Suspeita de chacina em Poção teria envenenado nora
Documentos que apontam ligação de Bernadete com o crime foram encontrados na casa dela
A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, na noite desta quarta-feira (4), mais informações sobre a chacina que resultou na morte de quatro pessoas na cidade de Poção, no Agreste do Estado. No último sábado (28), os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão em Arcoverde, na residência de Bernadete Siqueira de Britto Rocha, de 52 anos.
A mulher é suspeita de ser a mandante do crime, ao lado de José Cláudio de Britto Siqueira Filho, 32. Os dois foram detidos em cumprimento de mandado de prisão temporária na sexta-feira (27) passada.
Segundo a Polícia, na residência de Bernadete foram encontrados documentos que também a relacionam com o processo de envenenamento da nora, Jucy Venâncio de Britto Siqueira, mãe da única criança sobrevivente da chacina e filha de Ana Rita Venâncio, uma das vítimas do quádruplo homicídio.
Os documentos foram apresentados ao Ministério Público em Pesqueira. Por conta desta suspeita, Bernadete responderá a mais um inquérito policial. Um novo mandado de prisão contra ela foi expedido pelo juiz Thiago Fernandes Cintra.
A Polícia Civil garante que continua em diligências para concluir o inquérito policial e encerrar o caso. Por determinação da chefia da corporação, a investigação continua sob sigilo.
Entenda o caso
O crime foi cometido no último dia 6 de fevereiro, na cidade de Poção. Os suspeitos abordaram o veículo do Conselho Tutelar do município que seguia para o Sítio Cafundó, na Zona Rural da Cidade. No carro estavam três conselheiros tutelares, uma idosa e a neta dela de 3 anos - única sobrevivente da tragédia.
Estão a frente das investigações os delegados Paollus Santos, Erick Lessa, Francisco Souto e Jimena Gouveia. Segundo informações preliminares os conselheiros voltavam do município de Arcoverde, no Sertão, com uma criança, cujo pai teria perdido a guarda dela por ordem judicial.
Na última sexta-feira, os agentes prenderam Bernadete Siqueira e José Cláudio de Britto, acusados de serem os mandantes do crime. Uma terceira pessoa, que seria o executor, também foi detido na mesma data.