Walter na última partida pelo Santa, diante do Vera Cruz Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

“Comum acordo”. Já é um clichê nas saídas de jogadores dos clubes de futebol. Mas foi a “explicação” dada pelo Santa Cruz oficialmente à imprensa e à sua torcida. Só que Walter não guardou segredo e, em entrevista à TV Globo, revelou o que motivou sua saída do tricolor: dinheiro.

Com salários atrasados e uma proposta financeira muito superior do Amazonas FC, Walter deixou a alegada vontade de atuar na terra natal de lado e acertou a saída para o clube do Norte do Brasil, que também irá jogar a série D em 2022.

“Coração está triste. Não teve briga. Não tenho nada para falar do Santa Cruz, mas o momento (de felicidade) acabou. Gosto de estar feliz. Para ficar triste, prefiro sair. Muita coisa envolvida. Minha família, minha filha. A proposta foi boa. Bacana. Dá pra me ajudar. Nada demais, mas muito boa. Vim para o Santa com salário muito abaixo do que eu ganhava no Botafogo de Ribeirão”, revelou.

Titularidade em jogo?

No Santa, foram apenas três meses e oito jogos, onde conseguiu marcar três gols e fez algumas boas apresentações diante de adversários frágeis no Pernambucano. A má forma física, já conhecida por todos que acompanham futebol no Brasil, não foram empecilhos para sua aceitação junto à torcida, mesmo que com críticas aparecendo quando o Santa foi goleado impiedosamente pelo líder o campeonato, o Retrô.

Quem deve assumir a posição é Rafael Furtado, autor de 4 gols, que se não tem a mesma qualidade técnica e experiência do “gordinho”, é o oposto do agora ex-jogador tricolor na questão física. Segundo Walter, a ameaça à posição não influenciou na saída.

“É um atacante muito bom. Ajudou muito nosso time. Eu penso que não (iria perder a posição para Furtado), pela confiança que o treinador sempre me deu. Não foi por isso que eu saí”, afirmou.