jogos em função do distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.
O gol de Uchôa foi o último lance do jogo aos 51 minutos. Logo em seguida, o árbitro deu o apito final e reservas e equipe técnica invadiu o gramado. O técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, comemorou com o time. "Esse hoje é meu 10º título. Já fui campeão em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Goiás", disse.
Durante a cerimônia de premiação com a entrega de medalhas à arbitragem, comissão técnica e jogadores, também foi entregue a Estrela do Norte, a tão disputada taça do Parazão. A peça foi levada ao estádio Mangueirão dentro de uma caixa de proteção e, até a entrega, não pôde ser tocada sem luvas.
O time com o melhor desempenho do Parazão recebeu também um cheque de R$ 120 mil do patrocinador master, o Banco do Estado do Pará (Banpará). Paola Costa, superintendente da área de Marketing da instituição acredita que o valor vai ajudar o clube a impulsionar o time em outras competições. “O campeonato é extremamente importante tanto para a economia quanto para quem torce. Ter agregado à marca do Banpará a ele é extremamente gratificante, pois temos milhões de paraenses torcendo", afirmou.
Por causa da pandemia da covid-19, pela primeira vez na história do campeonato, a final ocorreu de portões fechados, sem a presença das torcidas, com equipes de trabalho reduzidas e adoção de protocolos preventivos, como medição de temperatura, uso obrigatório de máscaras de proteção e álcool em gel.
Mas para compensar a ausência da torcida, o clássico “Rei da Amazônia” foi transmitido pela TV Brasil (TV aberta), TV Cultura (TV aberta), TV Meio Norte (TV aberta e fechada), Band-Macapá (TV aberta) e outras afiliadas. Dessa forma, o alcance da final chegou a quase todo o Brasil.
O primeiro jogo da final foi disputado na última quarta-feira (2), também no Mangueirão. A vitória por 2 a 1, de virada, deu ao Paysandu a vantagem de jogar por um empate. Até por isso, foi o Remo quem tomou a iniciativa neste domingo, mas, sem criatividade, dependeu de bolas alçadas na área. Foi assim que o Leão criou as duas melhores chances no primeiro tempo.
Aos 27 minutos, após a cobrança de escanteio do meia Charles, o zagueiro Fredson escorou rente ao travessão. Nove minutos depois, o zagueiro Marlon lançou e o atacante Tcharlles, também de cabeça, acertou a trave. Mas, a missão remista ficou mais complicada aos 39 minutos, com a expulsão de Fredson após duas faltas seguidas no atacante Nícolas - cada uma punida com um cartão amarelo.
O desgaste de estar com homem a menos atingiu o Remo em cheio no segundo tempo. O Paysandu, então, controlou as ações. Aos cinco minutos, o atacante Vinícius Leite cruzou pela esquerda e a bola sobrou para o lateral Tony, livre. Ele bateu forte, mas, parou no goleiro Vinícius. O Papão ainda assustou em mais dois chutes de fora da área: primeiro com Vinícius Leite, depois com o lateral Diego Matos, e as duas tentativas passaram perto do gol.
Aos 35 minutos, o meia Luiz Felipe, do Paysandu, deu uma entrada dura no volante Lucas Siqueira, do Remo, e levou o cartão vermelho direto. Apesar de perder a vantagem numérica, o Papão não só administrou o ímpeto remista como, nos acréscimos, sacramentou o título com Ânderson Uchôa. O volante recebeu de Vinícius Leite, que fez o pivô na grande área, e bateu rasteiro, no canto esquerdo, sem chances para Vinícius.
Agora, as equipes voltam a se concentrar na Série C do Campeonato Brasileiro. O Paysandu, oitavo do Grupo A, recebe a Jacuipense às 20h (horário de Brasília) de quarta-feira (9). Já o Remo visita o Treze na quinta-feira (10), às 20h. O Leão Azul está em terceiro lugar na chave.
Da Agência Pará (com informações da Agência Brasil).